sábado, outubro 16, 2010

Valmir fala ao JC, de eleição e de sua administração

Terminado o primeiro turno da eleição, definidos os eleitos para a Assembléia Legislativa e para a Câmara Federal, a reportagem do Jornal do Comércio procurou o prefeito Valmir Climaco para que o mesmo fizesse um balanço do que o resultado do pleito representa para Itaituba. Por quase uma hora, Valmir falou de política, e dos cinco meses de seu governo.



JC – Terminada a eleição, que balanço o senhor faz do pleito?


Valmir – Eu considero que foi positivo, pois em apenas cinco meses de governo, nós conseguimos fazer com que o nosso candidato fosse muito bem votado, conseguindo mais de doze mil votos. É verdade que ele não se elegeu, pois precisaria ter conseguido uma votação muito maior, principalmente fora de Itaituba, coisa que não aconteceu. Não conseguimos os mesmos resultados para o nosso candidato ao governo do Estado, Domingos Juvenil, porque a imprensa divulgou seguidos resultados de pesquisas que davam ele com oito por cento, um pouco mais, um pouco menos e ninguém gosta de votar em candidato que já é tido como derrotado bem antes. Mesmo assim, ele ainda tirou mais de 14% dos votos, aqui, marca melhor do que obteve na média do Estado. Ajudamos a eleger o deputado federal José Priante com uma boa votação e o candidato ao senado Jader Barbalho foi bem votado.


JC – A política em Itaituba tem estado polarizada entre o senhor e o ex-prefeito Roselito Soares, que entrou no páreo em cima da hora. Como o senhor viu a participação dele nessa eleição?


Valmir – Com certeza, atrapalhou muito os outros candidatos daqui. Acho que foi muito ruim, porque ele sabia que os votos dele não seriam aproveitados, mas atrapalhou a todos. Para quem teve cinco anos de mandato como ele teve, deixando alguma coisa feita, não foi uma votação tão expressiva. Considero que ele agiu como uma pessoa que não tem responsabilidade com o município, pois entrou somente para atrapalhar os outros candidatos.


JC – Nesse embate entre o senhor e Roselilto, o senhor considera que a resposta da população foi positiva para o seu lado?


Valmir – Considero, sim. Repito que o nosso candidato teve mais de doze mil votos no nosso município, enquanto Roselito não chegou a esse número e Hilton Aguiar, que se elegeu, teve somente quatro mil votos em Itaituba. Transferir votos é uma coisa difícil. Veja que o Lula tem 80% de aprovação, mas, só conseguiu fazer com que a Dilma tivesse 47% dos votos.


JC – No início desse processo eleitoral o senhor deixou a maioria das pessoas que fazem parte de seu grupo político, à vontade para seguir o candidato que quisessem, desde que fossem do seu lado. O senhor considera que esse foi um erro seu?


Valmir – Eu admito que eu errei. Eu deveria ter chamado os presidentes dos partidos que nos acompanharam na eleição para prefeito, os secretários do meu governo, presidente do meu partido e vereadores que me acompanham, para que a gente caminhasse junto, todos empunhando a mesma bandeira. Não posso deixar de reconhecer que isso se deveu à demora para a definição do candidato a deputado estadual pelo nosso partido. Quando isso aconteceu, algumas pessoas, como o vereador Peninha, o Eduardo Azevedo, já tinham assumido compromisso com outra candidatura. E eu não teria como tentar mudar isso na marra. Mas, não vou tentar esconder esse erro, pois ele existiu de fato.


JC – O vereador Hilton Aguiar teve mais de cinco mil votos em Santarém, e pouco mais de quatro mil aqui. Entretanto, seu domicílio eleitoral é em Itaituba. Como está sua relação com o mesmo, e como acha que vai ser o relacionamento quando ele estiver na Assembléia Legislativa?


Valmir – Eu sempre tive um bom relacionamento com o Hilton. Durante esses cinco meses do meu governo a gente não teve nenhum tipo de problema. O que eu espero dele, como deputado, é que cobre o governo do Estado e que ajude o município. Eu garanto que as verbas das emendas que ele conseguir para Itaituba, serão bem aplicadas. Depois que ele foi eleito, nós já almoçamos juntos, quando o parabenizei pela vitória. Ele, enquanto deputado, e eu, como prefeito, temos que entender que é nossa obrigação trabalhar pelo município. Nunca tive nenhum tipo de diferença com ele. Portanto, tenho certeza que teremos uma boa relação.


Cinco meses de mandato – JC – Passados cinco meses de sua posse, o senhor acha que o que tem feito, está dentro da expectativa?


Valmir - Nesses cinco meses nós já fizemos quase oito km de asfalto, tem material pago para fazer mais cinco km, enquanto nos mais de cinco anos do governo passado , foram feitos 1.950 metros, que mandei medir. Já coloquei na garagem da Prefeitura dezessete equipamentos, conseguimos fazer mais de mil km de vicinais recuperadas, a Transgarimpeira está, hoje, um tapete, de ponta a ponta, numa parceria Prefeitura-Governo do Estado, sendo que 105 km foram feitos cem por cento com recursos próprios do município e 90 km através de um convênio com o governo do Estado. Esses 105 km foram feitos pela empresa do Ivan D’Almeida, já estando tudo pago. A Prefeitura não deve um centavo desse serviço.


Hoje, a Prefeitura está com os pagamentos dos fornecedores em dia. Desafio um fornecedor para provar que a Prefeitura deve alguma coisa a ele. Estou falando dos meus cinco meses de governo, porque a administração passada deixou um débito de mais R$ 3 milhões, mas não deixou nenhum centavo em conta. Se deixaram os empenhos, mas, não deixaram o dinheiro, esse empenho não tem valor, segundo os advogados da Prefeitura. Então, essas contas, quem vai decidir como vai ser feito é a Justiça. Eu quero que fique registrado nesta entrevista, que eu estou afirmando, que quando eu deixar o governo, não quero deixar um tostão de débito para a Prefeitura. Tem comerciante aí, que quebrou porque não recebeu sua conta do governo passado. E nesse meio tem gente que continua aliada ao ex-prefeito, fazendo campanha para ele e falando mal do atual governo. Quero dizer a essas pessoas, que não foi no meu governo que eles quebraram.


Somente em um colégio que está sendo recuperado em Miritituba, nós estamos gastando R$ 2 milhões, dos quais nós já repassamos para a construtora, R$ 1,5 milhão. A UPA (Unidade de Pronto Atendimento), o dinheiro iria voltar. Mas, nós já compramos o terreno, pagamos, já entramos com a outra parte do projeto e o trabalho de construção da mesma vai andar.


O nosso governo está trabalhando para melhorar a qualidade da merenda escolar. Para se ter uma idéia, atualmente a empresa que fornece carne de boi para a merenda escolar, recebe R$ 13,00 pelo quilo da carne. Nós vamos passar a comprar diretamente do produtor, a R$ 4,00 o quilo, a partir de dezembro. Vai haver mais merenda para os alunos.


Vejamos outro caso: a obra da Escola José Anchieta, da 34ª Rua, está orçada em R$ 1,8 milhão, coisa que daria para fazer com R$ 1,2 milhão, no máximo. Entretanto, se eu quisesse anular a licitação feita no governo passado, quem seria mais prejudicado seriam os alunos e os professores de lá, pois isso levaria tempo, até que a Justiça decidisse. Por isso, eu decidi tocar a obra.


JC – Como anda o projeto de urbanização da 34ª Rua, aquela que passa na Escola José Anchieta?


Valmir - O projeto está pronto, o asfalto já está comprado e a gente já está fazendo a terraplenagem. Não é um projeto qualquer. Trata-se de uma rua cuja parte que será urbanizada tem 1.487 metros. Teremos duas mãos, com um canteiro no centro, iluminação. Vai ser uma grande avenida, a mais bonita de Itaituba. Embora não seja fácil marcar uma data, eu creio que dentro de no máximo noventa dias a gente vai fazer a inauguração.


Secretaria de Saúde – JC – Que providências foram tomadas por sua administração, a respeito do resultado do trabalho da Comissão de Sindicância para apurar denúncias de irregularidades na Secretaria de Saúde?


Valmir – Mandei apurar tudo e encaminhei à Procuraria Geral do Município, que agora, depois dessa campanha política, que tomou muito o tempo da gente, deverá me mandar o parecer. Se tiver culpados, esses pagarão pelos erros cometidos.


Uma coisa que eu gostaria de destacar, é que para a Secretaria de Saúde atender a tudo que precisa, é necessário que a Prefeitura coloque dinheiro do FPM, do ICMS e da arrecadação própria. Se não for assim, o funcionamento é sempre muito deficiente. Nesses poucos meses de governo nós já resolvemos muitas coisas, no Hospital Municipal, por exemplo. A gente recebe dinheiro insuficiente para a Saúde, enquanto a demanda é muito grande.


O Hospital Municipal, hoje, faz muitos tipos de exame, a gente tem remédio para dar àquelas pessoas que precisam. A mamografia está funcionando, mesmo custando muito caro a sua manutenção. Isso foi conseguido no nosso governo. Quando assumimos a Prefeitura, havia um monte de coisas na saúde que não funcionava.


Logo que nós assumimos, enfrentamos uma greve dos médicos. Tivemos diversos outros problemas com referência ao Hospital Municipal, que atende a população de Itaituba e de municípios vizinhos. A gente precisaria do dobro de médicos para dar conta cem por cento da demanda. Então, não é fácil fazer a saúde funcionar como deve.


JC – Seu governo será intransigente quanto a servidores que não cumpram com seus deveres?


Valmir – Nesses cinco meses de governo já houve operador de máquina que foi parar na cadeia, porque estava roubando óleo diesel, já foi demitido servidor público concursado, que estava fazendo coisas erradas. Quem errar, vai pagar por isso.


JC – O senhor considera a Imprensa sua aliada, na medida em que faz denúncias de cosas erradas que o senhor possa não ter conhecimento, ou o que senhor pensa dos veículos que dão notícias que desagradam ao governo?


Valmir – A Imprensa é o quarto poder. Vejamos o caso do Jornal do Comércio. Esse jornal me ajudou a encontrar algumas irregularidades que eu pude consertar. Por esse exemplo, você vê que eu não tenho, nem pretendo ter um relacionamento de conflito com a Imprensa, nem com sindicatos. Quer outro exemplo? Eu dei a folha de pagamento para o presidente, do SIMSERMI, porque o mesmo denunciou que havia muitos marajás na Garagem. Eu pedi para eles localizarem, mas, até agora não me apontaram nenhum nome. É dessa forma que eu quero governar.


A folha também foi entregue à coordenação do SINTEPP, que detectou diversos problemas, tendo encaminhado ofício ao prefeito, pedindo que o mesmo tome providências.

quinta-feira, outubro 14, 2010

Ou constrói, ou a grana vai voltar

Caso a obra da creche do km 5 não seja feita, o recurso do convênio com o governo federal retornará para os cofres da União.

É bom que o prefeito Valmir Climaco seja alertado, que caso a verba não tenha sido utilizada até o dia 24 de dezembro deste ano, nessa data ela se tornará indisponível. No dia 26 de dezembro ela retornará ao erário do governo federal.

Só a pedra fundamental

Houve uma grande festa, promovida pela Prefeitura, com a presença de muitas autoridades, para o lançamento da pedra fundamental da creche do km 5.

A licitação foi feita e a empresa vencedora, a Construtora Capaituã, até hoje não deu início aos trabalhos.

O dinheiro para tocar a obra, R$ 700 mil, está na conta da Prefeitura.;  Nesse caso, o que estaria faltando para que a obra comece?

Mais de 200 mil

O prejuízo causado pelos vândalos que destruiram réguas e outros itens da empresa Peticon, em Pimental, passam dos 200 mil reais, segundo falou o delegado de polícia José Bezerra, em um dos telejornais da cidade.

Os vândalos que promeveu o quebra quebra empreenderam fuga do local, com ajuda de gente de fora da comunidade. Mas, arrumaram confusão à perder de vista, pois as réguas que foram destruídas são protegidas por lei federal.

Jader libera PMDB e Asdrubal Bentes adere à candidatura de Jatene

Três dos quatro deputados federais (Wladimir Costa, José Priante e Asdrubal Bentes), seis dos oito deputados estaduais (Antonio Rocha, Josefina Carmo, Simone Morgado, Parsifal Pontes, Martinho Carmona e Macarrão) e pelo menos 30 dos 42 prefeitos do PMDB no Estado já anunciaram apoio à candidatura de Simão Jatene (PSDB) ao governo do Pará, na disputa em segundo turno contra a atual governadora Ana Júlia Carepa (PT).



No PMDB, consolida-se cada vez mais a tendência de que o principal líder do PMDB no estado, deputado federal Jader Barbalho não fará nenhuma adesão formal a quaisquer dos candidatos na disputa, liberando seus comandados.


Da cúpula do PMDB paraense, apenas o candidato derrotado ao governo, deputado Domingos Juvenil, e a família Barbalho - os deputados Jader e Elcione e o prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho - continuam indefinidos na disputa eleitoral que decidirá os destinos do Pará pelos próximos quatro anos. Mas, antecipadamente, sabe-se que quatro quintos do PMDB no Estado já estão incorporados à campanha de Jatene.

Fonte: Ronaldo Brasiliense (O Paraense )

Pelo jeito, não há dúvidas para onde está indo o PMDB que tem votos



                                                        As fotos, tiradas do blog do Bacana, mostram claramente para onde está indo o lado do PMDVB que tem votos. Está quase todo mundo abraçando a candidatura de Jatene no segundo turno.
 E nem está aí a foto do deputado federal eleito, José Priante, que pelo que se sabe, também não quer conversa com Ana Júlia.

Chegando

No primeiro turno, Dilma mal conseguia ver Serra pelo retrovisor. Agora, a imagem do oponente encheu o retrovisor e ela se preocupa porque ele ameça sua posição.

É isso que diz a pesquisa CNT.

Pesquisa do Instituto Sensus encomendada pela CNT aponta liderança da candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, com 52,3%. O tucano José Serra, por sua vez, registra 47,7% da preferência do eleitorado considerando os votos válidos.



Na pesquisa estimulada, quando são medidos os votos totais, a pesquisa registra, no entanto, empate técnico entre os dois presidenciáveis, com Dilma computando 46,8% e Serra, 42,7%. Nesta situação, votos brancos e nulos chegam a 4,0%. Eleitores indecisos atingem o patamar de 6,6%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.


O levantamento CNT/Sensus foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 35560/2010.(Portal Terra)