terça-feira, novembro 12, 2013

Convivendo com o perigo

Hoje foi o dia que mais quilômetros percorri. Foram 831 km, de Itumbiara, a primeira cidade do Sul de Goiás, divisa com Minas Gerais, até Gurupi, no Tocantins. Para conseguir isso, tive que sair bem cedo.

Meu Deus, quanto perigo nesta parte da viagem. Deu a louca nos motoristas de Goiás. Não respeitam nada, nem ninguém Tive que me mandar rápido para o acostamento, para evitar problemas.

Os caras não estão nem aí. Eles ultrapassam carretas em sentido contrário ao que vou, em locais onde isso não poderia acontecer, e ainda se acham no direito de dar sinal de luz para desocupar o caminho. Claro que eu saí rapidinho. Foram pelo menos seis escapadas para o acostamento.

De Itaituba até a fronteira de São Paulo, descendo até Montevideo, e na subida, até a divisa de São Paulo com Minas, enfrentei os perigos com os quais estou acostumados, mas, esses de Goiás foram muito além da conta. Ainda bem que já estou no Tocantins. O cuidado tem que continuar, porque a Belém - Brasília é uma rodovia  muito estreita, e com quase nenhuma área de escape. Mas, nada comparado com o que me reservaram os goianos.

Pode ser somente psicológico, mas, respirei aliviado quando ultrapassei a divisa de Goiás, entrando em Tocantins. Graças a Deus, cheguei bem para continuar amanhã.

domingo, novembro 10, 2013

Será cavalo paraguaio?

Quando o Botafogo começou o campeonato brasileiro com a corda toda, um torcedor do Flamengo alfinetou-me: Cuidado! Tá com cara de cavalo paraguaio.

Pois não é que está parecendo, mesmo. Na reta final o time parece não ter forças para reagir. E hoje, quando entrei na internet para saber o resultado do jogo, lá estava a derrota para o Internacional.

O Goiás chegou aos mesmos 53 pontos, e o que mais preocupa é que estive dando uma olhada na tabela, e confesso que não fiquei nada animado. A situação do Fogão está pra lá de complicada, não, meu amigo Weliton Lima?

Wallace e a expedição

Bom dia Parente!

Sinto uma ''inveja saudável'' dessa sua expedição nobre Parente! Poucos tem coragem de fazer mas são esses mesmos que levarão consigo na memória que pode se resumir a um trecho de uma música do rei RC(O importante são as emoções que vivi)!!!
 

Não deixe de relatar no seu blog mais essa aventura pois faço questão de ler!!!
Parabéns!!!

Obrigado, amiga Holga

BOA NOITE MEU AMIGO JOTA PARENTE, TENHO ACOMPANHADO SUA EXPEDIÇÃO ATRAVÉS DE SEU BLOG, ASSISTI SUA SAIDA NO FOCALIZANDO.

NÓS AQUI DE ITAITUBA TE ACOMPANHAMOS EM ORAÇÃO TAMBÉM. SINTA A PRESENÇA DE DEUS TE LIVRANDO DE TODOS OS PERIGOS QUE A ESTRADA OFERECE.

UM GRANDE ABRAÇO MEU AMIGO. CONTINUE ESCREVENDO POIS ESTAMOS TE ACOMPANHANDO PELO BLOG.

PROFESSORA HOLGA .

Retornando de Montevideo



Fiquei uns poucos dias sem dar notícias da viagem, o que volto a fazer agora.
Sexta-feira, dia da última postagem, pouco antes do meio-dia terminei de providenciar a parte burocrática para entrar no Uruguai.

Depois das  12 horas comecei a percorrer os 506 km que separam Santana do Livramento de Montevideo.

Estrada de primeira, tráfego muito menor do que das estradas brasileiras, terreno plano, tudo isso faz o viajante ganhar tempo.

Até a média de velocidade sobe.

Como queria porque queria chegar, terminei viajando pouco no começo da noite, mas, cheguei.

Tanto na fronteira, quanto dentro do país, constatei que a rivalidade entre brasileiros e uruguaios se resume basicamente ao futebol, pois os dois povos se entendem muito bem. No extremo Sul do Brasil, a rivalidade entre Grêmio e Internacional é muito mais séria.
Durante todos esses dias tenho acompanhado a evolução do clima no Parque do Aconcágua, que não tem andado nada camarada. 

Com todas essas mudanças inesperadas, que trouxeram um respeitado frio ao Sul do Brasil e de todo o continente sul-americano, o clima não está aconselhável, sobretudo para amadores. Por isso, embora seja ousado, preciso manter um pouco de juízo, o que me fez avaliar cuidadosamente a situação, optando por não arriscar. Assim sendo, decidi retornar de Montevideo.

Domingo cedo, muito cedo, peguei a Ruta 5 de volta, conseguindo passar de Santana do Livramento, pernoitando na cidade de Rosário do Sul, 108 km distante, rumo ao Norte.

Tenho recebido muitas mensagens de amigo, dando força para a jornada. Não tenho respondido no devido tempo, porque nem toda noite pernoito em lugar onde tenha acesso a Internet.

Uma coisa que tem me marcado muito, desde entrei nas estradas de asfalto, onde eu espera andar relativamente bem, é o absurdo número de carros de todos os tamanhos. Carretas, então, nem se fala.

São elas que mais atrasam a viagem, pois os automóveis, quase que sem exceção, me ultrapassam. Mas, com as carretas é diferente, pois embora na reta elas costumem correr bem, quando chega nas subidas, diminuem muito a velocidade. E quando isso acontece em locais onde a ultrapassagem não é permitida, e onde não tem como dar um jeito de passar sem maiores riscos, aí o bicho pega.

Quase todo dia verifico a média. Sexta-feira, por exemplo, foi de 62 km por hora. Isso faz com que o dia não renda o esperado. Para chegar aos 600 km por dia é uma barra. Em dois dias melhores passei dos 700 km. Mais do que isso é praticamente impossível, sobretudo em uma moto 125, que tem pouco torque, e que por isso perde muita velocidade em cada subidinha de nada.

sexta-feira, novembro 08, 2013

O tempo endoidou de vez



A Natureza está mais indomável do nunca, e cada vez mais imprevisível. Ontem, por exemplo, eu saí de uma cidade em Santa Catarina chamada Irani, com uma temperatura de 14 graus. Empacotei-me todo. Quando foi antes do meio dia, já no Rio Grande do Sul, a temperatura subiu para 26 graus, com um sol a pino. Tive que abrir os a jaqueta e o agasalho, pois estava suando muito.

A meteorologia estava marcando tempo bom, com limpo, sem possibilidade de chuvas para Montevideo e Buenos Aires. Só que já mudou. Está tudo nublado com chance de chover e a temperatura está caindo. 

Neste momento estou tomando as providências para me deslocar para Montevideo.
Outra preocupação com  a qual estou convivendo é quanto as condições climáticas na região do Aconcágua. Está muito frio para esta época do ano, além das expectativas, e o vento está muito forte. Estou acompanhando a evolução desse quadro para ver até que tempo em tenho condições físicas de encarar esse desafio. Sou arrojado, mas, até isso tem um limite do tolerável que deve ser respeitado.

quinta-feira, novembro 07, 2013

Na fronteira

Setecentos e quatorze foi a distância percorrida hoje, até chegar à fronteira do Brasil com o Uruguai, Santana do Livramento.

Somente amanhã vou conhecer a cidade, que para minha surpresa, é bem mais tranquila do que eu pensava.

Hoje eu saí de Irani com 14 graus. Empacotei-me todo, para não sofrer o frio de terça e quarta. Mas, este país é grande e o tempo anda muito louco.

Depois das 11 horas saí do frio para o calor, e a quantidade de roupa que eu estava usando começou a incomodar quando eu parava para abastecer. Mas, tive que ficar assim até o final do dia.

Amanhã vou tomar as providências para entrar no Uruguai, cuja cidade da fronteira é Rivera, que é emendada com Santana do Livramento, no Brasil, onde estou.