sexta-feira, dezembro 02, 2016

Nossa indignação tem que ser maior do que nossa covardia

Jota Parente - Em caso de mortes como da colega Eliane, da TV Tapajoara, a primeira grande dor, é da morte bárbara por assassinato a sangue frio, por motivo torpe; depois vem os desdobramentos, que podem ser maiores ou menores, que podem aumentar ou amenizar o sofrimento, conforme o agir da polícia, do Ministério Público e da Justiça.
Quando alguém como Eliane, um ser humano muito querido por todos que a conheceram é retirado brutalmente do convívio dos seus familiares, do meio dos seus colegas de trabalho e do círculo de suas amizades, alivia um pouco quando a polícia age rapidamente, colocando atrás das grades bandidos tenebrosos como esses. Mas, não para por aí.
Durante décadas e mais décadas, dizia-se, no Brasil, que só ia para a cadeia, ladrão de galinha, pois quem tinha dinheiro contratava um bom advogado e ficava livre. Hoje em dia, depois que o MPF, trabalhando em perfeita sintonia com a Justiça, mandou muito engravatada para a cadeia, os ricos ficaram com medo de ir em cana. O medo passou para o andar de baixo; pelo menos em muitos lugares onde o cidadão perdeu a confiança nas instituições ligadas à segurança pública.
Gente graúda da segurança pública, em Itaituba, em conversas reservadas com vereadores, e até com gente da imprensa, tem confidenciado que não dá para fazer mais do que está sendo feito, por falta de condições. Quando tem carro, não tem combustível, quando tem combustível, o carro prega. Fora o problema do armamento obsoleto que é entregue aos policiais que vão para as ruas combater a bandidagem. E de quebra, ainda há um bom número de denúncias sobre a atuação inescrupulosa de alguns maus policiais, que deveriam ser expurgados de suas corporações.
Segurança pública é uma obrigação do governo do estado. Entretanto, a comunidade não deve apenas trancafiar-se em casa para fugir do perigo. Deve ter coragem de criticar quem tem que ser criticado, cobrando de forma organizada, por meio de manifestações e de documentos uma solução. Temos que cobrar, sim, dos políticos locais, mas, cobrar com responsabilidade, sem ficar apenas jogando para a plateia.
Os primeiros a serem cobrados devem ser os deputados estaduais que mais votos obtiveram neste município, sendo Hilton Aguiar e Eraldo Pimenta, pela ordem, os que mais explicações devem ao povo de Itaituba sobre o que estão fazendo a esse respeito. Em seguida, o foco deve voltar-se para os políticos com mandatos eletivos, que atuam dentro da circunscrição do município, prefeito e vereadores.
Dar entrevistas no auge da comoção que toma conta de todos, como aconteceu no caso do assassinato da Eliane é compreensível, mas, não resolve, pois, com o passar do tempo o volume dos protestos vai baixando, baixando, até ficar inaudível. E aí, volta tudo a ser como antes, e fatos revoltantes como esse passam a ser apenas um dado estatístico.
É comum ouvirmos dizer: ah, a polícia prende e a justiça solta logo depois; ah, a culpa é da polícia, que não faz o seu trabalho direito, deixando brechas para que os advogados tenham condições de argumentar pela soltura, por pior que tenha sido o crime. Há muitos que botam a culpa na parafernália que é o arcabouço jurídico do País, com suas mais de 180 mil leis, que permite essa esculhambação toda.
Todo mundo tem culpa; uns, um pouco mais; outros um pouco menos. Mas, se tivermos que apontar o dedo para quem tem mais culpa, o Congresso Nacional é o maior culpado, pois faz algumas décadas que se fala na necessidade urgente de se fazer uma reforma no nosso arcabouço jurídico, discussão na qual pouco tem se avançado. O Código de Processo Penal, cujo projeto está desde 2012 no Senado é considerado muito ruim, já deveria ter sido resolvido. Mas, continua lá.
Enquanto aqueles senhores engravatados, de Brasília, que contam com segurança pública e privada, não se tocarem de que também eles vivem no Brasil, e de que seus eleitores clamam por uma justiça justa, quantas Eliane terão que ser brusca e tão brutalmente assassinadas até que eles sofram um choque de realidade e ajam em favor do povo. E enquanto eu, como célula da sociedade, não sentir vergonha de mim mesmo, ao me olhar no espelho, afirmando que está tudo bem, quando não está, isso não vai mudar.
O cidadão de bem não aguenta mais ver esses vagabundos, esses bandidos cruéis, fazerem pouco da nossa cara, entrando e saindo de delegacias pela porta da frente, rindo da cara da gente, enquanto nos sentimos indignados e impotentes. Indignados e impotentes, mas, fazendo pouco para que seja diferente. E se sua morte, Eliane, não servir para nos despertar dessa letargia, melhor, mesmo será nos trancamos em casa e pararmos de reclamar, pois nossa covardia, enquanto sociedade, prevalecerá sobre o nosso sentimento de indignação.
Jota Parente, editor responsável por este blog.
Esse artigo será publicado pelo Jornal do Comércio, próxima edição

Neste Natal, ou em qualquer ocasião, dê de presente, produtos Pharmapele!

HRBA: vagas de emprego

A Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar está com vagas abertas para quatro cargos no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (PA).

Quem desejar concorrer às vagas deve enviar currículo atualizado para trabalheconosco@hrbaprosaude.org.br, informando o cargo desejado no assunto do e-mail.

Oportunidades

Cargo: farmacêutico
Atividade: atuar nas atividades de dispensação de medicamentos quimioterápicos e para tratamento de dor, bem como orientação quanto ao uso deles.

Requisito: ensino superior completo em Farmácia. Conhecimento técnico acerca de controle de estoque, em especial medicamentos da Portaria 344 e Antibióticos.
Horário:180h mensais
Benefícios: salário + VT

Cargo: telefonista
Atividade: fazer e receber ligações internas e externas; cumprir normas e regulamentos do hospital; emitir relatórios administrativos.
Requisito: ensino médio completo ou cursando ensino superior.
Horário:180h mensais
Benefícios: salário + VT

Cargo: enfermeiro
Atividade: prestar serviço assistencial de Enfermagem hospitalar.
Requisito:ensino superior completo em Enfermagem; registro atualizado no Conselho Regional de Enfermagem do Pará.
Horário: 220h mensais
Benefícios: salário + VT

Cargo: técnico de Enfermagem
Atividade: prestar serviço assistencial de Enfermagem hospitalar.
Requisito: ensino médio completo; curso técnico em Enfermagem; registro atualizado no Conselho Regional de Enfermagem do Pará.
Horário: 180h mensais
Benefícios: salário + VT

Joab Ferreira
Ascom - Pró-Saúde

Pagamentos na prefeitura: pedindo com jeito, vai

Desde a semana passada, redes sociais divulgaram fotos e comentários a respeito da pressão que alguns fornecedores da Prefeitura de Itaituba estão fazendo para tentar receber contas.

Houve o caso de um fornecedor que colocou seu carro em cima da calçada de uma secretaria, tentando "convencer"  o secretário a lhe pagar.

Não funcionou.

O mesmo fornecedor, num ato de desespero, porque o tempo estava passando e nada do seu pagamento sair, foi além.

Dirigiu-se até a casa do secretário e arrancou fios elétricos do contador da residência do conhecidíssimo assessor da prefeita Eliene Nunes. Aí, os vizinho lhe falaram que ninguém estava ocupando aquela casa há algumas semanas, depois que terminou a eleição.

O fornecedor, num momento de quase completo desespero, mandou avisar, que se não recebesse o que o município lhe devia, faria loucuras muito, mas, muito maiores, não descartando até a possibilidade de tocar fogo em alguma coisa.

E não é que esta semana ele foi chamado, e o dinheiro foi depositado em sua conta!!!

É por isso que se diz que, pedindo com jeito, vai. Ou não vai?

O assassinato covarde de Eliane, a dor que sangra o peito e a esperança de que seja feita justiça

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A violência que ronda os nossos lares, que bate às nossas portas e nos cerca diariamente nas ruas, esta semana invadiu a nossa casa e arrancou do seio de nossa família uma das pessoas mais dóceis e adoráveis que pode existir e.
Só Deus sabe o quanto tem sido difícil suportar esses primeiros dias sem a tua presença, Eliane, sem o teu sorriso, sem a tua alegria. A bala que atingiu o teu coração e ceifou a tua vida, também  acertou em cheio a nossa alma e essa dor que nos machuca, traz também o temor de ser o próximo alvo desses bandidos, que por conta da facilidade que tem de se livrar da cadeia, agem de forma cada vez mais audaciosa, afrontando a sociedade que se vê indefesa e acuada com tanta violência.
No cemitério, durante o sepultamento do corpo da Eliane, não foi difícil encontrar pessoas que já foram vítimas de violência e que ainda esperam por justiça. E o mais revoltante nisso tudo é o que ouvimos, de vez em quando, de algumas autoridades, que não se deve andar pelas ruas tarde da noite, que ninguém deve ficar sentado à porta de casa com objetos de valor, pois isso atraí atenção dos ladrões. Ora, isso significa dizer que as vítimas é que são culpadas pela violência.
Os bandidos que mataram a Eliane, não são apenas ladrões, são assassinos perversos, que matam pelo simples prazer de matar, pois usaram contra uma vítima indefesa, uma arma letal com balas explosivas, não dando nenhuma chance de Eliane se defender e, como em sua curta existência ela já estava acostumada a encarar as dificuldades da vida sem se reclamar, Eliane enfrentou a morte de forma serena, deixando escapar somente um breve sussurro: "Tá doendo muito"...

É, Eliane, tá doendo muito, mesmo; dói na alma de todos nós, teus amigos e colegas de trabalho; e essa dor só vai aliviar quando houver justiça para a tua morte. 

Jornalista Weliton Lima, comentário veiculado no telejornal Focalizando, quinta-feira, 01/12/2016

Esse artigo será publicado, também, na próxima edição do Jornal do Comércio

quinta-feira, dezembro 01, 2016

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Atlético-MG anuncia que não vai jogar contra Chape

Atlético-MG anuncia que não vai jogar contra Chape (Foto:  Bruno Cantini / Atlético)  O presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, anunciou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (1º) que o clube não irá jogar contra a Chapecoense pela última rodada do Campeonato Brasileiro, marcada para o dia 11 de dezembro.

 "Vim aqui somente informar que o Atlético não irá jogar contra a Chapecoense, não irá para Chapecó jogar a ultima partida. A gente acredita no esporte, respeita a dor, não é o momento de cobrar de jogador nenhum a essência do esporte. Já comuniquei à CBF", afirmou o dirigente.
A decisão foi motivada pelo acidente com o avião que levava a delegação da equipe catarinense e que resultou na morte de 71 pessoas. Destas, 19 eram jogadores. Apenas três atletas sobreviveram à tragédia (Alan Ruschel, Neto e Jackson Follman).
"Conversei com o presidente da CBF, Marco Polo, que concordou. Nessa partida, o Atlético não irá. Provavelmente, a maior punição é a perda dos três pontos. Isso não altera nada. É o mínimo que tem que ter pelos familiares, pela cidade e pelo país que está sofrendo com isso. Muito obrigado e bom dia à todos", finalizou.
Na quarta-feira (30), o presidente em exercício da Chapecoense, Ivan Tozzo, disse que Del Nero planejava um grande evento no jogo do domingo (11).
"O presidente Del Nero me ligou e disse que vamos fazer um grande evento em Chapecó no último jogo do Brasileiro contra o Atlético-MG, para ficar marcado. Ele ainda pediu para a gente utilizar a categoria de base, recuperar os lesionados. Não importa o resultado, temos que fazer uma bonita homenagem", disse.
(FolhaPress)