Por: Jornalista Weliton
Lima
José
Ronaldo Campos de Sousa nasceu em Santarém em 21 de fevereiro de 1942. Iria
completar 75 anos no próximo mês.
Antes
de entrar para a vida pública, Ronaldo Campos foi comerciante.
Em
1972, com apenas vinte anos de idade, ele conseguiu seu primeiro mandato de
vereador em Santarém, cargo que exerceu por mais duas vezes.
Ronaldo
Campos foi, também, deputado estadual em dois mandatos, tendo sido eleito em
1974 e em 1978.
Em
1982 foi eleito deputado federal, tendo votado a favor da emenda Dante de
Oliveira, que se aprovada, devolveria ao povo ao direito de eleger o presidente
da República, pelo voto direto.
Em
15 de novembro de 1985, Ronaldo foi eleito prefeito de Santarém, para um
mandato de três anos.
Nos
anos seguintes, após encerrar seu mandato como prefeito, ele passou a ser
assessor político, primeiro, do governador Jader Barbalho, depois, de Hélio
Gueiros, na prefeitura de Belém e de Lira Maia, na prefeitura de Santarém.
Em
Itaituba, trabalhou como assessor do prefeito Wirland Freire, em seu segundo mandato.
Foi
Ronaldo quem articulou a manobra, que tirou de Sílvio Macedo o comando do PMDB
em Itaituba, passando o partido para o empresário Wirland Freire.
Ronaldo
Campos morreu por volta das duas e meia da madrugada desta quinta, 26, em
Santarém no Hospital da UNIMED.
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Meu comentário:
Conterrâneo de Ronaldo Campos, acompanhei de perto sua trajetória política, que
tem uma rica história que os mais novos desconhecem.
Teve acertos e teve
erros, como qualquer ser humano, mas, uma coisa que a história lhe fará justiça
diz respeito à sua coragem de combater, mesmo quando a luta era muito desigual,
como nos tempos da ditadura.
Por fazer parte,
primeiro, do Movimento Democrático Brasileiro, o respeitado MDB, e mais parte,
quando o partido se dividiu, ficando no PMDB, Ronaldo sofreu na pele as agruras
da repressão.
No seu caso, não há
registro conhecido de violência física, mas, psicológica não faltou.
Quando algum figurão da
ditadura tinha visita agendada para Santarém, Ronaldo Campos era “gentilmente
convidado” para subir a serra do Piquiatuba, onde fica o quartel do 8º BEC.
Lá, ficava sentado em
uma sala qualquer, até que a visita fosse embora.
Quando era muito
conveniente para a maioria, rezar na cartilha da ditadura, Ronaldo fazia
críticas ao regime militar.
Por isso, Ronaldo parte
deixando esse legado que nunca deve ser esquecido.
O período em que convivi
bem mais de perto com ele, foi durante seu mandato de prefeito.
Ronaldo Campos era
primo do ex-prefeito e ex-deputado federal Ubaldo Correa, dono da Rádio
Tropical, da qual eu era diretor, quando Ronaldo foi prefeito.
Ele visitava a rádio
com frequência para longas conversas com Ubaldo, muitas das quais eu tive
oportunidade de participar.
Os meus sentimentos
a todos os familiares.
Jota Parente
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