domingo, novembro 10, 2013

Retornando de Montevideo



Fiquei uns poucos dias sem dar notícias da viagem, o que volto a fazer agora.
Sexta-feira, dia da última postagem, pouco antes do meio-dia terminei de providenciar a parte burocrática para entrar no Uruguai.

Depois das  12 horas comecei a percorrer os 506 km que separam Santana do Livramento de Montevideo.

Estrada de primeira, tráfego muito menor do que das estradas brasileiras, terreno plano, tudo isso faz o viajante ganhar tempo.

Até a média de velocidade sobe.

Como queria porque queria chegar, terminei viajando pouco no começo da noite, mas, cheguei.

Tanto na fronteira, quanto dentro do país, constatei que a rivalidade entre brasileiros e uruguaios se resume basicamente ao futebol, pois os dois povos se entendem muito bem. No extremo Sul do Brasil, a rivalidade entre Grêmio e Internacional é muito mais séria.
Durante todos esses dias tenho acompanhado a evolução do clima no Parque do Aconcágua, que não tem andado nada camarada. 

Com todas essas mudanças inesperadas, que trouxeram um respeitado frio ao Sul do Brasil e de todo o continente sul-americano, o clima não está aconselhável, sobretudo para amadores. Por isso, embora seja ousado, preciso manter um pouco de juízo, o que me fez avaliar cuidadosamente a situação, optando por não arriscar. Assim sendo, decidi retornar de Montevideo.

Domingo cedo, muito cedo, peguei a Ruta 5 de volta, conseguindo passar de Santana do Livramento, pernoitando na cidade de Rosário do Sul, 108 km distante, rumo ao Norte.

Tenho recebido muitas mensagens de amigo, dando força para a jornada. Não tenho respondido no devido tempo, porque nem toda noite pernoito em lugar onde tenha acesso a Internet.

Uma coisa que tem me marcado muito, desde entrei nas estradas de asfalto, onde eu espera andar relativamente bem, é o absurdo número de carros de todos os tamanhos. Carretas, então, nem se fala.

São elas que mais atrasam a viagem, pois os automóveis, quase que sem exceção, me ultrapassam. Mas, com as carretas é diferente, pois embora na reta elas costumem correr bem, quando chega nas subidas, diminuem muito a velocidade. E quando isso acontece em locais onde a ultrapassagem não é permitida, e onde não tem como dar um jeito de passar sem maiores riscos, aí o bicho pega.

Quase todo dia verifico a média. Sexta-feira, por exemplo, foi de 62 km por hora. Isso faz com que o dia não renda o esperado. Para chegar aos 600 km por dia é uma barra. Em dois dias melhores passei dos 700 km. Mais do que isso é praticamente impossível, sobretudo em uma moto 125, que tem pouco torque, e que por isso perde muita velocidade em cada subidinha de nada.

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