quinta-feira, janeiro 26, 2017

Ronaldo Campos deixa um legado de luta e coragem contra a ditadura militar

Por: Jornalista Weliton Lima

José Ronaldo Campos de Sousa nasceu em Santarém em 21 de fevereiro de 1942. Iria completar 75 anos no próximo mês.
 
Antes de entrar para a vida pública, Ronaldo Campos foi comerciante.

Em 1972, com apenas vinte anos de idade, ele conseguiu seu primeiro mandato de vereador em Santarém, cargo que exerceu por mais duas vezes.

Ronaldo Campos foi, também, deputado estadual em dois mandatos, tendo sido eleito em 1974 e em 1978.

Em 1982 foi eleito deputado federal, tendo votado a favor da emenda Dante de Oliveira, que se aprovada, devolveria ao povo ao direito de eleger o presidente da República, pelo voto direto.

Em 15 de novembro de 1985, Ronaldo foi eleito prefeito de Santarém, para um mandato de três anos.

Nos anos seguintes, após encerrar seu mandato como prefeito, ele passou a ser assessor político, primeiro, do governador Jader Barbalho, depois, de Hélio Gueiros, na prefeitura de Belém e de Lira Maia, na prefeitura de Santarém.

Em Itaituba, trabalhou como assessor do prefeito Wirland Freire, em seu segundo mandato.

Foi Ronaldo quem articulou a manobra, que tirou de Sílvio Macedo o comando do PMDB em Itaituba, passando o partido para o empresário Wirland Freire.

Ronaldo Campos morreu por volta das duas e meia da madrugada desta quinta, 26, em Santarém no Hospital da UNIMED.
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Meu comentário: Conterrâneo de Ronaldo Campos, acompanhei de perto sua trajetória política, que tem uma rica história que os mais novos desconhecem.

Teve acertos e teve erros, como qualquer ser humano, mas, uma coisa que a história lhe fará justiça diz respeito à sua coragem de combater, mesmo quando a luta era muito desigual, como nos tempos da ditadura.

Por fazer parte, primeiro, do Movimento Democrático Brasileiro, o respeitado MDB, e mais parte, quando o partido se dividiu, ficando no PMDB, Ronaldo sofreu na pele as agruras da repressão.

No seu caso, não há registro conhecido de violência física, mas, psicológica não faltou.

Quando algum figurão da ditadura tinha visita agendada para Santarém, Ronaldo Campos era “gentilmente convidado” para subir a serra do Piquiatuba, onde fica o quartel do 8º BEC.

Lá, ficava sentado em uma sala qualquer, até que a visita fosse embora.

Quando era muito conveniente para a maioria, rezar na cartilha da ditadura, Ronaldo fazia críticas ao regime militar.

Por isso, Ronaldo parte deixando esse legado que nunca deve ser esquecido.

O período em que convivi bem mais de perto com ele, foi durante seu mandato de prefeito.

Ronaldo Campos era primo do ex-prefeito e ex-deputado federal Ubaldo Correa, dono da Rádio Tropical, da qual eu era diretor, quando Ronaldo foi prefeito.

Ele visitava a rádio com frequência para longas conversas com Ubaldo, muitas das quais eu tive oportunidade de participar.

Os meus sentimentos a todos os familiares.


Jota Parente

Limpar a cidade é preciso; colaborar para mantê-la limpa, também

A prefeitura já perdeu as contas da quantidade de lixo retirado das ruas; são mais de quinze frentes de serviços mantidas pela SEMINFRA trabalhando exclusivamente em capina e retirada de entulhos despejados nas ruas pela população incentivada, até pela própria administração municipal.
Só que é tanto lixo, que esse trabalho vai demorar e consumir muito mais recursos do que se imaginava a princípio.
São recursos que poderiam ser destinados a outros setores do governo, se a população fosse um pouco mais responsável e cuidasse melhor do lixo que produz.
O desafio desse governo vai além do trabalho de retirar o lixo das ruas; a força tarefa da limpeza também está empenhada em livrar as ruas de Itaituba das barracas que estão enfeando e poluindo o visual da orla, que é o único cartão postal da cidade, e o argumento de que esses vendedores ambulantes que estão ocupando os calçadões da orla precisam trabalhar, não pode se sobrepor ao interesse coletivo, que quer ver esse e outros espaços públicos como áreas de lazer e socialização.
Esse anseio popular de ver a orla e as praças de Itaituba livres dessas banquetas de vendas de comidas e bebidas sem as mínimas condições de higiene, deve ser atendido agora enquanto o governo ainda está livre da chantagem da política eleitoral.

Jornalista Weliton Lima. Comentário do telejornal Focalizando (sbt), quinta-feira, 26/01/17

quarta-feira, janeiro 25, 2017

FPM do dia 10 e do dia 20 foram bloqueados, e o do dia também deve ser

O bloqueio do FPM foi outro assunto tratado pela reportagem do blog, com Valmir, a quem foi perguntado como está essa questão.

“Bloqueado. Está tudo retido. Travou o do dia 10, do dia 20 e a tendência é reter também do dia 30”, disse Valmir.

E como o prefeito vai fazer para pagar a folha de pagamento, pois estamos chegando ao final do mês?

“Olha, nós não tivemos acesso ainda a nenhuma conta bancária da prefeitura. Posso dizer que estamos trabalhando no escuro. Quando sair a senha digital das contas é que nós vamos saber da situação e vamos dizer para a sociedade o que vai ser feito”, afirmou o gestor.  

Ele disse que providências jurídicas estão sendo tomadas.

“Estamos entrando com uma ação contra a ex-prefeito (Eliene Nunes) por apropriação indébita, pois foi descontado e não foi repassado para a previdência social. Vamos entrar com outra ação para tentar fazer o governo federal desbloquear os repasses, pois nós não temos culpa disso. Os advogados estão e vamos esperar a decisão da Justiça. Espero que até o dia 2 ou dia 3 de fevereiro tenhamos uma solução”, disse o prefeito.

A reportagem do blog quis saber do gestor, até quando dá para ir com esse pouco folego.

“Olha, eu acho, que o que vai acontecer é que a gente vai pagar a folha, mas, sem pagar os encargos sociais, e eu não sei até onde isso pode ir. A prefeitura não tem condições de pagar, todo mês, R$ 3 milhões. Não há condições de trabalhar desse jeito.

Esses trabalhos que a prefeitura está fazendo, não custam muito caro. A gente fez as primeiras compras agora em janeiro, para pagar em fevereiro. Estamos na expectativa de resolver esse problema e vamos ver como fica”, falou Valmir.

Outro assunto que não poderia falta na conversa com o blog foi sobre as declarações da ex-prefeita Eliene Nunes, que afirmou ter deixado quase R$ 11 em caixa, e que o débito junto ao INSS não era só dela, mas, também de outras administrações.

“O débito deixado por ela com a previdência foi de R$ 38 milhões, mas, a dívida da prefeitura é de R$ 79 milhões.

Ela cometeu crime quando não informou o valor correto da folha. Ela sonegou, e quando perdeu a eleição ela informou o restante da folha.

A ex-prefeita comunicava uma folha de R$ 3 milhões, quando a folha era R$ 11 milhões. Quando ela lançou isso, a prefeitura ficou inadimplente. Quando ela fez o parcelamento dos governos anteriores, menos do meu, a ex-prefeita assinou um documento autorizando que, no caso de atraso no recolhimento do INSS, o desconto poderia ser feito diretamente do FPM. O resultado é esse, tudo travado”, finalizou Valmir.

Prefeitura decide em reunião com açougueiros: carne, só de frigorífico

A prefeitura de Itaituba convidou açougueiros para uma reunião, para tratar da regularização daqueles que trabalham na informalidade e para dar orientações para os que já estão legalizados.

Foi informado que será dado um tempo para todos se adequem às exigências. E a maior delas diz respeito à procedência da carne. Sem exceção, os açougueiros terão que vender o produto fornecido por um dos dois frigoríficos que atuam no município.

A prefeitura não vai permitir que alguém trabalhe fora dessa determinação.

Dezesseis açougueiros participaram da reunião, que foi realizada na Sala Verde da Secretaria de Meio Ambiente.

Além do prefeito Valmir Climaco, estiveram presentes, o secretário de Meio Ambiente, Bruno Rolim, o secretário de Saúde, Iamax Prado e o diretor de urbanismo, Gerson Huller.

O prefeito considerou o encontro bastante produtivo.

“Ficou acertado que os frigoríficos vão recolher todos os rejeitos do boi a partir de agora. Informamos a eles que terão um tempo para se regularizar. Depois, iremos fiscalizar, e com certeza será proibido fazer diferente do que ficou acertado, e se for preciso fazer retenção de carne sem origem, a gente vai fazer.
           
Nós não vamos tolerar a venda de carne que não tenha sido adquirida direto de um frigorífico. Carne de matadouro clandestino vai ser aprendida. Estão todos informados.

Depois que terminar o prazo que vamos dar, vamos agir. O prazo que nós vamos dar é somente para que eles se regularizem no que diz respeito a documentos. A partir de hoje está proibido vender carne que não seja de um frigorífico do município. Essa é uma questão de saúde pública, e não podemos brincar com uma coisa tão séria”, disse o prefeito.

O sistema penal ruiu, faliu, quebrou

Texto do competentíssimo advogado santareno, José Ronaldo Dias Campos
Dentro dos presídios os internos são comandados, coisificados: obedecem ou apanham, são violentados, estuprados, mortos. Tem preso que não quer trabalho externo - imagine o absurdo - porque tem q voltar para dormir e sabe o que lhe está reservado se não cumprir "tarefas" atribuídas pelo comando no retorno diário. 

O Estado perdeu autoridade dentro do sistema penal, que ruiu, faliu, quebrou. É um inferno que ninguém quer ver. O preso perde não só a liberdade. Lá dentro, aniquilam também a sua dignidade. Do jeito q caminha, o Estado ao prender, sem perceber, estará (ou melhor, já está) recrutando soldados para as facções criminosas. 

Está tudo errado, amigos, e não é de hoje! É o "Estado marginal", com suas regras, julgamentos sumários e execuções bestiais, mostrando força e poder, versus Estado de direito. Estamos inseguros, amedrontados e desarmados, à mercê dessa bandidagem.
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Meu comentário: Partindo de você, meu caro amigo José Ronaldo, não surpreende esse texto que resume em poucas palavras a realidade do falido sistema prisional brasileiro. E o mais triste é que não se veem ações objetivas para resolver o problema. Assim que a situação acalmar, continuará sendo como é há muito tempo.

Jota Parente

Populares matam quatro suspeitos de assaltos em Moju

Um homem e três adolescentes foram mortos, no final da tarde e início da noite desta terça-feira (24), após uma ação de populares na área da rodovia PA-151, município de Moju, região do Baixo Tocantins, no Pará. As vítimas sofreram revide devido a roubo de motocicletas.

De acordo com o tenente coronel Wanderley, comandante do 32º Batalhão da Polícia Militar de Cametá, o fato ocorreu no ramal de Soledade, que dá acesso à Vila de Porto Grande.

Ainda segundo a PM, os populares envolvidos estariam revoltados com o grande número de roubos das motocicletas ocorridos na região.

"Eles avistaram as motos roubadas sendo levadas por um grupo de cinco homens e resolveram ir atrás. Daí então ocorreram as mortes", disse o comandante.

Segundo um internauta, que entrou em contato com o DOL, somente na semana passada 10 motocicletas haviam sido roubadas no ramal de Porto Grande e outras 10 na vila de Carapajó.

Dos cinco suspeitos nos assaltos, um sobreviveu e foi encaminhado para um hospital e presta depoimento à polícia.

A Polícia Civil confirmou a morte de Luis Fernando Oliveira da Silva, de 19 anos, e dos três adolescentes.

A polícia trabalha nas investigações na tentativa de identificar os envolvidos.
(DOL)


terça-feira, janeiro 24, 2017

Mais de 1,3 milhão deixam planos de saúde em 2016

O mercado brasileiro de planos de saúde médico-hospitalares registrou perda de 1,37 milhão de beneficiários em 2016, equivalendo a uma queda de 2,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, constata a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). A região Sudeste puxou a queda do total de beneficiários de planos médico-hospitalares em 2016. Nos 12 meses encerrados em dezembro, 1,37 milhão de vínculos foram rompidos (retração de 2,8%) no Brasil, sendo que 1,1 milhão destes, o que equivale a 79,9%, se concentram no Sudeste. 

Apenas no Estado de São Paulo, 630,3 mil beneficiários deixaram de contar com o plano de saúde médico-hospitalar. O número é maior do que a soma de vínculos rompidos em todas as outras regiões do Brasil e equivale a 46,1% do total de vínculos rompidos no País.

O superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, explica que a variação se deve, em grande parte, ao cenário econômico negativo e à queda do nível de emprego do País. "Segundo dados do Caged, o saldo de empregos de 2016 ficou negativo em 1,32 milhão de postos de trabalho formal. Como os planos coletivos empresariais (aqueles fornecidos pelas empresas aos seus colaboradores) ainda representam a maior parte dos planos médico-hospitalares no País, é natural que o número de vínculos apresente retração junto com o saldo de empregos formais", aponta. 

Carneiro destaca que o ano poderia ter encerrado com uma redução ainda maior no total de beneficiários. "Como o plano de saúde é o terceiro maior desejo do brasileiro, atrás apenas da casa própria e da educação, os beneficiários de planos de saúde, mesmo desempregados, optam por cortar outros gastos antes de romper o vínculo com a operadora." (Terra Notícias)