quarta-feira, setembro 15, 2021

Podcast do JParente: Peninha fala da CDP, que quer 160 hectares de Miritituba, mão única na Quarta e na Quinta Ruas da Bela Vista e da nova via

Nesse podcast, o vereador Peninha fala do quanto a CDP atrapalha a regularização dos terrenos do distrito de Miritituba, alem de anunciar a nova via que está sendo preparada para ligar a estrada do BIS à Transamazônica e das ruas que vão virar mão única.

Participação do jornalista Mauro Torres.

https://www.spreaker.com/episode/46541554

Cara mesmo é a ignorância, respondeu Brizona a FHC em 1994

Nenhum país entra para o seleto grupo dos países do primeiro mundo, se não for pela porta da educação. Não existe outra receita. A economia pode até crescer, mas, não haverá distribuição de riquezas sem o acesso a uma boa educação.

O Brasil está muito atrasado em termos de Educação. Vivemos um tempo em que não se debate mais modelos educacionais e, sim, a ausência de qualidades intelectuais e morais dos Ministros da Educação dos últimos governos. 

Mas nem sempre foi assim. Corria o ano de 1994 e o Brasil ia se submeter à segunda eleição direta para presidente depois do "processo de redemocratização". 

A eleição foi realizada em 3 de outubro e vencida pelo tucano Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP). 

A disputa pela presidência contou com nove candidatos, dentre os quais destacou-se Lula, que foi o segundo mais votado. Houve, também, a participação do ex-governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola (foto acima). No transcorrer da disputa as televisões promoviam debates eleitorais com a presença dos candidatos. 

Principalmente para quem se preocupa com a educação, mas, uma educação de verdade, o blog relembra um pequeno trecho de um desses debates.

Fernando Henrique Cardoso (foto ao lado) aborda Brizola sobre questões de educação. FHC fala das escolas de tempo integral idealizadas por Brizola e diz que elas têm alto custo. Leonel Brizola deu uma resposta que nenhum político brasileiro jamais ousou dar, muito menos, seguir sua metodologia para melhorar a educação.

FHC - Governador Brizola, eu acho que a questão da educação é realmente fundamental. Essa questão dos CIEPs e CIAPs merecem a minha simpatia, não obstante, eu tenho ouvido críticas, por isso, gostaria de ouvir sua resposta.

Falam que o custo dessa educação de tempo integral é muito elevado, em torno de dois milhões de dólares, e a manutenção dela custa outro tanto, e que o número de alunos é muito baixo. Assim, apesar da ideia ser boa, estaria se trabalhando para formar uma nova elite nessa escola de excelência. É verdade isso?

Resposta de Leonel Brizola - Saiba que as suas informações são totalmente improcedentes. Primeiro, porque essa invocação de que são obras caras, isso são alegações dos tecnocratas. Não se encontra um tecnocrata, especialmente esses fazendários, que não ache cara a educação. Sempre não tem dinheiro, ou recusam favorecer verba para melhorar os vencimentos dos professores, sempre estão regateando em relação a educação.

No meu conceito, cara mesmo e a ignorância. Essa é cara mesmo. Olha, o que custa para este país a ignorância, não é brincadeira. Ignorância entremeada no meio das elites, que por incompetência levaram este país a esse quadro. Então, com a experiência que fui adquirindo, isso me leva a afirmar que este país não tem outra saída.

Ou se institui uma escola coerente para as nossas crianças, com alimentação, com assistência médica, com a permanência dessas crianças todo dia no colégio, como acontece nos colégios de muitos países europeus e de tantos outros países que se prezam, ou nós não temos outra saída.

Isso aconteceu há vinte e quatro anos, e de lá pra cá mudou pra melhor? Na minha concepção, infelizmente não.

Jota Parente

Após derrota eleitoral na Argentina, cinco ministros pedem demissão do governo de Fernández

BUENOS AIRES — Uma crise sem precedentes foi aberta no governo argentino, nesta quarta-feira, depois que cinco ministros e pelo menos três funcionários kicherneristas renunciaram por meio de uma carta formal. O movimento acontece dias após a surra eleitoral que o governo do presidente argentino, Alberto Fernández, levou nas Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (Paso), realizadas no último domingo para eleger os candidatos que disputarão vagas na Câmara e no Senado nas eleições legislativas do próximo dia 14 de novembro.

Além dos ministros do Interior, Eduardo de Pedro; de Justiça, Martín Soria; de Ciência e Tecnologia, Roberto Salvarezza; de Meio Ambiente, Juan Cabandié; e da Cultura, Tristán Bauer, também deixaram o cargo a titular do Programa de Saúde Integral (Pami), Luana Volnovich; a diretora da Administração Nacional de Segurança Social (Anses), Fernanda Raverta; e a secretária de Comércio, Paula Español. Todos são membros do movimento jovem kirchenerista La Cámpora ou respondem a vice-presidente, Cristina Kircher.

Após o choque causado pela divulgação da saída conjunta, outros funcionário se manifestaram para dizer que também já haviam pedido demissão verbalmente. As renúncias foram lidas como uma forte mensagem interna, e uma declaração unificada, e surpreendente, para a vice-presidente, que resiste à mudança de figuras no Gabinete.

O primeiro a dar o passo foi o ministro do Interior, de grande peso no Ministério e elo fundamental entre o kirchnerismo e a Casa Rosada. De Pedro estava em seu escritório quando tornou pública sua carta.

Sua decisão gerou um efeito dominó no restante dos ministros e causou um choque interno na aliança governista Frente de Todos. Minutos depois soube-se que a trupe de camporistas do Gabinete (Raverta, Volnovich e Español), assim como Bauer, Salvarezza, Cabandié e Soria, haviam renunciado. A ideia havia sido abordada em várias reuniões, mas foi lançada apenas hoje.

O ministro do Desenvolvimento Territorial, Habitat e Habitação, Jorge Ferraresi, entretanto, afirmou em declarações a rádios locais que divulgou a sua demissão no mesmo dia da eleição no domingo.

— Se Wado escolheu a forma escrita hoje, optamos por apresentar a renúncia oralmente no domingo ou segunda-feira. A diferença está na forma — disse Ferraresi na Radio con Vos.

Fonte: O Globo

terça-feira, setembro 14, 2021

Vereador Wescley Tomaz: Itaituba precisa se unir em torno do problema do garimpo, porque depois, não vai adiantar chorar o leite derramado

Durante a fala do vereador Felipe Marques, o vereador Wescley Tomaz pediu aparte ao colega, para reforçar o discurso do mesmo. Conhecedor como poucos, da realidade do garimpo, Wescley chamou atenção para o tamanho do problema que só faz crescer.

"De 2017 pra cá, o governo do prefeito Valmir Clímaco tem feito um trabalho incansável da conscientização do garimpo legal. O resultado veio. De 2017 a 2021 a gente chegou ao ápice da arrecadação de CFEM, que é o imposto do ouro. A produção existia, mas, o município não usufruia da arrecadação.

Ano passado foram arrrecados R$ 50 milhões e este ano a previsão é de que aumente, pois já entraram nos cofres do município R$ 45 milhões até setembro. Porém, a insegurança jurídica dos que trabalham nessa atividade em Itaituba, vem causando desânimo entre eles e até encerramento das atividades.

Temos caso de empresa que só este ano já arrecadou mais de R$ 9 milhões de CFEM, que fechou suas portas. Temos mineradoras que estão sendo alvo de investigação.

É complicado, porque se o garimpeiro (mesmo trabalhando em área branca) não estiver legalizado, não tem como ele legalizar o ouro. Aí entra a força do MPF, que desrespeita a vocação econômica da região, que e a produção de ouro, mas, a gente não vê nenhuma frente do próprio MPF para buscar entender o processo. Não querem entender o processo.

Infelizmente, a taca vem comendo pra essa atividade.

Quero fazer um alerta para a população: a mineração é muito forte, mas, é desunida, é desorganizada e não é representada. Eu sou o vereador que luto por essa frente, e faço o meu melhor, com as condições que eu tenho. É muito pouco para uma classe que move a economia de toda uma região, e a gente fica preocupado.

Essa situação vai piorar. Itaituba como um todo precisa se fortalecer, precisa se organizar para enfrentar esse momento complicado, porque depois, não adianta chorar o leite derramado", disse Wescley.

Jota Parente

Vereador Felipe Marques: o importante seria que toda a cadeia produtiva de ouro fosse legalizada

Os impactos já podem ser sentidos na economia de Itaituba e de outros municípios da região Sudoeste do Pará, em virtude da repressão pesada dos órgãos ambientais brasileiros que vem atuando de forma incessante. 

O Ministério Público Federal atua de maneira direta no combate à exploração de ouro, de forma ilegal, em terras indígenas, o que é terminamente proibido. Ao mesmo tempo, denúncia empresas compradoras de ouro na região, sob a acusação de comprarem ouro de origem ilegal, o que está ameaçando seriamente a economia de Itaituba e de outros municípios.

Toda essa situação tem levado uma insegurança muito grande para o setor, tanto da exploração, quanto da compra do metal, com reflexos imediatos em toda a cadeia produtiva de ouro e nos demais setores da economia regional.

Esse problema foi levantado pela enésima vez na Câmara Municipal, dessa vez, pelo vereador Felipes Marques, com a participação do vereador Wescley Tomaz, em aparte.

"Estamos falando do setor primário, do setor produtivo. Desde não se sabe quando, quatro ou cinco décadas, mais da metade da economia de Itaituba gira em torno do ouro. A gente se preocupa, quando empresas geradoras de CFEM, nosso principal imposto, pois só esse ano já arrecadamos mais de R$ 45 milhões para os cofres do município, elas estão fechando, estão saindo dessa atividade por conta de perseguição. 

A gente não está julgando aqui, qual é o motivo dessa perseguição, mas, essa atividade é responsável pelo desenvolvimentod a nossa cidade. Vivemos um momento bom, favorável. Precisamos continuar nesse patamar, e só vamos conseguir isso, através da organização dessas empresas, para que o município continue arrecadando.

Nós não defendemos a produção ilegal de ouro, pois ouro ilegal não gera riqueza para o nosso municipio, não geral qualidade de vida para nossa população", disse Felipe.

O vereador destacou, que o importante seria que toda a cadeia produtiva de ouro fosse legalizada, mas, isso passa pela boa vontade da União, que entra governo, sai governo, não faz o que precisa ser feito.

"O nosso comércio aqui de Itaituba é bem mais aquecido do que de muitas outras cidade desta região. Isso passa diretamente pelo comércio do ouro. E apartir do momento em que essa cadeia produtiva é afetada, isso vai refletir em todo o nosso comércio. Já tem empresário reclamando, tem gente demitindo, então, precisamos cuidar da nossa principal fonte de arrecadação, que é a mineração", finalizou o vererador Felipe Marques.

Jota Parente

Agora é com sua empresa, Magno, disse Dirceu

Logo após a assinatura da ordem de serviço para o início da obra de reforma e ampliação da Câmara Municipal de Itaituba, o presidente Dirceu Biolchi falou sobre a importância do momento e da seriedade com que o dinheiro público vem sendo gerenciado na sua gestão, desde janeiro deste ano.

Dirceu fez questão de citar o nome do vereador Manoel Dentista, que o antecedeu na presidência, o qual fez um trabalho de saneamento das contas do legislativo itaitubense, que não tinha crédito nenhum praça. Isso possibilitou ao atual presidente dar início nas providências para fazer essa obra, sem perda de tempo.

'A partir de agora é com você Magno (referindo ao empresário Magno Nascimento, dono da Construtora Mageplan). Nós acreditamos em você, e temos certeza que essa parceria vai dar certo, pois sabemos que você trabalha com muita seriedade.

Quero pedir aos quatorze vereadores, que nos ajudem, fiscalizando, dando sugestões, porque essa obra é de todos nós, para melhorar os espaços, tanto para todos os que fazem parte da nossa equipe de trabalho, para os vereadores e para quem nos visita.

Houve algumas críticas. Normal, eu gosto quando alguém faz críticas, desde que sejam construtivas, porque elas nos ajudam a corrigir erros. Nesse caso, quem criticou pela redes sociais disse que pra quê fazer essa obra na Câmara, se ninguém vai morar aqui, sugirindo que se fizesse outra coisa com esse dinheiro. Por que não investe o dinheiro público no público?

É bom que as pessoas saibam, que o dinheiro que vem para a Camara tem destinação definida. Não podemos, por exemplo, comprar cestas básicas para dar para a população. Se sobrar dinheiro no final do ano, a Câmara tem que devolver para os cofres do município.

No final, vai ficar bom, tanto para o nosso administrativo, quanto para vereadores e para o público que vem aqui' disse Dirceu.

Cobrança de tarifa ‘apagará’ interesse por energia solar, afirmam especialistas

MANAUS – A cobrança de tarifa sobre geração de energia solar pode inibir o avanço do setor no Brasil e atrasar metas ambientais, de acordo com especialistas ouvidos pelo ATUAL. O marco regulatório aprovado na Câmara dos Deputados é visto como importante, mas há ressalvas.

A regulação foi aprovada após dois anos. Começou a tramitar em 2019. A autoria é do deputado Silas Câmara (Republicanos- AM). Pela lei, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) deve instituir uma tarifa de uso do sistema das distribuidoras, que envolve cabos, postes e transformadores.

As distribuidoras de energia alegam que o consumidor que instala um sistema de energia solar utiliza a estrutura da rede para armazenar a energia excedente, que é utilizada quando as placas não estão gerando energia, como no período da noite. Mas essa mesma energia gerada pelo consumidor é comercializada pela distribuidora, que nada paga pela geração.

O valor da tarifa não consta no projeto e deverá ser definido na regulamentação. Hoje os consumidores que produzem sua própria energia, como a energia solar através de placas fotovoltáicas, pagam apenas pela energia recebida da concessionária, o que reduz drasticamente o valor da conta de luz

Na prática, quem decidir gerar a própria energia elétrica terá que utilizar a infraestrutura de transmissão da concessionária e pagar pelo “serviço”

Essa cobrança deve começar a ser feita a partir de 2045 para aqueles que já produzem energia e para aqueles que começarem em até 12 meses após a publicação da lei. Os novos consumidores terão as cobranças feitas aos poucos a partir de 2023 e em 2029 com todos os encargos aplicados.

O engenheiro ambiental e de energias renováveis Michael Vieira diz que essa cobrança existe em países desenvolvidos, mas que no Brasil ainda é baixa a procura por uso de energia renovável e a medida pode inibir novos investidores.

Dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), de julho deste ano, mostram que a energia solar representa 2% da matriz elétrica brasileira. A expectativa é que deve atingir 2,9% até o fim deste ano.

“Eu já perdi clientes porque a medida causa insegurança. O projeto não diz que taxa será cobrada pela Aneel, então o cliente coloca um pé atrás na hora de investir na energia fotovoltáica”, diz Vieira.

O engenheiro mecatrônico e diretor da empresa Criteria Energia, Jhordan Dias, avalia que a nova cobrança é negativa para produtores próprios e que, a partir das cobranças, terá que repensar seu modelo de venda para convencer os clientes de que ainda é lucrativo aderir ao sistema.

“Ficou mais difícil vender, teremos que ver como repassar isso para o cliente de forma menos brusca, reduzindo o preço ou encontrando melhores formas de parcelamento. Vai impactar com certeza, mas eu percebo que a conta anterior não estava fechando para as distribuidoras”, explicou.