Fiquei uns
poucos dias sem dar notícias da viagem, o que volto a fazer agora.
Sexta-feira,
dia da última postagem, pouco antes do meio-dia terminei de providenciar a
parte burocrática para entrar no Uruguai.
Depois
das 12 horas comecei a percorrer os 506
km que separam Santana do Livramento de Montevideo.
Estrada de
primeira, tráfego muito menor do que das estradas brasileiras, terreno plano,
tudo isso faz o viajante ganhar tempo.
Até a média
de velocidade sobe.
Como queria
porque queria chegar, terminei viajando pouco no começo da noite, mas, cheguei.
Tanto na
fronteira, quanto dentro do país, constatei que a rivalidade entre brasileiros
e uruguaios se resume basicamente ao futebol, pois os dois povos se entendem
muito bem. No extremo Sul do Brasil, a rivalidade entre Grêmio e Internacional
é muito mais séria.
Durante
todos esses dias tenho acompanhado a evolução do clima no Parque do Aconcágua,
que não tem andado nada camarada.
Com todas essas mudanças inesperadas, que
trouxeram um respeitado frio ao Sul do Brasil e de todo o continente sul-americano,
o clima não está aconselhável, sobretudo para amadores. Por isso, embora seja
ousado, preciso manter um pouco de juízo, o que me fez avaliar cuidadosamente a
situação, optando por não arriscar. Assim sendo, decidi retornar de Montevideo.
Domingo
cedo, muito cedo, peguei a Ruta 5 de volta, conseguindo passar de Santana do
Livramento, pernoitando na cidade de Rosário do Sul, 108 km distante, rumo ao Norte.
Tenho
recebido muitas mensagens de amigo, dando força para a jornada. Não tenho
respondido no devido tempo, porque nem toda noite pernoito em lugar onde tenha
acesso a Internet.
Uma coisa que tem me marcado muito, desde entrei nas estradas de asfalto, onde eu espera andar relativamente bem, é o absurdo número de carros de todos os tamanhos. Carretas, então, nem se fala.
São elas que mais atrasam a viagem, pois os automóveis, quase que sem exceção, me ultrapassam. Mas, com as carretas é diferente, pois embora na reta elas costumem correr bem, quando chega nas subidas, diminuem muito a velocidade. E quando isso acontece em locais onde a ultrapassagem não é permitida, e onde não tem como dar um jeito de passar sem maiores riscos, aí o bicho pega.
Quase todo dia verifico a média. Sexta-feira, por exemplo, foi de 62 km por hora. Isso faz com que o dia não renda o esperado. Para chegar aos 600 km por dia é uma barra. Em dois dias melhores passei dos 700 km. Mais do que isso é praticamente impossível, sobretudo em uma moto 125, que tem pouco torque, e que por isso perde muita velocidade em cada subidinha de nada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário