quarta-feira, maio 31, 2006

Do blog do Noblat


Troca de gentilezas

Hoje é o dia do bate-boca. Depois das farpas entre ACM e Cláubio Lembo (veja nota abaixo), a confusão foi no plenário da Câmara.

Em sessão do Congresso, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) partiu para cima do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que não aceitou o requerimento de abertura da CPI dos Sanguessugas.

Abaixo, o bate-boca:
Gabeira: É inadmissível que a facção de seu partido a qual o senhor pertence se preze a esse papel. Vossa excelência saiba que com essa decisão começou o combate. Iniciou o combate ao passar o trator em cima dos direitos da minoria. Esperamos que não haja danos colaterais. Mas começou a nossa guerra.

Renan: A minha prática mostra o contrário. As CPIs existem para investigar as coisas que não podem ser investigadas.
Autorizamos e pedimos ao procurador-geral para mandar os dados ao Congresso. Minha vida responde às provocações de vossa excelência. Não vou discutir com vossa excelência.

Gabeira: Já passaram os vampiros, os sanguessugas, o que falta mais? Tráfico de Órgãos? O Brasil não suporta mais isso no Ministério da Saúde.

Renan: Está encerrada a sessão.
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Desaforos entre Lembo e ACM

Do governador Cláudio Lembo sobre o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA):

- O ACM me agrediu duramente hoje, me chamando de burro. Ele age como senhor de engenho e pensa que os demais são seus servidores ou lacaios.

Lembo lamentou que seu partido "abrigue pessoas que se equivocaram moralmente" , citando especificamente a "dramática" violação do sigilo do painel eletrônico do Senado, da qual ACM foi acusado de mandante e que motivou a sua renúncia ao cargo.

- Eu não tenho medo do ACM, porque burro vai em frente e bate. Eu não o temo, tenho só um profundo desprezo pelo que este senhor fez.

Do senador Antonio Carlos Magalhães, há pouco, em resposta a Lembo:

"O governador Cláudio Lembo é fruto do acaso e da pressão que o ilustre senador Marco Maciel exerceu no Partido para alçá-lo, sem que mérito ele tivesse, à condição de vice-governador, o que resultou torná-lo responsável por administrar um governo como o do Estado de São Paulo sem qualquer experiência a não ser a subalterna em um grande banco paulista.

(...)

Quando o senhor Cláudio Lembo participou de pleitos eleitorais o resultado foi desastroso. Eu, por outro lado, tenho uma longa e vitoriosa carreira.

(...)

Não sou agressivo, como parece crer o governador. Apenas reafirmo que a leniência do governador Lembo nos episódios recentes em São Paulo, além de causar espanto à população, pode, sim, ter contribuído para o agravamento da situação."

Um comentário:

  1. Anônimo10:10 AM

    Nunca imaginei concordar com o senador ACM, mas, neste caso, tenho que, muito infelizmente, fazê-lo

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