quinta-feira, dezembro 02, 2010

Volta do Brasil, de moto - O Viajante Solitário da Expedição Brasil

15-04-2010 - O último relato do Viajante Solitário da Expedição Brasil aconteceu na edição 112, que circulou no dia 30 de setembro. Retomo a história dessa aventura que consistiu em viajar pelo Brasil, de Norte a Sul, e do Sul ao Norte, saindo de Belém pela costa e retornando pelo centro do País. Contei até o pernoite na Pensão da Neca, que é muito legal, em Vassouras no Rio de Janeiro, cidade com muitos atrativos históricos.


Acordei às 2:45 achando que o dia já estava amanhecendo. Depois que conferi a hora voltei a dormir até quinze minutos para as cinco da manhã. Um banho quente, porque o tempo estava um pouco frio e em poucos minutos estava pronto para pegar a estrada, sem esperar o café da manhã, porque queria ganhar tempo.

Eu tremia só de ouvir falar na famosa Via Dutra, agora chamada de Nova Dutra, depois que foram feitos grandes investimentos na mesma. E de fato é uma loucura dirigir um carro ou pilotar uma moto por aquela rodovia. Principalmente a segunda opção. Mas, era o meu caminho e eu teria que seguir em frente.

Antes de chegar a São Paulo eu parei em Aparecida do Norte para trocar o óleo da moto. Aproveitei para dar uma volta pela cidade. Naturalmente, não poderia deixar de passar pela catedral de N. Srª Aparecida, da qual fiz algumas fotos.

Não posso deixar de falar do pedágio, cujo preço da primeira parada assustou-me muito: R$ 4,70 para moto. É de arrepiar. Mas, a partir do segundo foi baixando para R$ 1,70 e os três últimos, apenas R$ 0,70. Todavia, também não pude deixar de observar que apesar do preço elevado, vale a pena pagar, porque a rodovia é tudo de bom.

Eu, que sempre gostei muito de geografia, matéria na qual sempre obtive notas muito altas; eu, que gosto de olhar mapas de tudo quanto é jeito, incluindo mapas rodoviários, não me informei direito sobre a Via Dutra. Toquei em frente, passando por cidades conhecidas como Cachoeira Paulista, Guaratinguetá e Aparecida do Norte. De repente, por volta do meio-dia me vi pilotando em plena Marginal Tietê, na Zona Norte de São Paulo, no meio daquele trânsito infernal.

Estou perdido, imaginei. Errei alguma entrada e agora vou ter que sair perguntando como faço para pegar a BR 116, a famosa e perigosa Regis Bittencourt. Foi o que fiz. Em tudo quanto era posto de combustível eu parava para perguntar como faria para chegar a Itapecerica da Serra, que eu já conhecia da aventura anterior. Até que eu consegui sair. Mesmo sendo uma rodovia muito movimentada, foi um alívio quando entrei nela.

Na verdade, eu não me perdi coisa nenhuma! Ocorre que a Via Dutra é uma rodovia de 402 km de extensão, que começa dentro da cidade do Rio de Janeiro e termina na Ponte Presidente Dutra, no Rio Tietê. Aquela era a rota que eu teria que seguir, de qualquer modo. Só assim eu pilotaria em pleno alucinante trânsito de São Paulo, na famosa Marginal Tietê. A Dutra é uma autopista em nível de primeiro mundo. Só não dá para dirigir em baixa velocidade, pois todo mundo tem muita pressa.
 
Na noite anterior, quando fiz o planejamento, achei que o máximo que conseguiria seria dormir em Registro, por causa do tráfego. Mas, felizmente enganei-me, pois conseguir chegar a Curitiba, ao cair da noite, mais de 180 km depois, onde pernoitei sob uma temperatura de 13 graus e muita neblina. De manhã cedo, por causa da forte cerração, eu tive que retardar minha partida por quase uma hora, até que o Sol a dissipasse um pouco.


Aquele 16 de abril foi um dia em que eu só parei para abastecer a moto e para comer ou tomar água. Queria dormir em Caxias do Sul. Quase consegui. Parei em São Marcos, uma pequena cidade que fica localizada na região da Serra Gaúcha, distante 35 km de Caxias do Sul. Foi lá que fiquei sabendo da cassação do então prefeito de Itaituba, Roselito Soares da Silva.

Eu tinha pressa de chegar a Bagé, terra do amigo Leo Resende, onde eu visitaria alguns familiares dele. A essa altura eu já estava mais ou menos decidido que retornaria a partir do extremo Sul do Brasil, abortando o restante da expedição, que previa chegar ao Uruguai, Argentina e Chile. O dever me chamava.

Depois do café da manhã muito bom do Hotel São Marcos eu peguei a estrada, subindo a Serra Gaúcha rumo a Gramado, passando antes por Nova Petrópolis, que fica no caminho e que também é muito bonita. Fazia um frio danado, mas eu me preparei. Aprendi a lição da viagem pela América do Sul.

Gramado é uma cidade que por onde a gente anda dá para fazer fotos para calendários. A marca da colonização européia está por toda parte, nos jardins que pululam pelas casas e pelas ruas e pela arquitetura. Ir a Gramado foi uma das melhores coisas dessa viagem, pois ver na televisão e em fotos dos outros já é bonito, imagine o que é estar lá, para fazer você mesmo as fotos. A única coisa que não foi legal foi ter perdido o GPS que emprestado pelo amigo Iraldo Aguiar.

Terminada a visita por volta de 10:30, tomei o rumo de Bagé, onde daria para dormir, com tranqüilidade. O único problema mais sério que enfrentei foi uma queda de corrente da moto na Serra Gaúcha, o que provocou a quebra de um raio. Deu certo trabalho para tirar a corrente, que ficou presa. Fui a uma oficina de Nova Petrópolis, onde um mecânico muito atencioso resolveu o problema.

Quando cheguei a Novo Hamburgo, fiquei impressionado com o tamanho da cidade, a qual emenda com outras cidades nada pequenas como São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio e Canoas, que fazem parte da grande Porto Alegre. Passei ao largo da capital gaúcha, cruzando uma das pontes do Guaíba, seguindo meu caminho para Bagé.

Jota Parente em Gramado
Cheguei a Bagé um pouco antes das cinco da tarde, hora boa, pois precisava descobrir onde moravam meus anfitriões. Foi um pouco complicado conseguir manter contato telefônico. Já estava um pouco preocupado, mas, falei com o Ricardo, sobrinho do Léo, que me indicou o endereço, direitinho. Era a 35 km da cidade, numa fazenda, onde moram o pai e a mãe dele, o Hélio e Zeli. O Ricardo mora na cidade. Mas, que fazenda. Os detalhes e as fotos do lugar estarão na próxima edição. Lá fiquei por dois dias maravilhosos, dos quais nunca vou esquecer.

Nova geração assume o Cearense

A segunda geração está assumindo o comando da Associação Atlética Cearense. A nova diretoria, empossada dia 16 de novembro, tem como presidente, Moisés Carneiro de Aguiar, filho de um ex-presidente, o saudoso Maurício Portela de Aguiar. O vice-presidente é Marcelo Cajado.


Fazem parte da diretoria, outros jovens, como Valmira de Aguiar, diretora social, Igor Lacerda, diretor de campo, Ane Pantoja Leão, primeira secretáseria. O segundo secretário é Danilo Dias Goes, o terceiro secretário é Antônio Anildo de Aguiar (Barata), a primeira tesoureira é Maria Lúcia Lima Miranda, o segundo tesoureiro é Antônio Evandro Portela da Silva, o terceiro tesoureiro é Sandro Henrique Rodrigues Saraiva, o diretor de esportes é Antônio Sousa Rodrigues (Careca), o diretor de patrimônio é Iamax Prado Custódio Mas, há também pessoas experientes, que já desempenharam funções de diretores do clube em passado recente. Presidente de assembléia geral é o sócio fundador e primeiro presidente, Caetano Magela de Sousa.

O novo presidente disse à reportagem, que inicialmente relutou em aceitar o convite para fazer parte da chapa, em virtude dos seus afazares. Entretanto, em nome da história da Associação Atlética Cearense decidiu aceitar. Ele ressalta que se trata de um grupo de pessoas dispostas a fazer um trabalho que possa sacudir o clube.

A nova diretoria, segundo o presidente, tem como maior desafio levar os sócios de volta ao clube, independente de mensalidades, num primeiro momento. É fazer com que esses sócios afastados voltem a frequentar as dependências, criando atrativos para que eles se sintam motivados a retornar ao convívio dessa associação.

Já está sendo trabalhando o planejamento para o ano inteiro de 2011, em duas frentes, sendo uma na parte esportiva, sob a responsabilidade dos diretores Careca e Igor, que deve incluir a realização de diversas competições, tanto internas, como eventos que envolvam a comunidade externa. A outra destina-se à parte social, que de cara já inclui a realização de um baile do Reveillon 2010, que foi uma das tradições do clube no passado. Uma novidade do Reivellon deste é que o mesmo será à borda da piscina.

Uma tradição que se manteve ao longo dos anos, mesmo nos momentos mais difíceis, o Baile do Hawai, já tem data marcada. Será no dia 5 de fevereiro de 2011. A banda ainda vai ser contratada. Além desse baile, é possível que sejam realizados outros bailes de carnaval, dependendo das conversações com a coordenação do Renovai, que segundo Moisés, já externou seu interesse de voltar a acontecer no clube, de onde saiu ano passado depois de muitos anos.

“Nós resolvemos buscar o equilíbrio para nossa diretoria. Temos muitos jovens, imbuídos dos melhores propósitos de dar uma nova dinâmica ao clube, mas, temos também, a experiência de pessoas como Caetano Magela, Sitônio, Suíra, Lucinha, Luis Gomes e Careca, que tenho certeza, estarão sempre prontos a nos mostrar o melhor caminho através da experiência que eles adquiraram ao longo da vida e como diretores do clube por tanto tempo. A gente tem muitas idéias novas que desejamos implementar. Porém, muitas vezes, é preciso que a experiência oriente esse ímpeto da juventude”, disse o novo presidente do Cearense.

Uma das propostas dessa nova diretoria é fazer uma reforma no estatuto do clube. Caetano Magela, presidente de assembléia geral assumiu o compromisso de tomar frente dessa questão. Há consenso entre a maioria, que é preciso modificar o estatuto, para torná-lo atual, coisa dará a essa e às outras diretorias que a sucederem, condições de dinamizar a administração.

É pensamento dessa diretoria, viabilizar meios para fazer uma grande reforma nas dependências do clube, ciente de que isso custará muito caro. Conforme palavras do novo presidente, isso já está sendo estudado, focando na possibilidade de conseguir algum tipo de participação do governo federal através de convênio com algum ministério.

Qualquer medida nesse sentido será discutida com os sócios.

Perfil do Empresário - Inácio Ferreira Gomes

Inácio Ferreira Gomes, proprietário da Drogaria Transamazônica é o destaque do Perfil do Empresário desta edição. Ele é casado com a senhora Antônia, com quem tem três filhos. Nasceu no dia 19 de outubro de 1960, na cidade de Santarém. Filho de João Batista Gomes, já falecido, e Maria Ferreira Gomes, que geraram uma prole de dez filhos, dos quais sete estão vivos.


A família de Inácio deixou a cidade de Frecheirinha, no Ceará, no ano de 1958, vindo para Santarém, por causa da grande seca daquele ano. Aos seis anos de idade, lembra ele, já começou a acompanhar seu João Batista para o Comercial Circo Lorama, cuja origem do nome inusitado ele não faz a menor idéia. Nem imagina onde o pai foi buscar tal nome. Ficava na entrada do mercado do peixe, no Mercado Modelo, em santarém. Não se tratava de um trabalho propriamente dito, pois se limitava a limpar alguns produtos. Era mais uma vontade de acompanhar o pai na lida diária.

“Naquele tempo era comum para muitos comerciantes, vender 900 gramas por um quilo. Era difícil ser aferido o pesos das balanças pelo governo. Mas, meu pai, homem de princípios rígidos, não admitia coisas desse tipo. Ele criou um slogam para não perder clientes, pois tinha gente que comprava em outros lugares, por ser um pouco mais barato, sem levar em conta que estava levando uma quantidade menor do produto. Circo Lorama, no preço ninguém se engana e o peso são mil gramas, dizia ele.

Nos estudos, eu ia muito bem, sendo um dos melhores alunos da turma no que hoje a gente conhece como ensino fundamental. Porém, quando passei para a sexta série, fui estudar de noite. Aí, comecei a beber cachaça. Já pensou o que é estudar, depois de beber uma ou duas doses de pinga? O resultado disso foi que eu passei quatro anos da sexta série.

Em 1979 eu decidi que queria servir ao Exército aqui em Itaituba. Ralei muito estudando, na esperança de chegar ao posto de cabo ou sargento. Mas, minhas esperanças terminaram no dia em que um sargento de nome Washington me disse que eu não servia nem para ser soldado, que dirá, cabo ou sargento. Tudo isso por causa da minha falta de estudo.

Quando eu saí do quartel, voltei para Santarém, disposto a voltar a estudar. Caminhou tudo muito bem até o final do ano. Eu estava praticamente aprovado, mas um erro da professora, que não foi só comigo complicou a nota final e então eu resolvi largar os estudos na sexta série. Agora há pouco, aqui em Itaituba, surgiu uma oportunidade de concluir o segundo grau em dez meses. Desta vez eu encarei e terminei, tendo prestado vestibular para o curso de Administração, o qual estou cursando o terceiro semestre, determinado a ir até o fim do mesmo.
 
Voltando ao comércio de papai, lá no mercado de Santarém, a partir dos oito anos eu comecei a trabalhar de fato com ele, tendo ficado por treze anos naquela atividade, contando o tempo em que eu vim servir Exército, aqui. Isso durou até 1984. A gente às quatro horas da manhã e só fechava no final da tarde. Era muito puxado. Dois anos depois, meu pai resolveu acabar com o comércio, passando a mexer com o ramo de farmácia, junto com um irmão meu.


A vinda para Itaituba - Alguns parentes viviam me dizendo que eu deveria vir para Itaituba. Primeiro, porque o comércio do papai não daria para resolver o problema de todos os filhos, segundo, porque Itaituba era um lugar bom para ganhar dinheiro. Entre esse pessoal, um tio meu, Valderi, da Casa das Tintas, vivia dizendo isso. Eu vim e comecei a trabalhar na Droga Nova, do Valderi e do Raimundinho, que atualmente é o gerente da Casa das Tintas. Ficava em frente ao Samuca na Rua Hugo de Mendonça. Ele disse que era para eu aprender a trabalhar em farmácia. Com nove meses o Valderi me deu uma farmácia para eu tomar de conta,em sociedade (eu ficava com dez por cento do lucro) a Droga Júnior, na Travessa Victor Campos, em frente à Farmácia Itaituba.

Isso durou seis anos. Em 1990, o Valderi, que era dono da drogaria onde agora estou, decidiu investir no ramo de material de construção, abrindo a Casa das Tintas. Ele me chamou para ser sócio dele na farmácia e desde então eu estou aqui. Aa partir dali a sociedade já passou a ser meio a meio. Já se foram vinte anos, desde que eu troquei a Droga Júnior pela Drogaria Transamazônica.
 
Um concorrente muito especial - Inácio lembra de um concorrente que teve no começo de sua vida de comerciante, quando se mudou para a Travessa Victor Campos. Trata-se de Joaquim Carlos Lima, então dono da Farmácia Itaituba, na época conhecido como Joaquim da Farmácia.


“Eu nunca vi, concorrente nenhum fazer o que o seu Joaquim fez comigo. Pois ele pegava clientes bons, daqueles que vinham do garimpo e compravam muito, e levava para a minha farmácia, quando ele não tinha um determinado medicamento. chegava lá e dizia: Inácio, eu tenho este cliente aqui, e está faltando este remédio.

Cansei de vender muitos medicamento desse jeito. E ele ia pessoalmente até a minha farmácia levar o cliente dele, sem receio de perder. Eu serei sempre grato a ele pelo que fez por mim. Concorrente desse jeito a gente não encontra em lugar nenhum. Hoje, seu Joaquim visita minha farmácia de vez em quando, e continuamos amigos.

Por que Paulão? - Eu jogava em um time que disputava um campeonato de futsal no Comercial Atlético Cearense, em Santarém, no ano de 1982. Nosso time não tinha mais condições de chegar ao título. O último jogo para cumprir tabela era contra o Guará, que tinham vários jogadores muito conhecidos, como Pedro, que jogou aqui em Itaituba. Se o Guará vencesse, seria campeão. No caso de vitória da nossa equipe, o que parecia quase impossivel, o Criquete ficaria com o título.

A turma do nosso time, doida para tomar uma gelada de graça, estava disposta a conversar. Eu procurei o finado Cauby, presidente do Guará, ao qual propus um jogo de compadres, no qual a gente perdesse de pouco. Em troca, ele daria uma meia grande de cerveja. Como resposta ele me disse que o time dele ganharia de 15 ou 20, de quanto pudesse. Falou que não tinha acordo nenhum. Eu saí de lá muito zangado com a reação dele.

Então, resolvemos armar para cima deles. Procurei o pessoal do outro time, que aceitou nossa proposta. A gente avisou para todo mundo que não iríamos à quadra, perdendo por WxO. A conversa espalhou no Mercado Modelo, ficando todo mundo certo de que não haveria jogo. Menos o pessoal do Criquete, que levou charanga e tudo para a quadra.

Chegou a hora do jogo. Nosso time completo e o Guará com apenas alguns reservas para ganhar por WxO. E nós cobramos da diretoria do Comer cial, que fosse cumprido o regulamento, dando apenas os 15 minutos de tolerância. Assim foi feito. Quando entramos em quadra, os reservas do Guará correram e se vestiram com apenas quatro jogadores. Terminou o primeiro tempo com o placar de 5x0 para nós.

A diretoria do Guará saiu deseperada buscando jogadores titulares em suas casas. Ainda conseguiu juntar o time principal, que foi entrando no começo do segundo tempo, mas, não deu para eles tirarem o prejuízo. Ganhamos por 7x5 e eu fiz o sete gols do nosso time. A torcida começou a me chamar de Paulo Rossi, porque fazia pouco tempo que a Itália tinha tirado o

Brasil da Copa do Mundo da Espanha, com três gols de Paulo Rossi. A partir dali, uns me chamavam de Paulo Rossi, outros, de Paulo, que foi o que terminou ficando. Hoje em dia, quando chegou a Santarém, quase todo mundo me chama de Paulo. Até minha mãe, de vez em quando me chama por esse nome. Aqui em Itaituba, porque da empresa, a maioria me chama de Inácio, mas, muitos preferem Paulão.

Gosto de Itaituba - Metade de minha vida vivi em Santarém e a outra metade tenho vivido aqui (acaba de completar 50 anos). Quando vim para cá, demorei um pouco a me adaptar. Entretanto, hoje em dia, quando tenho que viajar, seja para Santarém, ou para outros lugares, ficando contando as horas de voltar para Itaituba. Eu gosto demais desta cidade. Aqui eu construi meu patrimônio, junto com minha mulher e meus filhos e, cada vez que eu vejo uma notícia de violência das grandes cidades eu me enraizo mais aqui. Já temos alguma violência, mas nada comparado com o que acontece lá fora.

A política - Até hoje eu tenho apenas observado, mas, apesar de já ter sido cogitado algumas vezes para ser candidato a algum cargo político, ainda não tomei a iniciativa. Todavia, essa é uma possibilidade na qual eu penso, sinceramente. Eu não descarto, de forma alguma, a hipótese de vir a me candidatar a algum cargo público. Primeiramente, estou estudando, para não correr o risco de passar vexame igual ao do Tiririca. Depois que concluir meu curso vou pensar no assunto com cuidado. Não é a curto prazo.

Penso em ser candidato a vereador, ou quem sabe, a vice, na chapa de algum candidato a prefeito. Como digo a alguns amigos, brincando, candidato a vice é melhor, porque gasta pouco. Mas, falando sério, Itaituba já me deu muito. Penso que devo dar algo mais de mim, para ajudar a desenvolver este município que a gente tanto ama”.
 
***Na edição 115 do Jornal do Comércio que está circulando a partir de hoje.

Jotan vai entrar no serviço aeromédico

O comandante Luis Feltrin, dono da Jotan Táxi Aéreo, vai homologar e montar o serviço de transporte aeromédico em sua empresa. Para isso, ele vai comprar um Cessna 414 e já está organizando os documentos junto às autoridades competentes. É o que afirma reportagem publicada na revista Voar na Amazônia.

Luis disse que quer atender aos garimpos, assim como a toda esta região que engloba os municípios mais próximos de Itaituba, por entender que a falta de hospitais que atendam a casos de alta complexidade pode ser resolvida com o transporte de pacientes mais graves para unidades de Santarém, Manaus ou Belém.

“A gente é pequeno, mas, sonha grande. Tenho amigos que já trabalham com UTIs em aeronavesa, os quais estão me ajudando. Estou me preparando para ir aos Estados Unidos, de onde devo trazer a nova aeronave”, disse Luis Feltrin para a revista.

Filha - Mas, se Feltrin está interessado em ampliar seus negócios, isso muito se deve à presença da filha Jéssica Andrade Feltrin, 22 anos, sua sócia na empresa, que o tem impulsionado a voos mais altos. Jéssica, que se forma em direito, em dezembro deste ano, é uma hábil administradora, mesmo com toda sua juventude. Ela quer, também, se especializar em Direito Aeronáutico, para dominar a legislação da área e se transformar em uma consultora de padrão internacional.

A reportagem aborda ainda alguns da vida do mandante Feltrin, como o acidente que ele sofreu no dia 13 de julho de 1989, quando avião que ele pilotava caiu floresta adentro, pouco depois da decolagem, explodindo intantes depois. Luis conta que só deu tempo de tirar o cinto e sair. A explosão aconteceu uns dois minutos depois que ele deixou a aeronave. O susto foi tão grande que ele disse que perdeu a fala por alguns momentos. Foi resgatado que entraram no mato para socorrê-lo.
 
*** Matéria do Jornal do Comércio, que está circulando.

Curso de Administração da FAT foi reconhecido pelo MEC

Depois de ter sido recredenciada há poucos dias pelo Minstério de Educação, após passar por rigorosa avaliação “in loco”, a FAT acaba de receber mais uma excelente notícia, tanto para a instituição, quanto para os administradores de empresa formados por ela, e para os que estão estudando: o curso de Administração foi reconhecido.


Após esse esse reconhecimento pelo MEC, resta apenas a publicação do ato no Diário Oficial da União. A partir do momento que isso acontecer, a FAT já poderá registrar na Universidade Federal do Pará, os diplomas dos que se formaram e dos que vão se formar, de acordo com determinação do Conselho Nacional de Educação.

Concluída essa árdua jornada, a Faculdade do Tapajós prepara-se para iniciar o processo de reconhecimento do curso de Ciências Contábeis, segundo informou o diretor superintendente, professor Jadir Fank.

Investimentos - Mais de R$ 100 mil reais foram investidos nos últimos três mesesa, na compra de cadeiras estofadas para as salas de aula, 1.500 novos livros e aanovos computadoresa para o laboratório de informática. Também foram feitos investimentos na melhoria das instalações físicas.

Vestibular - Está confirmado para o dia 19 de dezembro o vestibular da FAT para os cursos de Administração de Empresas e Ciências Contábeis. A taxa de inscrição será de apenas R$ 20,00, mais um quilo de alimento não perecível para a campanha Natal Sem Fome, liderado pelo Jovem Sonhador e apoiado pela Faculdade do Tapajós.

Em 2011 o curso de Administração de Empresas terá aulas também pela parte da manhã e mensalidade a partir de aR$ 245,00. Aalém disso, também serão oferecidos descontos para os que pagarem em dia. Conforme informou o diretor Jadir Fank, no segundo semestre do próximo ano a FAT já estará oferecendo novos cursos, os quais serão anunciados oportuninamente.

***Matéria do Jornal do Comércio que está circulando.

Área mecanizada do aeroporto deverá ter melhor produtividade

A próxima safra a ser colhida pelos agricultores que trabalham na área do aeroporto de Itaituba deverá ser bem maior que todas as outras anteriores, pelo fato da terra ter sido mecanizada em sua maior parte. Trinta e cinco das quarenta e nove famílias autorizadas a trabalhar pela Infraero foram beneficiadas nessa primeira etapa do trabalho de mecanização, as quais já plantaram, ou estão plantando, principalmente feijão. As outras quatorze optaram pela mecanização somente no mês de março, quando irão plantar.


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Antônio Carlos Abreu da Silva, em conversa com a reportagem do Jornal do Comércioa, disse que esse trabalho, que terá como resultado, o aumento da renda dessas famílias que praticam agricultura familiar e a consequente melhora da qualidade de vida das mesmas.

Antônio Carlos informou que se trata de um trabalho feito em conjunto, pela Associação dos Agricultores da área, que pagou o combustível usado, pelo STTR, que é o responsável pela administração de todo o serviço, pelo Fórum da BR 163, que cedeu um trator novo, que foi inaugurado nessa mecanização, pela direção das 14 comunidades, que cedeu o outro trator que foi u sado e pela Prefeitura Municipal de Itaituba, que pagou a remuneração dos tratoristas que trabalharam lá.

São mais ou menos a vinte hectares que irão produzir gêneros alimentícios, sobretudo feijão, que serão colocados no mercado local. Como consequência direta desse processo de mecanização, haverá um aumento da produção, em relação às safras colhidas antes disso acontecer.

Esse terreno onde essas quarenta e nove famílias praticam agricultura familiar foi muito de muitos problemas em anos passados, pois não havia autorização para que as pessoas pudessem trabalhar. Mesmo assim, muitos faziam suas roças, por não terem outro lugar de onde fosse possível tirar o sustento de suas famílias. Um dos maiores problemasa eram as queimadas, que colocavam a operação de pousos e decolagens em perigo.

Já faz algum tempo que a Infraero entendeu que seria possível conceder autorização para essas pessoas trabalharem sem prejuízo nenhuma para o funcionamento do aeroporto, podendo esses agricultores serem autênticos aliados, na medida em que com seu trabalho fazem com que o terreno esteja sempre limpo, como está agora.

*** Matéria que está na edição do Jornal do Comércio, que está circulando desde hoje à tarde.

Santarém implantará a primeira unidade de Saúde da Família Fluvial do Brasil

No próximo dia 07, O Prefeito em exercício José Antônio estará recebendo em Santarém a diretora do departamento da atenção básica no ministério da saúde, Claunara Schiling Mendonça. A visita da Diretora se dará por conta da implantação da Unidade de Saúde da Família Fluvial – USFF, projeto piloto no Brasil.

O evento será realizado às 17h na Unidade Móvel de Saúde – UMS ABARÉ que estará ancorada no Terminal Fluvial Turístico na orla da cidade. Na oportunidade também estarão presentes os representantes dos municípios de Belterra e Aveiro, que também estarão inclusos no projeto.


Tadeu Pinho
Assessoria de Comunicação – SEMSA (Santarem)