sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Itaituba é o campeão no número de casos de malárias no Pará

Mesmo com a redução no número dos casos de malária no Pará que, segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), diminuíram 56% em janeiro e fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2011, as ocorrências ainda são muito frequentes, principalmente no interior do Estado.

Algumas pessoas, principalmente quem mora em lugares de difícil acesso, ainda se dizem confusas sobre as formas de prevenção, sintomas e tratamento. Foi o que aconteceu com o carpinteiro Paulo Silva, que mora próximo ao rio Cururu, que fica no município de Chaves. Ele e a família fazem parte das estatísticas que envolvem pessoas que são infectadas pelo mosquito.

Febre forte e dores no corpo foram os sintomas que dois filhos de Paulo, um de 8 anos e outro de 3 anos, sentiram há 10 dias. Segundo Paulo, assim que as crianças sentiram esses sintomas, elas foram levadas para um posto de saúde da localidade, mas lá só recolheram o sangue das crianças.

“Levei meus filhos para o posto com a expectativa de que pelo menos pudessem medicá-los, mas nem isso. Depois voltamos para casa com a esperança de que eles fossem melhorar”, disse Paulo. No último dia 12, ele alugou um barco e levou os filhos para o município de Anajás, que fica há 12 horas da casa deles. Lá foram feitos os exames onde foi detectada a malária. Na criança de 3 anos, foram atestados dois tipos da doença. A malaria tipo Vivax e a tipo Falciparum. Na manhã seguinte, uma equipe de resgate levou a família para Belém em um helicóptero, mas o filho mais novo de Paulo não resistiu e morreu no caminho.

Segundo a médica Iolanda Costa, que é responsável pelo atendimento do filho mais velho de Paulo, que está internado na Santa Casa, o quadro da criança é estável e provavelmente terá alta ainda esta semana.

Segundo a Sespa, o Pará conseguiu reduzir pela etade os casos de malária registrados este ano. Em janeiro e fevereiro deste ano foram 7.168 ocorrências registradas, contra as 16.203 notificadas no mesmo período do ano passado, uma redução de 56%.

NÚMEROS
Mesmo assim, os números continuam altos. Segundo a coordenadora estadual de Vigilância em Saúde da Sespa, Rosiana Nobre, Itaituba é o município com maior incidência de malária, com 1.293 casos registrados de janeiro a fevereiro deste ano. “Por ser um local de difícil acesso, existe dificuldade de levar estratégias para que a população saiba se prevenir. A problemática da logística é muito grande”.

A coordenadora disse ainda que, a partir de agora, a capacitação de profissionais para o atendimento na casa das famílias que moram no arquipélago do Marajó - região endêmica -, vai ser mais frequente, além de estarem levando até esses municípios os mosquiteiros com inseticidas. (Diário do Pará)

Um comentário:

  1. caro amigo JParente, realmente Itaituba como municipio endemico para esse agravo (malária), temos sofrido com essa doença, mas aproveito para atualizar as informações contidas no Diário do Pará, o municipio de Itaituba já concluiu a digitação das notificações de malária referente ao mês de janeiro, enquanto outros municipios como Anajas, Oeiras do Pará e Cametá, ainda estão digitando o que irá acarretar modificações nos dados informados pela reportagem, o que coloca Itaituba em 4º lugar na transmissão da malária no Pará. Informação essa que não nos deixa feliz, mas preocupado, pois é um agravo que se não for tratado a tempo pode lavar a morte. O nosso maior problema no controle da malária em Itaituba é a localização das localidades com transmissão da malária, que é 95% localizada na região garimpeira, 3,5% na zona rural e 1,5% em área indigena, que conforme informações da AMOT, CPRM, DNPM Itaituba possui algo em torno de 2 mil pontos de garimpagem o que dificulta em muito o controle da doença por parte da gerencia de endemias de itaituba, além de outros problemas como transporte, recursos humanos, etc... em fim o controle da malária na região amazônica é bastante complicado, mas estamos prestes a executar um projeto do ministério da saúde em parceria com o Fundo Global de combate a malária, estado e municipio, com instalação casa a casa de Mosquiteiros Impregnados de Longa Duração, nas localidades com transmissão da doença. Projeto esse que visa a redução dos casos da doença bem como internações hospitalar, e óbitos por malária.

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