sexta-feira, maio 18, 2007

Editorial da 41ª edição do Jornal do Comércio

O Jornal do Comércio recebe dezenas de e-mails, toda semana, a respeito da continuada crise do setor madeireiro, que agoniza há mais ou menos três anos. Nesse lapso de tempo, milhares de empregos foram dizimados pela crise, enquanto a economia de diversos municípios do oeste e do sudoeste do Pará é seriamente afetada por isso.
Há pouco menos de mês houve uma reunião, em Belém, que contou com a presença da governadora do Estado e alguns secretários, encontro que encheu de esperança madeireiros. Dela participaram, também, a AIMEX e o SIMASPA. Ana Júlia prometeu que o governo estadual começaria a liberar, imediatamente, os Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS). Porém, a Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectam) não liberou um único projeto. A promessa foi feita no dia 25 de abril. Mas, nem mesmo os quatro projetos que ela prometeu liberar, imediatamente, foram aprovados pela Sectam. Assim, não se sabe mais em quem acreditar, pois nem mesmo palavra de governadora está sendo levada a sério.
O governo já teve tempo de sobra para saber quem quer trabalhar dentro da legalidade e quem deseja somente depredar o meio ambiente. Por isso, não dá para entender o tratamento dispensado ao setor, que é vital para a economia da região. Nesse caso, continua prevalecendo a pressão dos ambientalistas de plantão, que não querem ver árvore alguma derrubada, embora, nem eles, nem o governo ofereçam alternativa de sobrevivência para as dezenas de empresas que desenvolvem essa atividade e para os milhares de pais de família que perderam seus empregos.

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