quarta-feira, agosto 27, 2014

Homem em atitude suspeita foi detido na Gold Minas

Um homem de estatura baixa, aparentando ter pouco mais de 30 anos, foi detido em frente a compra de ouro Gold Minas, que foi assaltada há poucos dias.

Os funcionários observaram que o suspeito estava em atitude que levantava dúvidas a respeito de suas intenções. Ele olhava muito para as câmeras da compra de ouro, o que reforçou a preocupação.

Ele foi seguro por pessoas que se encontravam no local, incluindo funcionários da loja, os quais chamaram Política Militar, que chegou poucos minutos depois, conduzindo o homem até a 19ª Seccional de Polícia Civil, onde estão sendo feitas as devidas averiguações para saber se de fato se trata de um assaltante, ou não.

A direção a Gold Minas e os funcionários ainda estão tentando se recuperar do susto, e no caso dos donos, do prejuízo do assalto passado.

Fotos: Anderson Pantoja (Zap)
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Hospital Regional só em dez anos

Ontem o vereador Manoel Diniz disse que um conhecido engenheiro de Itaituba lhe perguntou se acreditava que a obra ficaria pronto no prazo estabelecido.

Diniz disse que deve demorar um pouco mais, uns quatro ou cinco anos, em vez dos 540 dias como diz a placa.

O engenheiro lhe garantiu que o Hospotal Regional não vai ficar pronto em menos de dez anos. O de Santarém demorou oito anos e meio para focar pronto.

Isaac x Peninha. Jogo bruto

O vereador Peninha criticou o governo da prefeita Eliene Nunes. Dentre os pontos atacados por Peninha, o índice de doze ppr cento de analfabetismo foi um dia pontos.

O vereador Isaac Dias, ao defender o governo, bsteu pesado em Peninha,  acusando o mesmo de ser um dos grandes responsáveis por essa situação, porque em anos passados nomeava e demitia diretores de acordo co. Conveniências políticas.

Quando João Paulo falava, Peninha lesiu aparte, quando deo o troco. Disse que sua vida é limpa,  enquanto Isaac não pode dizer a mesma coisa,  pois responde a algumas acusações sérias das quais tem que se defender.

Cinquenta e oito por cento dos veículos do estado so Pará estão irregulares. Em Itaituba são cinquenta e dois por centro, . Os dados são do próprio Detran. Mesmo assim o Detram arrecada mais de um milhão de reais por dia.

Pouso de emergência

O monomotor mo qual o vereador Wescley Tomaz viajava na tarde de ontem em campanha para deputado estadual fez um pouso de emergência próximo a placas.

A aeronave apresentou problemas no motor, o que fez com que o piloto tivesse que fazer esse pouso.

Ninguém se machucou.

terça-feira, agosto 26, 2014

Nicodemos pede providências sobre cabo de telefone quebrado

O vereador Nicodemos Aguiar pediu durante a parte de avisos e comunicados, última parte das sessões ordinárias, que a Câmara entre em contato com a OI para que a empresa resolva o problema de moradores do bairro da Floresta, o quais não tem como se comunicar com a prestadora de serviço de telefonia fixa.

O cabo de telefone que passa pela Décima Primeira Rua, esquina com a Transgalego, foi rompido por um caminhão baú, com placa da cidade de Alta Floresta, que passou pelo local ontem.

O vereador ressaltou o transtorno que isso está causando aos moradores e comerciantes do referido perímetro por falta do telefone fixo. Dezenas de pessoas estão com seus telefones mudos desde ontem.

Policiais militares que estavam presos, retornam para Itaituba

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Na tarde de ontem, vários policiais militares estiveram no aeroporto de Itaituba para recepcionar o retorno de Belém de colegas (sgt Soares, cabos Wilton e Pedro, soldados Melo e Portela) que estavam desde o dia 11 de junho presos por conta de terem sido acusados de envolvimento em evento de disparo de tiros contra as casas em que moram os comandantes do CPR-X e do 15º BPM. Pelo que se sabe não houve comprovação do envolvimento dos policiais e a justiça revogou a prisão preventiva. Na chegada dos militares muita emoção dos familiares e amigos. Depois da recepção calorosa houve uma carreata pelas ruas da cidade. 

Segundo os milicianos foram dois meses muito difíceis longe da família e amigos, e privados de sua liberdade. Disseram ainda que agora e reorganizar a vida, esperar o termino do processo e usar a experiência dura e injusta que tiveram para crescer na vida e aumentar ainda mais a consciência de que nunca deve deixar de reclamar seus direitos, mesmo com o risco de sofrer injusto.

familiares amigos


Fonte: blog do Norton Sussuarana

Deputado Nélio Aguiar defende instalação da CPI para investigar Belo Monte

O deputado Nélio Aguiar (DEM) defendeu junto ao presidente da Assembleia legislativa do Estado do Pará, deputado Márcio Miranda (DEM),a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias do não cumprimento das condicionantes pela Norte Energia na construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Oeste do Pará.

“O município de Altamira já sofre com os impactos da construção da Hidrelétrica, um caos social causado pela migração de mais de 60 mil pessoas para a região, aumento da violência, prostituição, tráfico de drogas, bairros sem água encanada, mortes no trânsito, hospitais e escolas incapazes de atender o aumento da demanda e etc. 

Existe um descompasso entre o andamento da obra e o atendimento das condicionantes para mitigar os impactos sociais. "As condicionantes sociais precisam ser implementadas rapidamente, pois é inaceitável que num projeto bilionário, o povo é que tenha que pagar o preço com seu sofrimento,” afirma deputado Nélio Aguiar.


Fonte: Assessoria parlamentar

Nélio Aguiar vota pela pavimentação da PA 370 que liga Santarém a Uruará

O deputado Nélio Aguiar (PMN),  luta pela aprovação do projeto de Lei 200/2013 que autoriza o empréstimo junto à Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 814,3 milhões, para obras de infraestrutura no Estado, incluindo o serviço de pavimentação da PA-370, entre a hidrelétrica de Curuá-Una e a cidade de Uruará, na rodovia Transamazônica, um investimento de R$ 150 milhões.

“A PA-370 tem importância econômica e turística para o Estado, pois liga o polo Tapajós com o polo Xingu, portanto, é essencial ao clamor de integração do Oeste ao resto do Pará com nossa capital. A via é estratégica, inclusive como propulsor turístico na região, além de essencial para o desenvolvimento da economia local”, defendeu o parlamentar.

Nélio encaminhou moção e reiterou por duas vezes através de ofício, alertando o governo do estado a urgentíssima necessidade de construir a segunda etapa da rodovia ligando Santarém a Uruará. “É uma conquista muito importante para os moradores da Transamazônica e do tapajós, contribuindo com o desenvolvimento e integração regional” disse.  

Fonte: Assessoria Parlamentar

Moto do acidente que vitimou estudante da EETEPA ficou totalmente destruída

S10 com lateral avariada.

Moto BIZ pilotada pela jovem que morreu, que ficou completamente destruída.

Fotos: do whatsaap de Cassiele Rangel

Isaac pede que Câmara reveja contrato da Rodonave

O vereador Isaac Dias falou a respeito do contrato do município com a Rodonave, pelo qual o legislativo abriu mão de fiscalizar o transporte de carros e passageiros ma balsa entre Itaituba e Miritituba.

Pelo que foi aprovado, quem fiscaliza é um conselho Municipal que nunca foi criado. Então,  a Rodonave pode tudo por esse contrato.

O vereador também falou da má qualidade do serviço prestado.

Amanhã será apresentado um requerimento por ele, pedindo a revisão do contrato.

Diniz cobra recuperação do mamógrafo

O médico e vereador Manoel Diniz faloi sobre o mamógrafo do Hospital Municipal.

Ele disse que é inadmissível que esse equipamento esteja a tanto tempo quebrado. Pediu providências do governo do município.

Mais uma morte no trânsito

Uma jovem que estudava na EETEPA, morreu ontem à noite.

Ela pilotava uma moto BIZ, quanso foi atingida por uma S10 em alta velocidade.

O acidente aconteceu próximo da Feira Agropecuária.

APAE na Câmara

Diretora Oneide Neves, professores e alunos da APAE estão na Câmara.

A diretora Oneide Neves usou a tribuna para falar a respeito da Semana do Excepcional e das atividades da entidade.

Cabo quebrado

Um caminhão com placa de Alta Floresta, ontem de manhã, quando passava pela Transgalego com a Décima Primeira rua, no bairro Floresta, rompeu o cabo de telefone

Moradores e comerciantes reclamam porque estão sem telefone fizo.

Ninguém da Oi passou por lá até agora para fazer alguma coisa para recuperar o serviço.

segunda-feira, agosto 25, 2014

A lógica do candidato mudo

Por Muniz Sodré

Luis Castaneda Lossio é um dos vinte candidatos à prefeitura de Lima nas eleições de outubro próximo. Por aqui, é quase certo que ninguém o conheça, nem sequer dele tenha ouvido menção, considerando-se o proverbial alheamento da vida sul-americana por parte de brasileiros. Antes de mais nada, é oportuno informar que a capital peruana vem deixando transparecer em sua paisagem urbana (segurança nos bairros mais abastados, transformações arquitetônicas, limpeza das ruas etc.) aspectos da modernização neoliberal do país e do aumento de renda em setores privilegiados. Nesse momento, administrar a cidade pode ser tarefa mais prestigiosa do que em épocas passadas.
Castaneda, um populista de alinhamento conservador, já foi prefeito de Lima. Mas aquilo que agora o torna especial é a sua singular estratégia de campanha: a mudez. A se acreditar no que relata a grande imprensa – no curso de uma curta estada nossa em Lima –, Castaneda opta por não dizer coisa alguma nos contatos públicos com seus virtuais eleitores. De modo muito explícito: não apenas deixa de “dizer” alguma coisa, mas simplesmente nem fala.
A quem possa julgar absurda essa atitude, vale adiantar que o “candidato-mudo” (assim o batizou a imprensa) está à frente nas pesquisas de intenções de votos – 54% sobre seus adversários.
Não é um episódio inédito no Peru. Anos atrás, por ocasião da disputa presidencial entre Mario Vargas Llosa e Alberto Fujimori, as belas palavras públicas do grande escritor peruano contrastavam com o eloquente silêncio de Fujimori. Descendente de japoneses, olhos rasgados como os dos descendentes de incas, Fujimori não debatia, nem apresentava ideia nova, mas parecia escutar com atenção o que lhe diziam os componentes dos estratos mais pobres do país. Como se sabe, eleito presidente da República, ele pôs fim à guerrilha do Sendero Luminoso, ao mesmo tempo em que montava uma ditadura brutal e corrupta com a ajuda de um “Rasputin” peruano chamado Vladimiro Montesinos e cerca de uma dúzia de generais. Todos eles, o ex-presidente inclusive, cumprem longa pena na prisão militar de Callao, perto de Lima.
O fato, porém, é que a estratégia de Fujimori ainda ressoa. Há uma certa sabedoria das massas nessa escolha da mudez por parte de um candidato ao poder. Com efeito, não é a comunicação linguística de um político profissional que lhe granjeia votos, mas a comunicação como um fim em si mesma, sem compromisso semântico, que se traduz na prática como a possibilidade de não fazer sentido nenhum e ainda assim ser “compreendido”.
Informação real
A título de exercício comparativo, pode-se passar em revista os discursos dos atuais presidenciáveis no Brasil para logo se dar conta de que realmente se fala, mas nada se diz – nenhum projeto coerente, nenhuma pretensa verdade pública. Nem mesmo o velho poder hipócrita da virtude arrisca-se a desenterrar a cabeça da areia.
Onde quer que se manifestem, as intenções de voto obedecem a uma lógica em que o poder dos partidos (a “partidocracia”) substitui aos poucos o Estado. Por sua vez, girando burocraticamente ao redor de si próprios e atravessados pela ausência de credibilidade, os partidos já não têm mais capacidade de referenciação social, nem um mínimo de representatividade democrática. Nada do que se diga parece ter qualquer importância ou significado público. O partido é um estilhaço político, uma grife jurídica, um flatus vocissocial.
O que resta?
Em privado, as negociatas e as alianças de afogadilho. Em público, a comunicação autorreferente, composta de outdoors, santinhos, imagem televisiva, inserções em redes sociais e entrevistas. A vantagem presumida de um candidato sobre outro é avaliada pelo tempo de tevê. Já não é mais a imagem que vale mil palavras e sim o tempo de exposiçãoque vale mais do que a imagem. Nada do que se diga vale pelo dito, mas pela pura materialidade prolongada da presença.
Daí, o interesse do observador pelo fenômeno do candidato peruano que faz da mudez o seu marketing pessoal. Por mais pitoresco que possa parecer, o “candidato-mudo” revela na prática que o nada-dizer ou o nada-significar é a realidade última do jogo político.
No limite, a única informação real dada pelo candidato ao eleitor (além da óbvia indicação da camarilha partidária que o gerencia) é a sua própria cara. Só que, com o pano de fundo do vazio de sentido, a própria cara perde a sua amplitude diferencial. Semioticamente, todos têm a mesma cara, a exemplo de um mesmo produto com grifes e preços diferentes.
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Muniz Sodré é jornalista, escritor e professor titular (aposentado) da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Procon pode chegar até fevereiro

Um empresário que manteve contato com um diretor do Procon, de Belém, informou ao blog, que o órgão de defesa do consumidor admite que poderá já estar atuando no município de Itaituba até março do ano que vem.

Esse assunto vem se arrastando desde o primeiro mandato do ex-prefeito Roselito Soares.

Desde o ano passado, funcionários do Procon, da capital do estado, tem visitado Itaituba, tendo feito diversas reuniões com os poderes constituídos do município e com entidades de classe.

Inicialmente muito rejeitado por muitos empresários, depois de dadas as devidas explicações, a resistência hoje já é muito menor. E já passou da hora do Procon passar a atuar neste município.

Vivo lidera ranking de denúncias no Procon em Santarém

Silvania Bezerra, diretora do Procon, diz que muitas denúncias foram apuradas e resolvidas

Jornal O Impacto
Uma estatística feita pelo Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) de Santarém aponta que a empresa de telefonia móvel Vivo lidera o topo do ranking de reclamações de usuários, na cidade. A pesquisa mostra que na lista das empresas de telefonia mais processadas, está a Vivo com 116 reclamações protocoladas.

Em segundo lugar está a Claro, com 50 reclamações. A empresa de telefonia fixa Oi está no terceiro lugar com 41 reclamações. Na área da telefonia móvel, fixa e internet, somam 207 reclamações. Muitas das denúncias fundamentadas contra essas empresas foram resolvidas a favor do consumidor.

“Só damos início a processos quando as denúncias são fundamentadas. E a gente percebe que as reclamações têm sido de toda ordem, primeiro a contratação de serviços que o consumidor não fez, contrato que o consumidor não consegue cancelar e cobranças abusivas. Sem falar, é claro, da má prestação do serviço de maneira geral”, explica a coordenadora do Procon Municipal, advogada Silvania Melo Bezerra.

As reclamações no Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) de Santarém são em sua maioria em relação ao serviço de telefonia móvel e fixa, incluindo a internet. Logo depois, nesse ranking vêm as reclamações do serviço de energia elétrica fornecido pela concessionária Celpa Equatorial, em seguida uma empresa de compra premiada, a Eletro Dez. As demais entre o maior número de reclamações estão a Caixa Econômica Federal, Sky do Brasil e a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa).

No primeiro semestre, a central do Procon Municipal recebeu a soma de 764 reclamações. Dentre as quais foram resolvidos mais da metade, 480 processos. 28 não tinham fundamento e 210 estão em andamento.

Os casos envolvendo a Celpa Equatorial são em sua maioria resolvidos. No final do ano passado foi feito um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a Celpa Equatorial. As entidades Procon, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Ministério Público Estadual (MPE) entraram com ações para que a empresa desse uma maior atenção aos prejuízos causados por conta das falhas no serviço. “A gente pode comparar o número de reclamações da telefonia com a prestação de energia elétrica, mas temos tido uma queda substancial no número de reclamações do consumidor”, diz Silvania Melo.
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Comentário deste blog: Se houvesse Procon, em Itaituba, a disputa seria muito dura, entre Vivo e Celpa. Provavelmente a Vivo ganharia.

Barraco! Datena invade estúdio e xinga Milton Neves ao vivo: "Que me*** é essa?"

Barraco! Datena invade estúdio e xinga Milton Neves ao vivo: "Que me*** é essa?" - 1 (© Montagem - Divulgação Band)
SÃO PAULO - José Luiz Datena armou um verdadeiro barraco nos estúdios da rádio Bandeirantes, no último domingo (24), durante a transmissão do programa "Domingo Esportivo", de Milton Neves.
O apresentador invadiu o local onde o colega de empresa trabalhava e não economizou palavrões. "Que me*** é essa? Que me*** é essa que você falou?", disparou ao vivo, forçando a entrada de um intervalo comercial.

O 'climão' aconteceu após uma conversa de Neves com o apresentador e ex-jogador de futebol Neto, que contava uma história de José Hidalgo Neto, conhecido como Capitão Hidalgo (ex-atleta do Coritiba).

"Sabe quem morou na casa do Hidalgo em Curitiba, quando estava desempregado? José Luiz Datena. Filou boia lá e até hoje é grato. Porque tem muito ingrato/ingrata por aí que não olha para trás, mas o Datena agradece até hoje", comentou Milton Neves.

O jornalista continuou a história dizendo que também trabalhou em uma rádio no Paraná, mas que não teve a sorte de morar com alguém que lhe deu apoio, como aconteceu no caso de Datena.

"Eu morei numa pensão e vou dizer para você...você morava com o Hidalgo e estava muito bem acomodado. Ao contrário de você, passei fome e frio. Grande Datena, deitou o rolou no Paraná antes de virar essa estrela nacional", acrescentou.

Para completar o apresentador disse daria uma garrafa de vinho ao colega de emissora, mas foi interrompido. "Que mer** é essa que você falou? Não, não, não...que mer** é essa, cara? Cara***!", gritou o comandante do "Brasil Urgente".

De acordo com o "Notícias da TV", Milton Neves garantiu não ter acontecido nada de grave no estúdio. "O Datena é gente boa, não quero falar sobre isso", finalizou.

Fonte: http://entretenimento.br.msn.com/famosos/giro-famosidades

Santarém-Cuiabá e as bandeiras do bangue-bangue

É o início, agora no sudoeste paraense, do que aconteceu no sudeste: um faroeste, com direito a bangue-bangue, conflitos com índios, corrida de ouro e guerra por terras.

Faroeste, de novo
Por Ana Diniz, jornalista

Este mapa mostra a BR-163, a Santarém-Cuiabá. Os quadros maiores, circundados de branco, são ampliações dos quadrados vermelhos. O mapa, processado e divulgado pelo Greenpeace, é do monitoramento de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais – o INPE e é de agosto passado.                                                  

O incêndio que percorre a estrada, com pavimentação em fase de conclusão, assinala o furor da chegada de uma frente econômica – uma assim chamada frente de penetração nacional, que na verdade é apenas mais uma bandeira. Bandeira, de bandeirante, aquele antigo sistema colonial de “conquista do sertão”. É o início, agora do sudoeste paraense, do que aconteceu no sudeste: um faroeste, com direito a bangue-bangue, conflitos com índios, corrida de ouro e guerra por terras.

Há mais de uma década foi realizado um alentado relatório de impacto dessa estrada. Ela tem como característica principal estar num corredor ladeado por terras indígenas e reservas ambientais – tudo sob tutela do governo federal, naturalmente. E, como ela é uma estrada federal, também o meio desse corredor agora está sob controle da União. E, no entanto, das recomendações do alentado relatório não foi feito nada para impedir o que começa a acontecer com os incêndios que, segundo a monitoria, aumentaram em quase 300%.

Mal se respira em Novo Progresso, informa o jornal local. Na rede de estradinhas que se tece a partir do eixo da BR repete-se o ciclo: desmate, queima, pastagem e, agora, plantio em escala. O agronegócio avança, completamente descontrolado porque o poder regulador, o governo federal, não fez nada, nem para demarcar a caminhada, nem para coibir os excessos, nem para proteger o que está sob sua guarda: os tutelados diretos, os indígenas e a natureza, e as pessoas que integram essa bandeira ou que lá já residiam.

Teremos um novo faroeste, um novo episódio do tratamento que o Pará recebe da União: o de colônia a ser explorada, que, mais uma vez, vai pagar o preço de ser uma reserva rica a ser saqueada.


Extraído do blog do jornalista Manuel Dutra