Depois de um inverno muito pesado, que dificultou sobremodo o tráfego nas rodovias que ligam Itaituba e a região ao resto do Brasil, período no qual as vendas caíram bastante, o comércio de Itaituba se prepara para a temporada eleitoral.
Durante os próximos três meses deve aumentar, consideravelmente, a circulação de dinheiro na praça, fruto dos investimentos dos candidatos a prefeito e a vereador.
Não é possível mensurar quanto dinheiro vai circular no período eleitoral, mas, presume-se que um montante que pode variar entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões de reais, pois uma campanha para prefeito, dificilmente sairá por menos de R 3 milhões.
Além dos gastos dos candidatos a prefeito, com sua própria campanha e com a campanha de cada um dos candidatos a vereador, esses têm os seus próprios gastos eleitorais, variando de candidato para candidato, de acordo com o poder aquisitivo de cada um deles.
A dificuldade maior para se medir os gastos de cada um dos candidatos, tanto a prefeito, quanto a vereador reside no fato dos orçamentos de campanha de todos eles serem meras peças de ficção, posto que os valores informados ficam muito distantes da realidade.
O negócio é o seguinte: o candidato faz de contas que presta contas de tudo que é gasto, enquanto a Justiça Eleitoral faz de contas que acredita, pois apesar de todo o arrocho que tem sido dado para controlar os gastos de campanha, ainda não é possível tem, evitar completamente abusos do Poder Econômico
Setores do comércio, como os que vendem tecidos, fogos, combustíveis e outros, serão os mais beneficiados. Donos de carros de som têm nessa época de eleição o melhor momento para faturar, uma vez que não existem em grande número, e os que estão à disposição são contratos para rodar durante o dia quase todo, entrando pela noite.
Empregos temporários - Os candidatos a vereador são os principais cabos eleitorais dos candidatos a prefeito. Eles é que saem para a rua o dia todo; são eles que escafuncham as comunidades, para cima e para baixo, levando seu nome e do cabeça de chapa.
Para fazer esse trabalho eles precisam de equipe. É aí que entram os empregos temporários do chamados cabos eleitorais, que andam de casa em casa levando a mensagem do grupo político que representam, pelo qual são pagos.
A quantidade de cabos eleitorais varia de candidato para candidato, de acordo com a densidade política de cada um deles. Quem tem mais político, mais chance de se eleger, mais conhecimento, conta sempre como uma equipe mais robusta. Os candidatos de menor apelo popular têm que se contentar com alguns poucos auxiliares de campanha.
Com três candidaturas postas, duas delas, a do prefeito Roselito Soares e do empresário Valmi Climaco, com estruturas claramente maiores que a outra, do empresário Afábio Borges, a tendência natural é que os dois primeiros tenham equipes de ruas bem maiores, em virtude até o número de candidatos a vereador ser muito maior do que os de Afábio.
Quantos cabos eleitorais estarão nas ruas a partir deste início de semana é difícil determinar. Mas, analistas de plantão garantem que eles não serão menos que 500. Se for assim mesmo, serão 500 empregos temporários até o final da campanha, pessoas que na maioria das vezes estão desempregadas, as quais, mesmo que temporariamnte, passam a ter uma renda que terá algum reflexo no comércio de Itaituba.
Em função da legislação eleitoral, que desde a eleição de 2006 estabeleceu mudanças nas regras, com o objetivo de tornar o processo político mais transparente e mais equilibrado, alguns setores foram alijados desse manjar temporário. Foi o caso da class artística, que não pode mais se apresentar nos chamados show-mícios, que agora podem voltar a ser denominados simplestemente comícios.
Mesmo que uma ou outra atividade tenha sido prejudicada pelas mudanças, não existe campanha política sem gasto, sem investimento por parte dos candidatos. Raros são aqueles que conseguem boa votação gastando pouco. Uns só faltam vender a alma no ânsia de se elegerem. Por conseguinte, vai jorrar dinheiro no comércio de Itaituba para melhorar as expectativas deste segundo semestre, já que os primeiros seis meses de 2008 foram duros de atravessar.
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