quarta-feira, abril 09, 2008

Inverno pesado retrai alguns setores da economia

Nenhum segmento da economia consegue ficar imune aos efeitos do inverno. Todo ano a situação se repete, mas, em alguns anos os efeitos da estação das chuvas são bem mais sentidos, como está acontecendo este ano, principalmente no mês de março, que foi o mais chuvoso de todos, embora a diminuição das vendas varie de setor para setor.
Levantamento feito pelo Jornal do Comércio junto ao Serviço de Proteção ao Crédito e contatos mantidos com diversos empresários constatam que está havendo alguma retração da economia local e regional. As vendas caíram para quase todos, mas setores tradicionalmente muito afetados estão reclamando menos do que de costume, como a Construção Civil, por exemplo.
“Todo inverno é a mesma coisa e a gente já sabe disso. Mas, neste inverno, para nossa surpresa, as vendas caíram uns 20%, no máximo, enquanto em outros anos caíam em até 50%. Não temos do que reclamar”, disse Gorete Belo, da Loja do Construtor. Célia Gomes, da LG Materiais Elétricos disse que as vendas sofreram uma queda inferior a 20%, número que está dentro das expectativas.
O setor de vestuário e de calçados é um dos mais afetados, conforme disse Nicodemus Alves Aguiar (Loja Liderança). Segundo ele, especificamente no caso de sua loja, a queda nas vendas está em torno de 30%, rendimento bem abaixo do ano passado. Nesse ramo de negócio a esperança de reverter parcialmente esse quadro vem com a aproximação do Dia das Mães.
Há ramos de negócios sazonais, como material escolar, que têm exatamente no começo do inverno seu melhor período, o qual coincide com a volta às aulas. Selma Aguiar, do Shopping do Estudante disse que o movimento na loja foi mais de 20% superior em janeiro e fevereiro deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
Um dos problemas mais sérios do comércio de Itaituba continua sendo a inadimplência, que alcançou patamares muito elevados, tendo saltado do final de 2005 para o final de 2007, de 9.067 para 15.096 clientes cadastrados no banco de dados do SPC. E esse número foi até maior em 2006, baixando um pouco ano passado. Com os registros feitos até o final de março deste ano, o número de inadimplentes subiu para 15.115. A tabela abaixo mostra a evolução da inadimplência no comércio local.

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