Em Santarém existe um movimento que é remanescente da luta que teve seu ápice no plebiscito, a qual tem personalidade jurídica. Trata-se do Instituto Cidadão Pró-Criação do Estado do Tapajós – ICPET.
É o único formalizado na região oeste do estado do Pará. Entretanto, pessoas que se envolveram na etapa final da luta, em Itaituba, como Metal e a empresária Irma Barasuol trilham outro caminho.
Santarém defende que cada um deve seguir o seu caminho para tentar conseguir as assinaturas para dar entrada no Congresso Nacional na PLIP. Em Itaituba, Metal tem participado de encontros com o pessoal de Carajás, já tem material para coletar assinaturas e defende, junto com Irma e mais algumas outras pessoas, que Tapajós e Carajás continuem caminhando juntos.
Metal está indo a Santarém para participar do Fórum de depois de amanhã, quando espera ter oportunidade para defender os motivos pelos quais acredita que a luta deve ser em conjunto. Tem esperança de convencer seus prováveis ouvintes a mudar de opinião.
Se a tarefa é muito árdua com todos os envolvidos trabalhando com o mesmo fim, imagine em quanto aumentam as dificuldades com cada um puxando para um lado.
Sempre fui contra a caminhada de Tapajós e Carajás juntos e já expus fartamente os motivos. Escrevi desde que o Carajás teve seu plebiscito aprovado e resolveram que iríamos juntos, que os dois tinham tudo para morrer abraçados. Continuo pensando da mesma maneira e não vejo futuro em se insistir nisso.
Oxalá eu esteja enganado e essa união nos beneficie. Mas, por uma questão de lógica sou levado a achar que não, pois o restante do Pará, a começar por seu governo, jamais vai permitir o fatiamento de sua área. Já negou esse desejo uma vez e vai trabalhar pesado para não permitir que isso aconteça, quantas vezes tentarmos criar os dois estados simultaneamente.
Repito que ficaria feliz se estivesse enganado, pois tudo que desejo é ver o estado do Tapajós criado. Mas, por enquanto não vejo com otimismo essa ação conjunta.
Jota Parente
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