terça-feira, setembro 27, 2011

A Cooperativa e o Samba do Crioulo Doido

     O Samba do Crioulo Doido é uma paródia composta pelo escritor e jornalista Sérgio Porto, sob pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta, em 1968, para o Teatro de Revista, em que procura ironizar a obrigatoriedade imposta às escolas de samba de retratarem nos seus sambas de enredo somente fatos históricos. A expressão do título é usada, no Brasil, para se referir a coisas sem sentido, a textos mirabolantes e sem nexo.
     Pois não é que me apareceu um texto, hoje, na Câmara Municipal, do que pretende ser uma sugestão da Cooperativa Bela Vista de Mototáxi que se enquadra nesse gênero do Samba do Crioulo Doido?
     A dita cooperativa quer que os vereadores aprovem uma lei que proíba que motociclistas de Itaituba trafeguem conduzindo capacetes em redinha, cestinha ou no braço, alegando que com isso deverá diminuir o uso de motos para a prática de assaltos.
     Deveria saber o presidente da cooperativa, que assinou o pedido que chegou às mãos do presidente da Câmara, vereador Cebola (PP), que é privativo da União legislar sobre o trânsito. Criar leis estaduais ou municipais em confronto com o Código Nacional de Trânsito é invadir essa prerrogativa. Essa foi a primeira barbaridade da sugestão.
     A segunda está no fato de que o projeto de Projeto de Lei não discrimina quem é mototáxista ou quem é condutor comum. Pelo texto, ninguém, mas, ninguém mesmo deveria levar um capacete a mais, se for sozinho na moto. Nesse caso, o passageiro dos mototáxis teriam que andar sem capacete, o que fere a Lei 9.503, o CBT.

Um comentário:

  1. ...meu caro e talentoso jota.nao vai ser novidade se essa cooperativa apoiar o atual governo,eles vao tentar fazer valer esse absurdo.onde se viu,mandar nas atitudes dos outros,os capacetes sao dos propietario das motocicletas,como voce mesmo disse,samba do crioulo doido

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