quarta-feira, junho 10, 2020

Ameaça de ação militar sacode o Brasil com aumento de mortes por vírus

Coveiros em São Paulo.  O presidente Jair Bolsonaro descartou a ameaça do coronavírus, mesmo com o aumento do número de pessoas que morriam.

Enquanto o Brasil se recupera de sua pior crise em décadas, o presidente Bolsonaro e seus aliados estão usando a perspectiva de intervenção militar para proteger seu poder.

As ameaças estão girando em torno do presidente: as mortes por vírus no Brasil a cada dia são agora as mais altas do mundo. Os investidores estão fugindo do país. O presidente, seus filhos e aliados estão sob investigação. Sua eleição pode até ser anulada.

A crise tornou-se tão intensa que algumas das figuras militares mais poderosas do Brasil alertam para a instabilidade - enviando estremecimentos que podem assumir e desmantelar a maior democracia da América Latina.

Mas longe de denunciar a idéia, o círculo interno do presidente Jair Bolsonaro parece estar clamando para que os militares entrem na briga. De fato, um dos filhos do presidente, um congressista que elogiou a antiga ditadura militar do país, disse que uma ruptura institucional semelhante era inevitável.

“Não é mais uma opinião sobre se, mas quando isso acontecerá”, disse recentemente o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, a um proeminente blogueiro brasileiro, alertando sobre o que ele chamou de uma “ruptura” iminente no sistema democrático brasileiro.

O impasse traça um arco sinistro para o Brasil, um país que abalou o domínio militar nos anos 80 e construiu uma democracia próspera. Em duas décadas, o Brasil passou a representar a energia e a promessa do mundo em desenvolvimento, com uma economia em expansão e o direito de sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Desde então, sua economia vacilou, escândalos de corrupção derrubaram ou enredaram muitos de seus líderes e uma batalha de impeachment derrubou seu poderoso governo de esquerda.

Bolsonaro, ex-capitão do Exército, entrou nesse tumulto, comemorando o passado militar do país e prometendo restaurar a ordem. Mas ele foi criticado por subestimar o vírus, sabotar medidas de isolamento e presidir cavalheiresco um dos mais altos números de mortes no mundo, dizendo: 

Ele, sua família e seus apoiadores também estão sendo perseguidos por acusações como abuso de poder, corrupção e disseminação ilegal de informações errôneas. No entanto, quase metade de seu gabinete é composta por figuras militares, e agora, segundo os críticos, ele conta com a ameaça de intervenção militar para afastar os desafios de sua presidência.

"Deputada que prefere engraxar as botas dos militares", diz Doria sobre Zambelli

João Doria criticou a postura da deputada Carla Zambelli, do PSL:

Um coletiva nesta quarta-feira (10), o governador João Doria se manifestou sobre a deputada Carla Zambelli (PSL), que disse esperar novas operações da Polícia Federal envolvendo governadores e citou o estado de São Paulo como um dos possíveis alvos.

"A deputada Carla Zambelli prefere cumprir o papel de mãe Diná, ao invés de cumprir o seu papel de parlamentar. Ela trata a polícia federal como polícia privada", disparou.

"Estamos falando de uma polícia política. Quero registrar, mais uma vez, deputada Carla Zambeli, e a todos que precisam ouvir esta mensagem: São Paulo tem todas as ações fiscalizadas pelos órgãos fiscalizadores", disse.

"São Paulo não precisa de vitrola parlamentar ideológica, e nem de uma deputada que prefere engraxar as botas dos militares, especialmente do seu chefe, o presidente da república. São Paulo pauta as ações pela transparência e, portanto, não deve, nem teme. (Último Segundo - IG)

STJ bloqueia R$ 25 milhões de Helder Barbalho e mais sete alvos de operação da PF


O governador do Pará, Helder Barbalho

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou o bloqueio de R$ 25,2 milhões do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e de outros sete investigados da operação Bellum, deflagrada hoje pela Polícia Federal. A ação apura fraudes na compra de respiradores pelo governo do Estado. O valor é referete ao que foi gasto com a aquisição dos respiradores que acabaram não tendo uso.

Segundo investigadores, também foi encontrado um relevante montante de dinheiro em espécie e o valor está sendo contado. Na casa de Peter Cassol, secretário-adjunto de Gestão Administrativa da Secretaria de Saúde do Pará, foram apreendidoscerca de R$ 748 mil.

O relator do caso no STF, o ministro Francisco Falcão, destacou a participação de Barbalho na negociação e pagamento antecipado de R$ 25,2 milhões pelos equipamentos "imprestáveis para uso".

Na decisão, o ministro afirma que há vários indícios de fraude à licitação e prevaricação contra o governador do Pará. Ele também não descarta o crime de corrupção.

Falcão afirma que ocorreu "uma franca negociata entre o chefe do poder executivo" Helder Barbalho e o empresário André Felipe de Oliveira, dono da empresa SKN do Brasil, que participou da venda dos respiradores.

Barbalho nega as acusações e afirmou que os recursos foram devolvidos ao Estado. Ele disse que está "tranquilo e à disposição para esclarecimentos".

Explica tudo direitinho Helder

Espero que o governador do Pará consiga explicar as cabeludas denúncias nas quais está envolvido. 

Tem coisas que não entendi até hoje, como um dos primeiros atos, que foi a compra de dezenas de milhares de cestas básicas numa empresa que não poderia fazer uma venda daquele porte, e recentemente, a compra de milhões de garrafas pets. 

Sem esquecer a história dos respiradores. Fui eleitor dele na eleição passada, por isso, mais do que quem não votou, quero saber da verdade, porque não tenho político corrupto de estimação. 

Espero que ele consiga explicar tudo, porque do contrário, procurarei votar em outro candidato em 2022. 

O Helder já tem bastante experiência para tomar decisões, o que deveria ajudá-lo a não cometer erros crassos, seja por incompetência, seja por causa do DNA. No pai, já muito tempo que não voto. Espero não ter que fazer a mesma coisa com o filho.

Jota Parente

Em mansão de milhões, bombeiro é preso suspeito de envolvimento na morte de Marielle Franco

Foto: Reprodução

O bombeiro Maxwell Simões Corrêa, 44, foi preso nessa quarta-feira (10), suspeito de ser o responsável por dar  se livrar das armas usadas para assassinar o vereadora Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, no Rio de Janeiro.

“Suel” como é conhecido, é apontado pela polícia como braço direito de Ronnie Lessa e possui relações pessoais e criminais com ele, conforme disse o delegado Daniel Rosa. 

Ele teria recebido as armas de Lessa e as atirado no mar um dia depois dos assassinatos

O suspeito foi preso dentro de uma mansão avaliada em quase R$ 2 milhões, onde mora no Recreio dos Bandeirantes. De acordo com o sistema de informações da Rede Globo, a vida de luxo dele chamou a atenção da polícia e reforçou o suposto envolvimento dele com milícias.

Na mansão, os agentes ainda encontraram uma BMW X6, avaliado em mais de R$ 170 mil.

Governador do Pará Helder Barbalho é alvo de ação da PF por fraude na compra de respiradores no combate ao coronavírus

O governador do Pará, Helder Barbalho Foto: Givaldo Barbosa / Agência O Globo

O governador do Pará, Helder Barbalho, é um dos alvos da operação que a Polícia Federal faz nesta quarta-feira para apurar suspeitas de fraude na compra de respiradores pulmonares pelo estado no combate ao coronavírus. São 23 mandados de busca e apreensão no Pará e em outros seis estados.  Sócios da empresa investigada e servidores públicos estaduais também estão entre os alvos.

Os crimes sob investigação são de fraude à licitação falsidade documental e ideológica, corrupção ativa e prevaricação e lavagem de dinheiro.

De acordo com o G1, as buscas foram realizadas nas residências dos investigados, em empresas e, também, no palácio dos despachos, do governo, e nas secretarias de estado de saúde, fazenda e casa civil do estado do Pará. Helder é o 2º governador alvo de operação da PF sobre contratos relacionados ao combate ao coronavírus. O primeiro foi Wilson Witzel, do Rio de Janeiro.

Segundo a PF, a compra dos respiradores custou ao estado do Pará o valor de R$ 50,4 milhões. Desse total, metade do pagamento foi feito à empresa vendedora do equipamento de forma antecipada, sendo que os respiradores sofreram grande atraso na entrega, além de serem diferentes do modelo comprado e não funcionarem no tratamento da covid-19, razão pela qual foram devolvidos.

Em nota, o governador diz que 'em nome do respeito ao princípio federativo e do zelo pelo erário público, o Governo do Estado reafirma seu compromisso de sempre apoiar a Polícia Federal no cumprimento de seu papel em sua esfera de ação'.

Informa ainda que o recurso pago na entrada da compra dos respiradores foi ressarcido aos cofres públicos por ação do Governo do Estado. Além disso, o Governo entrou na justiça com pedido de indenização por danos morais coletivos contra os vendedores dos equipamentos.

Em nota, a Controladoria Geral da União (CGU), que também auxilia nas investigações, informou que o caso começou a ser apurado pelo Ministério Público Federal. Teriam sido detectadas possíveis fraudes ainda no início do processo de seleção do fornecedor de equipamentos ao governo do Pará. 

Segundo a CGU, a escolha da empresa teria sido direcionada. "Os auditores da CGU constataram que houve montagem do processo de dispensa de licitação, além do pagamento de R$ 25,2 milhões antes mesmo da formalização do contrato – o que corresponde à metade do valor total contratado", diz a nota.  (G1)

terça-feira, junho 09, 2020

Números da Covid-19 crescem em Itaituba. 31 mortos, mais que Mato Grosso do Sul


As mortes pela Covid-19 em Itaituba continuam crescendo, incluindo o total de mortos pela doença. Hoje, o município totaliza 31 mortos.

Os números de Itaituba não estão nada baixos, como muita gente pensa.

Para se ter uma ideia de como a preocupação deve continuar e o relaxamento das medidas restritivas devem ser bem pensadas pela gestão municipal, o estado de Mato Grosso do Sul, com uma população de 2,62 milhões de habitantes teve, até hoje, 23 mortes.

Mato Grosso do Sul tem 24,5 vezes a população de Itaituba.

Embora aquele estado tenha 1.265 de casos confirmados a mais do que Itaituba, a taxa de mortalidade é muito menor. E se forem levantados números comparativos com a média de outras cidades e até estados, Itaituba também apresentará um número maior.

Para os padrões dos números da pandemia no Brasil, os número de Itaituba dão uma falsa tranquilidade de que está tudo sob controle. Não é bem assim.

O prefeito Valmir Clímaco tem sido criticado por uns e elogiado por outros, por causa do modo como vem conduzindo o processo de combate ao Coronavírus. E mesmo com todo empenho dele, ainda continua havendo motivos para preocupação.

O certo é seguir o velho ditado: "prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguem".

Jota Parente