segunda-feira, fevereiro 12, 2018

Ausência de Lula esvazia discurso de Bolsonaro

Ideias fora de lugar

O Santo Guerreiro precisa do Dragão da Maldade: a ausência de Lula tende a esvaziar o discurso de Jair Bolsonaro

Demétrio Magnoli - O Globo

As ideias já estavam fora de lugar antes da condenação de Lula pelo TRF-4 e sua consequente inelegibilidade. O voto unânime dos três magistrados mudou radicalmente o panorama político-eleitoral. As ideias moveram-se junto com os votos, girando 180 graus - e continuaram fora de lugar.
Não era verdade, antes, que as eleições presidenciais necessariamente ficariam reféns da polarização entre populistas de esquerda e de direita. Não é verdade, agora, que o espectro dos populismos simétricos tenha sido conjurado. Agora, como antes, o enigma situa-se em outro lugar: a crise do centro político no Brasil.
Antes da sentença do TRF-4, as sondagens atribuíam a Lula algo em torno de 35% das intenções de voto, enquanto Jair Bolsonaro atingia cerca de 15%. O número relevante, que passava quase imperceptível, era 50% — não a soma dos potenciais eleitores de ambos, mas a metade do eleitorado avesso às duas alternativas populistas. Num cenário em que a massa menos informada dos cidadãos só sabia da existência daquelas duas candidaturas, 50% declaravam rejeitá-los. O espaço para uma candidatura vitoriosa de centro ampliou-se, obviamente, com a virtual destruição da postulação de Lula. Mas o centro não triunfará se persistir na sua crônica incapacidade de formular um discurso político popular.
O outono do lulismo reflete-se na fragmentação do campo do populismo de esquerda. Ciro Gomes (PDT), Manuela D’Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos, presumível candidato pelo PSOL, já disputam seu espólio eleitoral, enquanto o PSB tenta atrair o interesse de Joaquim Barbosa. Tudo indica, porém, que o PT erguerá uma candidatura própria. Nutrido a partir da campanha fantasmagórica de Lula, que promete a restauração de uma mítica “idade de ouro” e exibe-se como vítima da “perseguição das elites”, mister X, o candidato do PT, tem chances apreciáveis de ultrapassar a barreira do primeiro turno. Nessa hipótese, uma imagem holográfica de Lula reunificaria, no segundo turno, o bloco do capitalismo de compadrio, do corporativismo e do paternalismo estatal.
Na ponta oposta (ao menos, aparentemente), o populismo de direita apresenta-se unificado desde o início. Bolsonaro investiu no promissor mercado eleitoral do ódio ao lulismo, mesclando sua alma original ultranacionalista a uma agenda ultraliberal fornecida por seitas ideológicas das catacumbas da internet. O Santo Guerreiro precisa do Dragão da Maldade: a ausência de Lula tende a esvaziar o discurso de Bolsonaro. Contudo, por enquanto, sua candidatura progride, alimentada pela ilusória candidatura de Lula. Dias atrás, num evento patrocinado pelo BTG Pactual, o sombrio deputado foi ovacionado por mais de dois mil investidores, uma reiterada comprovação de que a idiotia política e a habilidade para ganhar dinheiro não são mutuamente excludentes.
Mister X (Lula em holografia ou Ciro Gomes, ou mesmo Boulos) versus Bolsonaro? Mesmo agora, não pode ser descartada a hipótese de um tóxico segundo turno, uma “escolha de Sofia” entre a tradição varguista e a nostalgia da ditadura militar, uma recusa absoluta a encarar os dilemas do presente. Contudo, só seremos arrastados a essa encruzilhada impossível se o centro político concluir sua trajetória de implosão.
O PSDB avançou, de olhos abertos, rumo ao abismo engalfinhando-se durante 15 anos nas estéreis lutas intestinas entre seus caciques, firmando um pacto faustiano com Eduardo Cunha em nome do impeachment e, finalmente, perfilando-se com o Aécio Neves do malote de dinheiro da JBS. Mas o colapso tem raízes mais profundas: desenhou-se lá atrás, quando o partido de FHC não soube formular uma política social alternativa ao programa paternalista de estímulo ao consumo privado conduzido pelo lulismo triunfante. O vazio de ideias da candidatura de Geraldo Alckmin espelha um impasse antigo, que se manifesta agonicamente nas periódicas celebrações tucanas dos aniversários do Plano Real.
“Exemplo de lealdade no ninho: enquanto Alckmin tenta consolidar sua candidatura, FHC busca um Macron para chamar de seu”, disparou um obscuro deputado petista, acertando o alvo. Duvidando do candidato tucano, FHC descreve círculos especulativos ao redor da potencial candidatura de Luciano Huck, qualificando-a como “boa para o Brasil”, capaz de “arejar” o cenário e “botar em perigo a política tradicional”. O Macron da França surgiu no vórtice de uma crise dramática, criou um partido centrista viável e ofereceu à nação um ousado projeto de reformas econômicas, sociais e institucionais. Já o Macron de FHC emerge como fenômeno exclusivamente midiático: uma estrela brilhante na constelação das celebridades.
Macron - como, em circunstâncias nacionais diferentes, o argentino Mauricio Macri e o partido espanhol Cidadãos - evidencia que o centro político é capaz de se reinventar diante do desafio populista. O Macron de FHC é o exato oposto disso: um atestado de falência do nosso centro político.

Demétrio Magnoli é sociólogo

Trabalho de manutenção na BR-163 em Novo Progresso é reforçado

Ações realizadas pelo DNIT na rodovia visam assegurar a trafegabilidade 
 O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ampliará os serviços de manutenção nas partes degradadas da rodovia BR-163, em Novo Progresso, sudoeste do Pará. A determinação é do diretor de Infraestrutura Rodoviária do órgão, Luiz Antônio Garcia.
Devido às fortes chuvas que assolam a região nessa época do ano, não é possível trabalhar com asfalto, pois todo o material seria perdido por causa da água. E para manter a trafegabilidade, a empresa contratada pelo DNIT está trabalhando com rachão (pedras), e também com mistura de solo, cimento e brita para restaurar os trechos danificados.
Garcia percorreu toda a extensão da rodovia para acompanhar o andamento da operação que está sendo realizada na região desde dezembro de 2017, em conjunto com o Exército Brasileiro e Polícia Rodoviária Federal, para garantir a trafegabilidade no trecho não asfaltado da rodovia durante o período de chuvas, conhecido como inverno amazônico. As condições de trafegabilidade da rodovia são atualizadas diariamente e podem ser conferidas no endereço www.br163pa.com
A maior parte da BR-163 está pavimentada desde Mato Grosso até o Pará, restando poucos trechos em obras. Dos 710 quilômetros da BR-163/PA localizados entre a divisa com Mato Grosso até a entrada para o Porto de Miritituba, 620 quilômetros já foram pavimentados pelo DNIT. Os quase 90 quilômetros a serem asfaltados estão divididos em dois lotes de obras que estão em andamento.
Redação Portal ORM com informações do DNIT

domingo, fevereiro 11, 2018

Os loucos do trânsito estão soltos. Cuidado!

No final da tarde de hoje fui caminhar pela lateral da Transamazônica.

Pude ver um grande número de motoqueiros cometendo todo tipo de infração de trânsito.

O que tinha de gente pilotando e levando garupa sem passageiro era uma grandeza.

Pelo que vi, torço para que não tenhamos algumas notícias ruins mais tarde.

Sábado, na hora do almoço, quatro policiais rodoviários federais estavam almoçando lá.

Perguntei a um deles, se estariam na cidade neste final de Carnaval.

Ele respondeu que ficariam revezando seu trabalho e Campo Verde e a cidade de Itaituba, mas, hoje à tarde não havia nenhuma fiscalização nesse perímetro.

Acidente: moto bate em carro no km 5

11 de Fevereiro de 2018

Ainda pouco nossa equipe de reportagem acompanhou um acidente aqui na 3° rua do Km 5 bem de esquina com a rodovia Transamazônica . Onde um motoqueiro bateu na traseira de um carro.

Motoqueiro possivelmente embriagado se levantou do meio da rua e fugiu do local deixando o prejuizo para quem estava conduzindo o veículo.

Não foi preciso ajuda do Corpo de Bombeiros e nem do SAMU.

Fonte: Rede de Comunicação Grupo TV Online Itaituba.

‘O auxílio mina a credibilidade da Justiça, que já está desgastada’, diz ex-ministra do STJ


Eliana Calmon afirma que defesa do benefício está ‘mal arrumada’ legal e moralmente


RIO (O Globo) - Ex-ministra do STJ e ex-corregedora-geral da Justiça, Eliana Calmon diz que defesa do auxílio-moradia por entidades de classe de juízes está ‘mal arrumada’ legal e moralmente.

Como a senhora tem acompanhado a discussão sobre o auxílio-moradia para o Judiciário?

Todas as vezes que o magistrado se locupleta de alguma gratificação que não está bem explicada, existe um grande desgaste para a credibilidade da Justiça, que já está bem fragilizada. Temos de fazer força para que a sociedade cada vez mais acredite no Judiciário. E este é um problema que mina a credibilidade.

Por que o auxílio não deveria existir, na sua opinião?

Minha posição não é de agora, que estou aposentada. Votei contra o auxílio no Conselho da Justiça Federal, quando estudei bem a questão. A Lei Orgânica da Magistratura (Loman) não contempla o auxílio-moradia para juiz, a não ser na circunstância específica de quando está fora de seu foro natural. Fora isso, é um puxadinho.

Alguns juízes argumentam que o auxílio serve como uma espécie de compensação para uma categoria que não tem recebido reajustes.

Ora, se é aumento salarial, deveria incidir imposto de renda e pagar também aos aposentados, o que não ocorre. Pela condução da própria defesa do auxílio-moradia, vê-se que não é uma coisa muito arrumada do ponto de vista da legalidade, nem da moralidade.

E aí se amplifica a coisa. O que está errado é como boi que passa numa cerca: pelo portão que passa um, passa uma boiada. Aí, há gente com imóvel próprio na cidade onde vive recebendo auxílio, caso de marido e mulher ganhando, e por aí vai... (o caso mais conhecido em que um casal de juízes recebe dois auxílios é o dos juízes federais Marcelo e Simone Bretas, no Rio). Não quero ser palmatória do mundo, mas no íntimo não acho uma coisa certa.

Qual a melhor solução para o caso?


Seguir a lei, a Loman. Esse mal-estar entre os juízes com o auxílio-moradia surgiu por duas circunstâncias. Primeiro, muitos juízes que estavam em Brasília recebiam, corretamente, porque foram afastados de seus foros naturais. Outro fator foi que, quando um juiz é promovido e vai para outro lugar, seu foro natural o acompanha, ou seja, não tem o auxílio. Mas se ele leva junto juízes para assessorá-los, outros funcionários, esses têm direito. Muitos juízes diziam “meu assessor tem e eu não tenho?”. Tudo isso colaborou para essa pressão pela generalização de um benefício que não é para todos.

Empresa contratada pelo Estado aplica calote em Santarém

 Uma grave denúncia foi encaminhada à nossa redação, envolvendo a empresa Office Empresa de Terceirização Ltda, portadora do CNPJ nº 14.785.189/0001-80, com endereço na TV WE 84 – nº 1131 – Anexo B, em Ananindeua – Pará, CEP: 67.140-250, fundada em 20/12/2011, atuando no ramo de Terceirização de Mão de Obra, Empresa de Limpeza e Conservação. Segundo a denúncia, essa empresa ganhou a licitação para atuar na Estação Cidadania, em Santarém, órgão do Governo do Estado, porém, em outubro de 2017 acabou o contrato e outra empresa foi contratada para realizar o mesmo serviço no órgão.

Ao todo, nove funcionários trabalhavam aqui em Santarém para essa empresa. Após o término do contrato, esses funcionários foram admitidos pela outra empresa que ganhou o processo de licitação. Até aí, tudo bem. Acontece, que esses funcionários não foram indenizados pela empresa Office, que não pagou aviso prévio e outros direitos.

Todos os nove funcionários da empresa deram entrada na Justiça do Trabalho e foram encaminhadas as intimações, mas a empresa não recebeu a intimação da Justiça, pois o endereço que está cadastrado não existe, ou seja, está caracterizando que seja uma empresa fantasma, só de fachada, para arrecadar recursos do Estado.

A audiência de uma das funcionárias da empresa que estava marcada para o dia 29 de janeiro deste ano, não aconteceu, pois a empresa Office não foi encontrada no endereço cadastrado. Há informações de que essa mesma empresa, Office Empresa de Terceirização Ltda, ganhou uma licitação na Ufopa, mas estamos investigando a veracidade.

Fonte: O Impacto

Hélio Gueiros Neto permanecerá preso

Acusado de matar a própria esposa, advogado teve habeas corpus negado

Por decisão ocorrida na última quinta-feira, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, por unanimidade, o pedido de habeas corpus para o advogado Hélio Gueiros Neto. 

Ele é acusado de ser o responsável pela morte da esposa Renata Cardim, em 27 de março de 2015, em crime que chocou a sociedade paraense. 

No STJ, o voto do ministro relator Joel Paciornik foi acompanhado pelos ministros Feliz Fischer, Jorge Mussi, Reynaldo da Fonseca e Ribeiro Dantas, ou seja, a Turma “não conheceu do pedido”.