sexta-feira, setembro 04, 2015

Jornal do Comércio, dez anos de saudável teimosia

Weliton Lima
A expansão da internet no inicio da década de 1990, transformou-se num fenômeno da tecnologia moderna, que em pouco tempo passou a revolucionar as comunicações interpessoais e de massa, chegando a ser comparada no seu começo com o surgimento da televisão no inicio dos anos 50. A diferença em favor da internet é que esse sistema de comunicação continua evoluindo e em ritmo acelerado. A todo instante surgem novas ferramentas que dão maior instantaneidade às notícias, onde quer que elas aconteçam.

As plataformas de informação estão cada vez mais acessíveis à população, seja através de provedores, portais de serviços online, celulares e smatphones. Todo esse avanço tecnológico colocado a serviço da comunicação, em dado momento, em função de sua vertiginosa expansão começou-se a especular sobre o possível desaparecimento do habito da leitura matinal do velho e bom jornal de papel impresso, e não há duvidas de que o imediatismo da informação através da internet sacudiu as redações dos grandes jornais, e o baque disso foi sentido na diminuição diária da tiragem impressa,  forçando os grandes grupos de mídia impressa a se adaptarem a nova tecnologia e passar também a investir na versão eletrônica de seus jornais.

Se os grandes grupos editoriais, alguns estabelecidos com a solidez de quase séculos de atividade enfrentaram problemas com o advento da internet, imaginem então os pequenos informativos que além da concorrência com os outros veículos de comunicação, enfrentam ainda a disputa acirrada por anunciantes. Num cenário aonde o poder do capital costuma asfixiar quem se insurge a fazer publicações editoriais baseados na ética, atendo-se tão somente à descrição imparcial dos acontecimentos, chega ser quase um ato de bravura se manter no mercado por um período tão longo como é o caso do JORNAL DO COMÉRCIO. 

Paralelo de longevidade como esse são raríssimos encontrados no interior do estado e, na capital pode se destacar somente um caso, o JORNAL PESSOAL, do conceituado jornalista Lúcio Flávio Pinto, que por questões princípios decidiu romper com a grande mídia impressa da capital e passou a editar o seu próprio semanário, tornando-se referencia ao leitor, em razão da linha editorial adotada, trazendo para o conhecimento público, fatos que propositalmente são omitidos pelos jornais tradicionais do estado.

Aqui em Itaituba, ao longo dos mais de vinte anos que trabalho na imprensa, já acompanhei o surgimento de dezenas de tabloides que se mantiveram em atividade por algum tempo, a maioria deles a serviço de grupos políticos, por isso, sem a credibilidade que se faz necessário para um veiculo de comunicação adquirir o respeito e a confiança do leitor, atributos que tornaram o JORNAL DO COMERCIO o mais lido e respeitado de Itaituba, pelo conteúdo de suas matérias e opiniões criticas sempre pautadas e fundamentadas no mais claro sentido de informar aos seus leitores os acontecimentos mais importantes da vida cotidiano itaitubense.

Nas paginas do jornal estão registrados fatos que marcaram a história do município, seja na política, na economia ou eventos sociais, e esses registros com o decorrer dos anos vão se tornando documentos que atestam a veracidade dos fatos acontecidos e servirão com certeza como fonte de pesquisa para pesquisadores interessados em conhecer a nossa historia. E os recortes de seus artigos podem ser utilizados pela classe acadêmica para ilustrar teses ou monografias de conclusão de cursos.

Por tudo isso, como colaborador do JORNAL DO COMÉRCIO, sinto-me honrado em ter contribuído para que o jornal alçasse esse marco na imprensa escrita de Itaituba e afirmo que todo o sacrifício feito pela editoria do jornal, para manter a regularidade de suas publicações sem para isso precisar se curvar aos interesses de grupos políticos ou econômicos, representa uma grande vitória não somente do JORNAL DO COMÉRCIO, mas de toda a imprensa itaitubense.

Artigo publicado na edição 203, comemorativa dos dez anos do Jornal do Comércio


Uma guinada e tanto, do Direito para o Jornal

Marilene Parente
Obtive o grau em Direito pela Universidade do Grande ABC, em Santo André, na grande São Paulo, em dezembro de 2001. Era mais do que natural que eu sonhasse com o dia em que abriria a porta do meu próprio escritório para trabalhar numa profissão que é elementar em um estado democrático, que é a advocacia. Afinal de contas, foi em Direito que eu me formei.

Não é que eu tenha abandonado esse sonho, pois até sou cobrada por não ter ainda me empenhado para fazer o exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Tem gente que diz: como pode você ter se matado estudando, fazendo um curso desses fora, com tanta concorrência, e não usufruir dos tantos anos de sacrifício?  Claro que não é fácil explicar as voltas que o mundo dá e as voltas que a vida dá.

Ao retornar de Santo André para Santarém, fiz um estágio de seis meses na Defensoria Pública, que foi de enorme valia para mim. Foi um grande aprendizado. Estava no caminho certo e tudo me direcionava para fazer o exame de ordem. Mas, embora eu ache que na maioria das vezes a responsabilidade pelo que ocorre na vida da gente é da gente mesmo, surgem algumas situações que fogem ao nosso controle.

Durante o período em que estagiei na Defensoria Pública, recebi alguns convites de advogados que me conheceram lá, para que após conseguir aprovação no exame da ordem eu os procurasse, abrindo a porta para que eu pudesse iniciar efetivamente uma carreira de advogada.

Apesar de ter feito o curso de Direito, sempre tive uma boa identificação com vendas. Foi por demonstrar aptidão para essa atividade que eu fui parar em uma carteira de seguros do Bradesco, que me possibilitou um bom aprendizado, tanto pelos cursos que tive oportunidade de fazer, patrocinados pelo banco, quanto pela experiência com a prática de venda de seguros, no dia a dia. Confesso que não é uma coisa muito fácil.

Ainda em Santarém, quando o Parente comentou comigo a ideia de criar um jornal impresso, juntamente com o jornalista Edinaldo Rodrigues, eu fiquei entusiasmada, pois mesmo não tendo até aquele momento nenhuma experiência nessa área, achei que aquilo poderia dar certo. Caso o Jornal do Comércio tivesse sido criado em Santarém, com certeza eu teria arregaçado as mangas para ajudar a viabilizá-lo financeiramente. Mas, estava escrito nas estrelas, que o lugar certo para lançar seria mesmo Itaituba, com o mesmo nome imaginado em Santarém.

Cheguei aqui sem conhecer ninguém que não fosse o Parente. Desconhecida, mas, determinada a lutar para que o nascente Jornal do Comércio não fosse apenas um acontecimento fugaz, como aconteceu com outros periódicos que surgiram e desapareceram poucas edições depois de lançados. Sabia que tinha um desafio pela frente, desafio esse meu e do editor-responsável.

E assim começamos como se fossemos uma equipe, não apenas uma dupla de teimosos dispostos a remar contra a correnteza e contra o pessimismo de alguns, como certo empresário, que no começo, poucos meses depois que o jornal estava circulando, ao ser contatado na tentativa de conseguir um anúncio comercial disse na minha cara, que jornal impresso em Itaituba tinha vida curta; não chegava a um ano. Quando já tínhamos passado dos nove anos de existência eu o encontrei e refresquei sua memória. Ele ficou meio sem graça, mas, tinha certa dose de razão, porque depois eu fui me informar e constatei que diversas publicações tiveram uma vida muito curta.
          
         Aqui estamos nós, dez anos depois, de cabeça erguida, graças à qualidade do produto que entregamos aos nossos leitores, que não se destaca pelas cores, posto que é impresso em somente uma cor, preta. O que vendemos é a credibilidade conquistada, primeiramente, nas quatro décadas de carreira do Parente, e depois pela maneira como eu e ele construímos este periódico quinzenal que hoje faz parte da vida do município e que já está inserido na história de Itaituba. Grande parte dessa história está registrada nas mais de quatro mil páginas publicadas até hoje. Foi uma longa jornada, mas, todo o sacrifício enfrentado tem valido a pena.


Artigo publicado na edição 203, comemorativa dos dez anos do Jornal do Comércio

Jornalismo em Itaituba, uma pauta em construção

Adelson Sousa
A população de Itaituba, assim como a maior parte dos brasileiros, tem pouco acesso a fontes alternativas de informações e entretenimento como jornais, livros, filmes ou peças teatrais e com isso, este espaço acaba sendo ocupado pelo rádio, internet e a TV que se sobressai por estar presente em 98% dos domicílios do país.
Neste artigo vou me ater a analisar um pouco da atuação dos meios de comunicação de massa em Itaituba, que entendo ser uma espécie de pauta jornalística em construção. Especialmente pelo dinamismo que o setor deve se impor e nem sempre pratica. O dia a dia está mais dirigido ao chamado jornalismo chapa branca, onde se buscam logo as notícias nas repartições públicas, para depois abrir espaço as demandas sociais.
O problema maior é propalar os poucos feitos e deixar de questionar o muito não feito pelas autoridades, e assim ajudamos a construir ou perpetuar no poder pessoas nocivas. Vivemos numa sociedade baseada na informação e devemos entender que o grande jogo do poder se dá na mídia.
Para melhor entender um pouco do contexto do município que tem 158 anos de existência, a chegada dos meios de comunicação em Itaituba ocorreu por volta dos anos oitenta do século passado, portanto, é recente. Os feitos são elogiáveis dentro das especificidades de um município privilegiado por suas potencialidades naturais, energética (anunciada construção das pelo menos 5 hidrelétricas no rio Tapajós), florestais (exploração desordenada da madeira), portuária (uma dezena de portos de multinacionais para a escoação de grãos sendo construídos no Distrito de Miritituba), além da famosa mineral, cuja exploração do ouro ultrapassa meio século levando muita riqueza para fora e deixando aqui uma ínfima quantidade o que é suficiente para ser anunciado como responsável pelo maior percentual da economia local.
Dentro deste espectro de riquezas naturais o município tem passado por ciclos econômicos, e a chegada dos meios de comunicação ocorre atendendo um fato que, com exceções, é corriqueiro no Brasil. Os donos de grandes fortunas buscam assumir o poder político visando à ampliação deste e o domínio dos meios de comunicação para a sua sustentação ou perpetuação no poder. Daí a imposição ou limitação do campo de atuação do profissional de comunicação no Brasil e evidentemente em Itaituba, aqui com o agravante da imposição do medo no período de alto índice de violência no auge da garimpagem, onde poderosos mandavam na vida e determinavam a morte de muitos. Hoje a onda de violência volta a aumentar com o advento do tráfico de drogas.
Todos esses fatores tem proporcionado um crescimento desordenado do município e diante da medíocre atuação da classe política local e regional, os meios de comunicação podem prestar um relevante serviço contribuindo para a construção de um desenvolvimento sustentável, que favoreça um convívio humano mais justo e com mais qualidade de vida.
Reportando mais diretamente a atuação dos meios de comunicação e dos profissionais do setor em Itaituba, observamos que medianamente cumprem seu papel de manter a população informada dos fatos que interessam a sociedade. A estrutura tecnológica atende com um funcionamento de qualidade audiovisual satisfatório. No aspecto do quadro de pessoal também temos uma atuação significativa, que precisa ser mais reconhecida economicamente e na atualização de conhecimentos específicos da área. Na valorização profissional a Associação da categoria, que tem atuado no setor social, deve se apresentar e cobrar melhorias assim como os direitos como a data base para reajuste salarial dos trabalhadores.
Especificamente nos programas jornalísticos temos um até compreensível excesso de comerciais, nos intervalos e os irritantes testemunhais dentro do programa. Claro que isso faz parte do controle do capital (mercado) que sustenta as empresas, mas essa cultura imposta deve ser gradativamente alterada para a valorização do principal, a informação e a quem ela é dirigida.
Compreendendo todos estes aspectos e com a iminente chegada dos grandes empreendimentos a Itaituba e de milhares de pessoas, precisamos ultrapassar o trivial e passar à construção de uma pauta mais questionadora em relação a demandas.
Registro exemplos da péssima oferta de serviços públicos, como a segurança (carência de estrutura física, equipamento e pessoal). Saúde (falta de medicamentos, material e profissionais principalmente médicos das áreas específicas em quantidade suficiente para atender). Infraestrutura: (ordenamento urbano, combate à ocupação do espaço público por construções particulares, construção de um terminal rodoviário e ampliação do aeroporto).
Meio ambiente (degradação do rio Tapajós, licenciamento para construção de portos, para a exploração madeireira, do ouro e demais minerais, combate à ocupação e destruição de lagos, córregos e igarapés em plena cidade e no interior). Transporte (combater altos preços e péssimo serviço de embarcações e lanchas do transporte Itaituba/Santarém) ou na balsa que faz a travessia Itaituba/Miritituba). Educação (pouca presença das universidades públicas, precário funcionamento das escolas federal, estaduais e municipais e baixos índices de aprovação e frequência). Espaços de lazer (definir e respeitar os existentes nos bairros para praças, campos de futebol é áreas públicas específicas). Abastecimento de água e energia elétrica (altos preços e serviço sofrível e até inexistente em bairros da cidade).

Não mudaremos a realidade, pois, nossa responsabilidade maior é informar, mas, muito podemos contribuir para mudanças necessárias se passarmos a sistematicamente cobrar o não feito e deixar de exaltar o pouco, pouquíssimo mesmo que fazem as autoridades. (Adelson Sousa, professor e jornalista)

Artigo publicado na edição 203, comemorativa dos dez anos do Jornal do Comércio

Chegar aos dez anos é a concretização de um sonho

Jota Parente
Fazendo uso de uma acepção da Associação Nacional de Jornais (ANJ) para definir a razão de sua existência, um jornal deve servir para defender a liberdade de expressão, do pensamento e da propaganda, o funcionamento sem restrições da imprensa, observados os princípios de responsabilidade, e lutar pela defesa dos direitos humanos, os valores da democracia representativa e a livre iniciativa. Foi com esse conceito que foi criado o Jornal do Comércio, cuja primeira edição circulou em no dia 3 de setembro de 2005.
Um jornal deve ter por objetivo falar a verdade, e isso é possível se for praticado de forma incessante o bom jornalismo, aquele que vai atrás dos detalhes da notícia, que não se contenta em ser caixa de repercussão das outras formas de imprensa, que não admite em suas páginas a prática do partidarismo político ou de qualquer outra vertente.
Durante alguns anos de minha vida profissional eu conciliei duas atividades que de certa forma não são lá muito compatíveis: ser assessor de político e homem de imprensa. Primeiro, com Wilmar Freire, que foi deputado estadual por duas vezes, com o qual trabalhei, depois, com Wirland Freire, até sua morte. Aquilo, se do ponto de vista pecuniário foi bastante vantajoso na época, do ponto de vista profissional me deixava numa situação desconfortável, em virtude dos princípios com os quais alimentei o meu espírito de jornalista desde os primeiros anos desse ofício.
Em agosto de 2005, pouco depois de voltar para Itaituba, depois de uma breve estada em Santarém, comuniquei ao amigo Wilmar Freire, então pretenso candidato a deputado estadual na eleição de 2006, que eu havia decido afastar-me completamente do trabalho de assessor político, porque estava determinado a voltar a fazer o que sempre fiz na vida: dedicar-me exclusivamente ao mister de homem da imprensa, e mais ainda, ao jornalismo, no qual granjeei respeito ao longo da vida.
Ao ser informado, inicialmente Wilmar não gostou muito da ideia, pois contava com minha participação em sua próxima campanha que terminou não acontecendo. Eu lhe disse que, se ele que era meu amigo de tantos anos, não compreendesse e até me ajudasse naquele momento crucial, de quem mais eu poderia esperar compreensão. Foi então que ele falou: ‘está bem, patrão, você tem razão; vou lhe ajudar no que for preciso’. Naquele instante acabava de nascer o Jornal do Comércio, pois ele me colocou à disposição um computador e o restante do material de expediente necessário, porque como já relatei algumas vezes, nem uma folha de papel eu tinha para começar.
Chegar a esse 3 de setembro de 2015 foi um sonho acalantado por todos esses anos, por mim e por minha esposa Marilene, companheira de todas as horas, sem a qual dificilmente o Jornal do Comércio Existiria. Cuidamos deste jornal como se fosse uma criança que vai crescendo a cada dia. A seriedade da nossa linha editorial que não mudou durante todo esse tempo, o apoio dos nossos anunciantes e dos assinantes, aliados à nossa perseverança foi o que nos fez chegar até aqui.
No começo, muitos se referiam ao JC tratando-o por jornalzinho, uma parte de forma carinhosa, mas, tantos outros em tom pejorativo. Isso em função das reduzidas dimensões deste periódico, que é um tabloide pequeno. O nosso jornal cresceu. Não, na altura, nem na largura de suas páginas, mas, no número de páginas, que saltou de doze, no começo, para vinte e quatro, atualmente.
Esta edição é para lá de especial, e nem poderia ser diferente, pois não é todo dia que um jornal impresso completa dez anos de atividade ininterrupta em Itaituba, uma cidade que ainda está desenvolvendo o hábito da leitura. E já foi muito pior, como quando o jornal nasceu. São muitas as vicissitudes que levam jornais à falência, pouco tempo depois de nascerem, porque essa atividade requer dedicação exclusiva e atenção constante em todos os aspectos, sobretudo no aspecto comercial que é responsável para que as contas sejam pagas.
Por ser uma edição especial, o jornal sai com um número de páginas bem maior do que o habitual. Solicitamos a participação de diversas pessoas que de alguma forma fazem parte da nossa história, como o reconhecido e competente jornalista Manuel Dutra, que escreveu um artigo especial para este número. Também incluímos um resumo das principais manchetes num total de seis páginas, e o poema O Garimpeiro, que produzi a partir das comemorações do cinquentenário da garimpagem de ouro na região do Tapajós. Enfim, a edição está recheada de matérias interessantes que certamente vão agradar o nosso leitor.

                               
Artigo publicado na edição 203, comemorativa dos dez anos do Jornal do Comércio

Deputado Luiz Afonso Sefer chama atenção para situação para o Complexo Portuário de Miritituba

O Deputado Luiz Afonso Sefer (foto) na Sessão Ordinária do dia 25.08.2015, em seu pronunciamento destacou a importância da Sessão Itinerante no Município de Itaituba que foi bastante produtiva. Ressaltou ainda que a maior virtude da sessão foi fazer com que os outros deputados tenham conhecido a realidade, cultura, economia e as dificuldades da região.

Chamou atenção para a situação do Complexo Portuário de Miritituba, o quanto se incomoda, porque estuda aquela área há muito tempo. Explicou aos presentes na sessão ordinária que a (pavimentação) da rodovia BR 163 foi realizada por pressão dos grandes produtores de grãos no país em cima da Presidente, onde compraram as áreas há 6 anos atrás por 40 mil, hoje custam 8 milhões, vão exportar as suas mercadorias através do corredor hídrico a um custo que vai variar em média de 60 ou 70 dólares mais barato por tonelada de soja.

O Deputado entende que o Pará deveria ter uma participação nos lucros, deveria ter algum tipo de taxação, algum tipo de imposto além do ISS, porque o ICMS fica no Estado de origem no Mato Grosso, então o Município de Itaituba tinha que ter negociado algo.

Citou exemplo do Canal do Panamá que foi feito para encurtar distâncias entre Europa, América e Ásia, onde cada navio que passa de acordo a carga que transporta é taxado de 100 mil a 200 mil dólares; então aqui deveria ter essa compensação ou participação nos lucros.

O Município de Itaituba precisava estar inserido nesta oportunidade de melhorar a vida da comunidade. Outro exemplo é a situação de Marabá com seu minério explorado pela Vale, o povo vê o trem passar com a riqueza, enquanto a pobreza fica.


Finalizando seu pronunciamento, o deputado Luiz Afonso Sefer disse que está verificando se ainda dá tempo de fazer alguma coisa em nível jurídico, técnico... Contou que conversou por telefone com o Secretário do Setran, Kleber Menezes, e vai marcar uma audiência com o Governador para falar sobre a situação do Complexo Portuário de Miritituba para que possa se fazer algo pelo Pará e principalmente para o município de Itaituba.

À espera dos benefícios dos grandes empreendimentos de portos e hidrelétricas


Graças aos seus recursos naturais, o município de Itaituba está passando por um momento de transformação na sua economia.

O grande potencial hídrico do rio Tapajós começa a ser explorado para a geração de energia elétrica e também para a exportação dos grãos produzidos no centro oeste do País, mas tanto os portos quanto a futura construção da hidrelétrica, não trarão os benefícios que a população espera, se os nossos governantes não forem firmes nas negociações das compensações sociais e econômicas.

No caso dos portos, um deles já está em pleno funcionamento, Mas, para a população de Miritituba as mudanças até agora foram apenas  no cenário do trânsito que já está tumultuado com o vai e vem de carretas pelas ruas estreitas do Distrito e. Os moradores, é claro, estão reclamando. Isso, com apenas uma empresa que está em funcionamento; imaginem  quando todos os outros portos iniciarem suas atividades, o caos em que vão se transformar as ruas do distrito!  

Essa é somente uma amostra dos muitos problemas que virão com esse movimento em Miritituba. E os impostos gerados por esses serviços, mesmo que sendo uma quantia vultosa, não serão suficientes para resolver as demandas sociais que serão criadas a partir da intensificação dessa atividade.

Uma das saídas para minimizar os enormes impactos negativos sobre a população de Miritituba é o governo municipal reconhecer que foi inexperiente na condução desse processo e buscar o quanto antes o apoio governo do estado e dos deputados, para que esses empresários não se beneficiem do nosso território como corredor de exportação para suas riquezas sem que a população diretamente afetada possa usufruir minimamente dessa riqueza. E isso só será possível com a verticalização dos produtos, ou seja, com a implantação de fabricas que possam gerar empregos e distribuir renda.

Somente assim a soja que sai pelo porto de Miritituba vai ajudar a melhorar a economia do município e de toda a região. Afora isso, o município pode até melhorar alguns dos seus indicadores sociais, com uma maior arrecadação de impostos, mas a população vai continuar pobre e sem maiores perspectivas de conseguir empregos.


Weliton Lima, jornalista, comentário veiculado no telejornal Focalizando, quinta, 03/09/2015

Universal foi condenada a pagar R$ 300 mil a ex-fiel no RS por prometer cura de HIV

A Igreja Universal do Reino de Deus terá de pagar uma indenização de R$ 300 mil a um ex-fiel que abandonou o tratamento contra a AIDS, contaminou a mulher e chegou à beira do morte, pesando 40 quilos.

Para a Justiça, o gaúcho de 36 anos foi convencido de que se livraria do HIV só com a fé em Deus e doações para a igreja.

"Os pastores diziam que a medicina estava dasatualizada, levavam testemunho de gente que se curou de câncer e AIDS. Quando as pessoas não aceitam doar seus bens, dizem que tem um espírito ruim que não está permitindo", conta Lucas, nome fictício.

Tudo começou em 2005 quando ele descobriu que tinha o vírus e iniciou o tratamento. Angustiado, ele começou a frequentar os cultos da Universal por indicação de um vizinho. Quatro anos depois, em setembro de 2009, parou de tomar os remédios e passou a fazer sexo sem camisinha com sua mulher à época.

A decisão foi um "sacrifício" sugerido por um pastor em nome da fé para alcançar a cura. Mas, nem isso, nem a doação de um computador e de televisor à igreja foram suficientes para livrá-lo da doença e impedir a contaminação da mulher.

Dois meses depois de interromper o tratamento ele foi internado com um quadra de pneumonia grave. Ficou internado em coma induzido por 40 dias e saiu do hospital após quatro meses, com metade do peso normal.

A decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul para que a Universal indenize Lucas por danos morais saiu no último dia 26 de agosto. A igreja ainda pode recorrer ao STJ.

Justiça condena fazendeiro a 91 anos de prisão por trabalho escravo

Lindomar Resende Soares, dono de terras em Ulianópolis, sul do Pará, mantinha 31 trabalhadores em condições degradantes e em sistema de escravidão por dívida

A Justiça Federal condenou o fazendeiro Lindomar Resende Soares a 91 anos de prisão em regime fechado pelo crime de reduzir alguém a condição análoga à de escravidão, artigo 149 do Código Penal brasileiro. Em 2005, o Ministério do Trabalho fez fiscalização na Fazenda Santa Luzia, em Ulianópolis, sul do Pará e libertou 31 pessoas mantidas em condições degradantes, além de duas crianças que também eram obrigadas a trabalhar. O fazendeiro é filho de Davi Resende, um dos maiores pecuaristas da região Norte, prefeito de Ulianópolis, morto ano passado em naufrágio no rio Xingu.

O Ministério Público Federal, que denunciou o fazendeiro à Justiça, comprovou que os trabalhadores era alojados em barracos de lona, com piso de terra batida, sem instalações sanitárias, sem acesso a água potável, consumindo comida estragada, sem nenhum equipamento de proteção para o trabalho na terra, com salários extremamente baixos. Não conseguiam sair da fazenda, muito distante de qualquer estrada, e ainda eram obrigados a comprar comida e equipamentos a preços altíssimos no armazém da propriedade, o conhecido sistema de escravidão por dívida.

Em depoimento à Justiça Federal, o fazendeiro confirmou a situação dos trabalhadores, mas afirmou que a responsabilidade era do “gato”, o capataz contratado para trazer os funcionários para a fazenda. As duas crianças encontradas na propriedade ajudavam a preparar a comida dos trabalhadores.

Para o juiz Paulo Máximo de Castro Cabacinha, responsável pela sentença, a tese da defesa de que o “gato” seria responsável pelos crimes não merece crédito: “resulta pouco crível que uma terceira pessoa, o gato, se arvore em contratar pessoal para realizar trabalho em propriedade alheia, arcando com todos os custos advindos da tarefa, produzindo dividendos em benefício do proprietário por mera liberalidade e sem qualquer anuência por parte deste”.

Além da sentença de prisão em regime fechado, “considerando a presença de elementos que indiquem ser a condição econômica do réu abastada (industrial e agropecuarista proprietário de imóveis de consideráveis dimensões territoriais, com comercialização de múltiplos produtos”, o juiz aplicou multa de 283 mil reais ao fazendeiro.

A sentença é do final de julho, mas só agora foi enviada ao MPF. Lindomar Resende Soares tem direito a recorrer e poderá fazê-lo em liberdade.


Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação

quinta-feira, setembro 03, 2015

Jornal do Comércio completa dez anos de atividade ininterrupta, hoje, 03 de setembro

No dia 3 de setembro de 2005 circulava a primeira edição do Jornal do Comércio com apenas doze páginas. Maduro e cada vez mais forte, praticando um jornalismo sério e independente, o JC consolidou-se como um veículo de credibilidade, merecedor do respeito de seus leitores.
Esta é uma edição muito especial, com trinta e seis páginas, que deve ser guardada como um registro de um período em que muita coisa aconteceu em Itaituba, tudo contado pelo JC.
As chamadas de capa de quase todas as edições ensejaram uma retrospectiva de seis páginas, que representam um resumo da história da última década. Há também, alguns artigos escritos especialmente para esta ocasião, e mensagens de anunciantes e colaboradores do jornal.
São dez anos completados, hoje, de muita luta, sempre na busca de praticar um jornalismo comprometido com a ética eNesta edição, está incluso o poema O Garimpeiro, que foi pro o bom senso.
duzido para prestar uma singela homenagem aos 50 anos de garimpagem no Tapajós, em 2008.
Artigos especialmente escritos para esta edição, por mim, pela Marilene e pelos jornalistas Manuel Dutra, Weliton Lima e Adelson Sousa abrilhantam este número 203 do Jornal do Comércio.
No meio do caminho desta trajetória houve uma pedra que ameaçou a continuação do JC, mas, eu tive uma nova oportunidade, recuperando minha saúde para que pudesse concretizar o sonho que acalentei por todos esses anos. Eles eram, na verdade, dois sonhos. O primeiro, chegar às 200 edições e o segundo, comemorar esses dez anos de atividade ininterrupta.
Parentinho, que chegou
quando o JC tinha
dois anos e meio
O Jornal do Comércio aproveita este momento de festa para agradecer a todos os nossos anunciantes, os atuais e todos os que fizeram parte do nosso time de parceiros ao longo dessa década. Sem eles a caminhada teria sido bem mais breve. Da mesma forma agradecemos aos nossos assinantes e leitores de um modo geral.
Aos colegas da imprensa, o nosso muito obrigado, pois nunca nos foi negado o apoio quando solicitado para a divulgação dos eventos, ou mesmo de cada nova edição do Jornal do Comércio.
 Uma das coisas que mais nos alegram neste momento de comemoração é olhar para trás e constatar que estivemos sempre livres de amaras com quem quer que fosse, sobretudo do poder, ou de grupos políticos. Foi por termos trilhado por esse caminho, que tivemos sempre independência para transitar em todas as correntes, exercendo a liberdade de publicar o que a nossa editoria entendeu que devia publicar. E assim vamos continuar sendo.
Não olhamos para os nossos congêneres como adversários, mas, como concorrentes que se ajudam uns aos outros, a partir do momento em que cada um se esforça para oferecer o melhor produto para nossos leitores.
Em dez anos produzimos 203 edições, o que significa que foram impressas mais de quatro mil páginas de jornal. Durante esse tempo, Itaituba mudou bastante. Infelizmente, nem sempre para melhor. A população da cidade cresceu muito, embora o IBGE insista em não ver isso. E nós registramos para a posteridade nessa década de existência os fatos mais relevantes que se coadunaram no rol daqueles que ficam gravados para a história.
Humildemente, sugerimos que seja guardada este edição 203, pois tem muita coisa interessante que a faz merecer um lugar na estante de quem tiver acesso a um exemplar. Boa leitura, e muito obrigados a todos por ajudarem o Jornal do Comércio a continuar existindo.
As matérias e os artigos alusivos às comemorações dos dez anos do Jornal do Comércio serão publicas aqui no blog, mais tarde.

Jota Parente e Marilene Parente

Agenda (social) da edição de 10 anos do Jornal do Comércio


Advogado José Antunes faz homenagem ao Jornal do Comércio


Contracapa do poema O Garimpeiro


Essa é a contracapa do poema O Garimpeiro, que faz parte da edição 203 do Jornal do Comércio, que está circulando. Outra hora publicarei o poema que homenageia os garimpeiros pelo meio século de garimpagem de ouro no Tapajós, celebrado em 2008.

Diretor da Nassau esteve na Câmara falando sobre preço do cimento em Itaituba

Nas últimas semana a Câmara Municipal bateu forte na questão do preço do cimento no comércio de Itaituba, que segundo denúncias feitas por alguns edis estava mais alto do que o praticado em Santarém.

Por esse motivo, foi enviado ofício convidando um representante da Itacimpasa para dar sua versão.

Hoje, nada menos do que o gerente comercial da Nassau, do grupo João Santos, do qual a Itacimpasa faz parte, senhor Eliseo Zenon
(foto) foi ao Poder Legislativo atendendo ao convite.

Convidado a usar a tribuna por dez minutos ele ficou por um tempo bem maior, porque houve questionamentos de alguns vereadores após sua fala.

O gerente comercial, para desagrado dos vereadores que fizeram as denúncias, começou dizendo que o preço do cimento em Itaituba é mais barato do que em Santarém. Foi além, afirmando que a Itacimpasa entrega o produto aqui, um pouco mais barato do que Santarém.

Enquanto um saco de cimento é entregue em Itaituba por R$ 20,13, em Santarém o produto chega às empresas que o revendem por R$ 20,88, em ambos os casos, preço à vista.

Eliseo Zenon levou cópias de algumas notas fiscais de diferentes casas de material de construção, tanto de Santarém quanto de Itaituba, nas quais o preço praticado aqui é um pouco mais baixo do que o de lá.

Isso deixou, tanto os vereadores, quanto as demais pessoas que estavam na Câmara um tanto desconcertados, porque até poucos dias havia locais aqui em que o cimento estava sendo vendido a R$ 27,00.

O repórter André Farias (Rede TV) foi um que comprou cimento de R$ 27,00 há poucos dias em uma conhecida casa de materiais de construção.

Da outra vez que o assunto foi levantado na Câmara, houve uma ligeira redução no preço do cimento vendido na praça de Itaituba, o que parece que está acontecendo novamente. Resta saber por quantos dias. O blog entrou em contato com mais de uma casa de materiais de construção, e o preço informado da saca de cimento ficou em torno de R$ 25,50. 

Só resta prestar atenção para o que vai acontecer depois que a poeira dessas reclamações baixar.

Eliseo Zenon ressaltou as contribuições que a empresa Itacimpasa dá para Itaituba.

São cerda de 2.600 empregos gerados, entre diretos e indiretos. Somente empregos diretos ficam em torno de 800.

A Itacimpasa injeta anualmente na economia de Itaituba, somente em compras no comércio local, em torno de R$ 15 milhões, segundo do gerente comercial do grupo João Santos.

Apenas com salários e outros compromissos com pessoal, a empresa gasta cerca de R$ 30 milhões anualmente, disse Eliseo.

Atualmente, disse o gerente, a Itacimpasa trabalha com cerca de 50% de sua capacidade de produção, não havendo previsão de aumento, porque o mercado da construção civil encolheu aproximadamente 30% em todo o Brasil, por causa da crise.

quarta-feira, setembro 02, 2015

Governador critica "golpe paraguaio" contra Dilma

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Pernambuco 247 - O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), defendeu nesta quarta-feira 2 "um grande entendimento em favor do Brasil", para que o País atravesse as crises política e econômica sem consequências desastrosas.
"O momento exige que a gente trabalhe muito. Não interessa a ninguém a situação em que o Brasil está hoje", afirmou, em entrevista concedida à rádio CBN.
O socialista também se mostrou contrário ao que chamou de "golpe paraguaio" ensejado pela defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff por parte da oposição. "A presidente foi eleita. Ela tem um mandato a cumprir", defendeu.
Apesar disto, Câmara destacou a necessidade de medidas que promovam a retomada da confiança no governo e do crescimento da economia brasileira.
"A gente não está com políticas efetivas que mostrem uma luz no fim do túnel. Esse momento de incertezas, de insegurança, é o que realmente preocupa muito os governadores e, principalmente, a população nordestina", disse.

As casas da mediocridade e da improdutividade

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Hélio Doyle - Não há nada que faça mais mal ao Brasil e ao povo brasileiro, hoje, do que o Congresso Nacional e, em especial, seus principais líderes. São duas casas legislativas integradas por pessoas que na média são medíocres – politicamente, intelectualmente, moralmente – e que apresentam produção legislativa pífia e em grande parte inútil. Seus líderes maiores refletem essa mediocridade.

Tudo isso com alta improdutividade e custo altíssimo para os cofres públicos. O custo inerente à atividade, com inúmeras mordomias para os parlamentares, custeio de desperdício e servidores muitíssimo bem remunerados, muitos deles que trabalham pouco ou que se limitam a bater o ponto, quando isso é necessário. E o custo de aprovar sistematicamente medidas demagógicas que aumentam despesas e rejeitar medidas que cortam gastos.

Fora a corrupção. Não é à toa que tantos parlamentares são investigados em inquéritos e são processados na Justiça. Não adianta esconder: o Congresso é um balcão de negócios. Ali tudo se vende e tudo se compra. Os acertos são feitos diretamente por lobistas com os próprios parlamentares e com seus “operadores”, servidores que se prestam a isso. O mercado parlamentar abrange projetos de lei, emendas, pareceres, convocações e desconvocações, abertura e fechamento de CPIs e, incrível, até pronunciamentos. Tudo à venda e há, inclusive, carteis de poderosos: aprova o que eu quero, eu aprovo o que você quer; depois, rachamos.

Para que parlamentares querem ocupar ministérios e indicar ocupantes de funções públicas? Para dar mais visibilidade a seus mandatos e facilitar o futuro político. Mas, para a maioria, de preferência acrescentando a isso a possibilidade de fazer bons contratos e assim, graças às taxas de retorno, acumular caixa para suas campanhas e seus bolsos.  

É claro que não são todos. Há parlamentares honestos, sérios e que se dedicam ao trabalho com dedicação. Que fogem das práticas corruptas. Há servidores que trabalham demais, e bem. Mas não dá para ter a postura corporativista de defender o Congresso relevando os absurdos, como se isso fosse a defesa da instituição parlamentar, do Poder Legislativo. A democracia pressupõe um Poder Legislativo forte e independente, mas não duas Casas Legislativas que contrariam essas premissas. O Congresso atual trabalha contra si próprio, como instituição, e contra a democracia.  

Agora o Congresso tem a posição de piorar ainda mais a crítica situação do país, para derrubar o governo. Por impeachment ou renúncia da presidente, de acordo com as possibilidades que se apresentarem e dos interesses de cada segmento oposicionista ou falsamente governista. É uma posição irresponsável e que deveria estar sendo denunciada nas ruas no mesmo patamar dos protestos contra a corrupção.  

O Congresso, em termos gerais, trabalha no sentido de inviabilizar o governo. E o governo não sabe como enfrentar isso. Insiste na conciliação improvável, no entendimento que se mostra impossível, em vez de superar os obstáculos que são colocados pela conjuntura e pela oposição mediante propostas justas e bem fundamentadas. E que possam receber o apoio de setores expressivos da população, apesar do inevitável boicote de parcela grande da imprensa.

O governo não governa, nem tem hoje capacidade de mobilização porque não sai das cordas desde janeiro. Quando toma uma iniciativa, é de modo desastrado e ineficaz. Os recuos demonstram faltam de planejamento e avaliação. Não há a mínima unidade de ação: é cada um por si.

Diante do recuo em propor a volta da CPMF, o governo acertou em enviar ao Congresso um orçamento realista, e por isso deficitário. Como tem de ser, divide com suas excelências o trabalho de encontrar as saídas. Afinal, além da responsabilidade inerente ao Legislativo na aprovação do Orçamento, são eles que nos últimos anos muito têm também contribuído para aumentar os gastos públicos e impedir o aumento das receitas. Sem tirar, de modo nenhum, a igual irresponsabilidade dos desacertos do governo nos últimos anos.

Pois os congressistas, coerentes com a mediocridade deles e do Congresso, e com a postura política radical de derrubar o governo, recusam esse papel. O problema, dizem, é do governo. Nós não temos nada com isso. O que é, no mínimo, uma desonestidade política e intelectual proporcional à desonestidade moral que têm. Têm responsabilidade, sim. E obrigação.

A verdade é que os líderes oposicionistas e falsamente governistas não querem que o país saia da crise. Querem afundá-lo mais, para que possam reassumir o poder e refazer um pacto para exercê-lo ao modo como atuam no Congresso: lixando-se para o país.

E ainda têm a coragem de dizer que o que o governo tem de fazer é reduzir gastos. Estão certos, tem mesmo. Mas congressistas são os últimos que podem falar disso, porque, se quisessem, poderiam reduzir muito os gastos com algumas medidas simples, que em grande parte seriam simbólicas, mas significativas.

Algumas delas:                                

- Acabar com a figura do vice-presidente da República e dos vice-governadores e vice-prefeitos, com toda a enorme estrutura de mordomias, segurança e pessoal que têm. O presidente do Senado e os presidentes das assembleias e câmaras podem assumir o posto do titular nas necessidades. E convocar novas eleições, quando for o caso.

- Reduzir o número de senadores de 81 (três por unidade federativa) para 54 (dois para cada). Um terço a menos de senadores e suas mordomias, gabinetes, verbas indenizatórias, passagens, carrões etc.
- Reduzir o número de deputados de 513 (um para 409 mil habitantes) para 350 (um para cada 600 mil habitantes). A economia seria grande e Eduardo Cunha não precisaria fazer o seu bom negócio (bom para ele) de construir mais um prédio para gabinetes.

- Reduzir também o número de deputados estaduais e distritais e vereadores.

- Voltar ao mandato gratuito de vereadores em cidades menores, nas quais a Câmara se reúne no máximo uma vez por semana.

- Reduzir o número de funções comissionadas e de secretariado parlamentar em todas as casas legislativas do país. Um parlamentar não precisa de tantos assessores.

- Acabar com a contratação, pelo Congresso, de assessores de senadores e deputados federais em seus estados. O mandato parlamentar se exerce em Brasília, nos estados a atividade política deles é de responsabilidade de si próprios ou de seus partidos.

- Reduzir o número de passagens que os parlamentares recebem para ir a seus estados a uma ida e volta por mês. Eles saberão se adaptar a isso, quem sabe acabando com a farra de trabalhar – quando muito – de terça a quinta? Podem, por exemplo, refazer o calendário.

- Acabar com os carros oficiais (cada senador tem um) e ter apenas veículos de serviço, recolhidos à noite. O parlamentar pode ir de casa para o trabalho em seu carro próprio, de ônibus, de táxi, de bicicleta.

- Acabar com a verba indenizatória, que permite aos parlamentares contratar serviços externos que podem muito bem ser prestado pelos quadros do Congresso. E não cabe ao povo sustentar combustível, escritório e outras despesas pessoais de deputados e senadores.

Não fiz as contas de quanto isso significa em economia. Não vai resolver o déficit, mas é muito dinheiro. Suas excelências poderiam começar a dar o exemplo.

PS aos leitores de Brasília: tudo que digo e proponho, devidamente adaptado, serve à também nociva Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Hélio Doyle é jornalista, foi professor da Universidade de Brasília e secretário da Casa Civil do governo do Distrito Federalno do Distrito Federal


terça-feira, setembro 01, 2015

TV Tapajós diz que portos já geraram 500 empregos em Itaituba. Que bom se fosse verdade

Porto da Bunge, único em funcionamento
Foto: Jota Parente

Uma reportagem de quase nove minutos foi produzida há duas semanas, quando uma equipe da TV Tapajós, afiliada da Rede Globo, em Santarém, esteve acompanhando o encontro da AMUT e a Assembleia Itinerante.

Foi uma bela reportagem para Itaituba, pois a produção caprichou nas loas ao município.

Foram ouvidos empresários itaitubense, como Fabrício Schuber, que falou como representante dos empresários, na condição de presidente da Associação Empresarial e a empresária Suzi Leal.

Estava indo tudo muito bem, até que a repórter informou em seu texto, que os portos já tinham gerado em torno de 500 empregos em Itaituba.

Aí é preciso fazer alguns reparos.

Primeiro, só existe a estação de transbordo de grãos da Bunge em funcionamento, e esse gera 85 empregos, quase todas da cidade de Itaituba, pois poucos são os do distrito de Miritituba que foram aprovados na seleção.

Porto da Hidrovias, em fase adiantada de construção
Foto: Jota Parente
Segundo, os empresários santarenos entrevistados na referida matéria falaram de algo que não conhecem, pois teceram comentários sobre os inúmeros benefícios que Itaituba está recebendo por causa da instalação desses portos,  como compensações, benefícios esses que a comunidade itaitubense, principalmente o distrito de Miritituba, gostaria de saber onde estão.

Até agora, como disse o deputado Luiz Sefer, quando a ALEPA esteve aqui, o que foi repassado até este momento para o município soa como esmola, não como compensações.

Como diria um famoso personagem de humor interpretado por Eliezer Mota, nos bons tempos do programa Viva o Gordo, menos, Batista, menos.


Então, a reportagem pecou nesse particular.

As 500 pontes de concreto que Eliene prometeu

O vereador do PROS disse que muitas coisas que falam da prefeita não tem veracidade, como por exemplo, a questão das 500 pontes de concreto que ele garante que ela não prometeu .

Diomar referiu-se à oposição, desafiando os adversários que não rezam na cartilha de Eliene a mostrarem no programa de governo onde está escrito que ela se comprometeu com as tais 500 pontes.

O vereador Peninha (PMDB), mais ferrenho opositor do governo, pediu aparte que lhe foi concedido.

Peninha disse para Diomar, que não está no programa de governo, mas, que está gravado, pois isso foi dito no horário eleitoral. Ele prometeu levar o vídeo para exibir no telão da Câmara. Se levar, vai ficar complicado para qualquer vereador da situação justificar. Se não levar, perderá pontos na opinião pública.

Maria deixou a liderança do governo de Eliene

A vereadora Maria Pretinha não é mais líder governo da prefeita Eliene Nunes na Câmara Municipal.

Ela entregou comunicado nesse sentido. Como não encontrou a prefeita, entregou nas mãos de Sandra, que faz parte da assessoria, do setor de tributos.


A decisão de Maria é coerente, pois seu partido, o PSDB, deverá ter candidato próprio na eleição municipal do ano que vem, o empresário Ivan D’Almeida. Dessa forma, por mais que ela mantenha uma boa relação com a prefeita, não teria sentido continuar como líder.

Loja Clara Moda Íntima inaugurou hoje

Romildo da Silva Nascimento
Itaituba ganhou hoje, uma loja que é especializada em moda íntima, mas, que oferece, também, outras opções para seus clientes. Trata-se da Clara Moda Íntima. 

A loja fica localizada na Rua Hugo de Mendonça, onde funcionava o Armarinho Norte da Hugo.

Além de Moda Íntima, tem Moda Praia, Fitness, Moda Infantil e confecções Masculina e Feminina em geral.

(Da esquerda para a direita) - Lisley Brena, Antônio Aldo
e Vanuza da Silva Nascimento
O responsável pelo empreendimento, empresário Romildo da Silva Nascimento, tem uma loja com o mesmo nome na cidade de Altamira, a qual ele continuará comandando. De vez em quando virá a Itaituba.

Antônio Aldo é o gerente que tocará o negócio nesta cidade.

Na abertura da loja, na manhã de hoje, foi oferecido um lauto café para os convidados e clientes que visitaram o novo negócio.

Equipe da Clara Moda Íntima
Romildo destacou para o blog que está muito otimista com a cidade de Itaituba, que foi escolhida por ele, depois de fazer uma pesquisa de mercado na região, onde as duas principais praças visitadas foram aqui e Marabá. Ele chegou à conclusão que o melhor lugar para investir neste momento é Itaituba.


Os telefones para contatos são o 3518 0793 e 99127 7722





 

segunda-feira, agosto 31, 2015

Advogado Jorge Tangerino conversou com a reportagem do blog, há pouco. Ele deu sua versão dos fatos sobre Dejacir, em Estrela do Norte, Goiás

Jorge TangerinoRecebi às 20:45 de hoje, uma ligação de quase 30 minutos do advogado Jorge Tangerino (foto), que representa o também advogado Altair dos Santos, suspeito de ser o mandante do assassinado da ex-esposa Leda Martha, sua filha Hanna e Taynara, funcionária da boutique da procuradora.
            Tangerino ligou para fazer colocações que segundo ele, são fundamentais para colocar uma luz sobre alguns fatos ocorridos e divulgados de forma equivocada, sobretudo nas redes sociais, concernentes à sua ida até a cidade de Estrela do Norte, em Goiás, onde se encontrava preso Dejacir Ferreira de Souza, acusado de ser o assassino das três, em 22 de fevereiro do ano passado, o qual foi transferido para Belém, onde se encontra.
            Ele me disse que não procede a informação de que teria ido para lá com o objetivo de conversar com Dejacir antes do delegado Sílvio Birro. Conforme ele declarou na conversa, seu único objetivo nessa viagem foi salvaguardar os interesses de seu cliente. Ele quis acompanhar de perto o que iria acontecer para evitar qualquer tipo de distorção dos fatos.
            Quanto à audiência na qual Dejacir foi ouvido, ele acompanhou tudo apenas como ouvinte, na qual esteve presente uma juíza e uma promotora.
            No seu entendimento, no caso de Itaituba não caberiam novos depoimentos, pois o inquérito foi concluído.