quarta-feira, julho 14, 2010

JC circula amanhã cedinho

A 106ª edição do Jornal do Comércio vai circular amanhã bem cedo. Eis alguns destaques.

01 - Fernando Soares vai morar em Aveiro. Ele quer ser candidato a prefeito em 2012

02 - Ministério Público Federal pediu impugnação da candidatura de Roselito Soares

03 - Em entrevista, Hilton Aguiar diz que está otimista com a eleição

04 - A Expedição, tintim por tintim, último capítulo

05 - Causas do acidente da Itacimpasa devem ser conhecidas em 30 dias

A volta de moto pela América do Sul - A Expedição, tintim por titim - capítulo 30


Vou tentar resumir neste espaço, o que foi a Expedição Itaituba-Amazônia, realizada a partir de 7 de outubro de 2008, por mim e pelo Jadir. Não vai ser uma tarefa fácil, uma vez que foram 54 dias de jornada, que foi contada nos 29 capítulos anteriores, nas páginas do Jornal do Comércio. Farei o resumo, país por país.


Venezuela – Já naquele momento que cruzamos o país visinho, de Sul a Norte e de Leste a Oeste, a militarização era visível. Enormes placas espalhadas por diversas regiões mostravam o exibicionismo do presidente Hugo Chaves, fazendo propaganda de sua Revolução Bolivariana. Mas, a Venezuela é muito mais do que isso. É um país que tem uma Natureza belíssima, a começar pela Grande Savana. É a terra do libertador Simon Bolivar, em cuja casa nós estivemos. Mas, creio que a coisa que mais nos impressionou foi a loucura do trânsito na capital Caracas. Não vimos nada parecido nas várias dezenas de cidades pelas quais passamos. As rodovias venezuelanas, invariavelmente, estavam em ótimas condições.


Colômbia – Belas paisagens, primeiro contato com o frio, pois foi lá que a gente começou a enfrentar as agruras de subir a Cordilheira dos Andes, rodovias excelentes, muitas histórias a respeito das FARC, tendo passado inclusive, perto de onde aconteceu uma das maiores batalhas entre as forças militares do governo e a guerrilha. Visitam a antiga fortaleza de Pablo Escobar, passamos por regiões que foram grandes produtoras de cocaína nos tempos do mega narcotraficante morto pelo exército colombiano, as quais se mudaram por causa do forte combate das autoridades. Mas, a coisa que mais nos impressionou foi a hospitalidade do povo colombiano. Ficou evidente a admiração que aquela gente tem pelo povo brasileiro. Por duas vezes fomos liberados de barreiras, uma por agentes de trânsito em Medelin, outra pelo exército, na Rodovia Panamericana. É do Brasil? Podem passar, disseram.


Equador – País pequeno, no qual demoramos pouco. Nem por isso deixamos de observar suas peculiaridades. Frio, muito frio, foi a tônica de nossa passagem pela sempre elevada altitude do centro do país. Somente quando nos aproximamos da fronteira com o Peru, por onde a gente teria que passar pela aduana, foi que despencou a altitude para alguns metros acima do nível do mar. Isso aconteceu porque naquela região a distância para o mar é de apenas trinta quilômetros. Algumas das fotos mais bonitas que fizemos, verdadeiros cenários de calendários, foram tiradas no Equador. Um costume que chamou nossa atenção foi o fato do povo equatoriano não tomar o nosso café da manhã com pão, acompanhado de mais alguns ingredientes, de acordo com o poder aquisitivo de cada um de nós. Lá, o povão faz a primeira refeição comendo um tipo de panelada que leva um monte de coisas. Aquele caldo fumegante é servido, degustado com muita satisfação por eles. A mim, chegava a repugnar, mas, cada um com os seus costumes.


Peru – Como é extenso o território peruano. São quase dois mil quilômetros em linha reta, de Norte a Sul. Com as curvas da estrada, isso sobe para muito mais. Por um erro de estratégia fomos parar em Ayacucho, a 350 quilômetros da costa. De lá pretendíamos ir para Cusco, mas, embora isso fosse possível, pois existe uma estrada, a mesma é muito sinuosa e de terra, com uma piçarra muito fina que a torna ainda mais perigosa. Tivemos que voltar para Pisco, na costa. Mas, valeu, porque a gente conheceu o lugar onde nasceu a sanguinária guerrilha Sendero Luminoso, fundado naquela cidade, na Universidade San Cristóbal, a qual provocou tanta instabilidade no Peru, nos anos 70 e 80. Naquele país andino, na rodovia para Ayacucho, nós enfrentamos as maiores altitudes de toda a viagem, chegando aos 4.746 metros acima do nível do mar, em Abra Apacheta. As motos mal funcionavam e a gente quase não suportou o frio. Também pudemos manter contato com populações nativas, que nos receberam sempre com muita alegria. É um país de muita desigualdade social, coisa que nós aqui também conhecemos muito bem. Áreas imensas de deserto fazer parte da paisagem, por onde quer que a gente ande às proximidades da costa.


Bolívia – Entramos pelo Sul do Peru, tendo o lago mais elevado da terra, o Titicaca como companhia. A pobreza no país a gente começa a observar a partir da aduana na fronteira com o país vizinho do qual a gente acabara de sair. Nem todas são assim. Mas, aquela estava caindo aos pedaços. Dormimos em La Paz, a 3.640 metros de altitude. Nem precisa falar do frio. É uma cidade muito comprida, situada num vale em plena Cordilheira dos Andes. Foi breve nossa estada no país de Evo Morales. Na saída, de La Paz para a fronteira com o Chile, passamos ao lado do pico mais elevado de todos que avistamos. O Monte Sajama, onde uma semana depois morreu um brasileiro tentando escalá-lo pelo lado mais difícil tem 6.542 metros de altura. Conhecemos o altiplano boliviano, que é a região onde vive a maioria dos bolivianos.


Chile – Entramos no Chile pela fronteira com a Bolívia. Foi a maior burocracia que enfrentamos, sem contar a enorme má vontade dos agentes alfandegários. Tem tanto formulário para se preencher que não há como não se enrolar. Felizmente, um agente que foi exceção aos demais, vendo nossas dificuldades, aproximou-se e nos ajudou. Pela primeira e única vez nossas bagagens foram vistoriados, só que pelo sistema de Raios-X da alfândega. Por onde andamos, tudo que vimos no Chile foram desertos, pois percorremos a parte Norte e um trecho do centro do país. Vivemos a difícil experiência de anoitecer no deserto, onde as temperaturas podem passar dos 40 graus de dia e despencar para 10 graus abaixo de zero à noite, dependendo da época do ano. Naquela noite, fomos conseguir um lugar para dormir depois de dez horas da noite, quando a gente mal conseguia se manter em cima das motos, de tanto frio que fazia. Mas, valeu, sobretudo por termos atravessado a maior parte do deserto de Atacama e por São Pedro de Atacama, o seu Vale da Lua e as salinas do deserto.


Argentina – Entramos por Paso de Jama, continuando pelo deserto de Atacama por mais muitas horas. No começo, não sentimos, nem a tradicional rivalidade que existe entre brasileiros e argentinos, muito mais por causa do futebol, nem receptividade calorosa. Fomos tratados como viajantes quaisquer, até com certa indiferença. Porém, quando chegamos à cidade de São Salvador de Jujuy, onde a moto do Jadir teve que fazer uma revisão completa numa concessionária, fomos muito bem tratados por todos. Dali em diante, até chegar ao Brasil, os únicos “hermanos” que não nos trataram bem foram os membros da Policia Caminera, que eles consideram os primos pobres da nossa Polícia Rodoviária Federal por causa da diferença brutal dos salários. Na mão deles nós penamos, ficando algumas horas retidos, gastando todos os nossos argumentos para nos livramos de dar propina, pois era isso que eles queriam.


De volta para casa – Já no Brasil, depois de visitar as Cataratas de Iguaçu, entramos a pé no Paraguai, visitando apenas a Ciudad del Leste, onde o Jadir fez algumas compras. Até tínhamos intenção de adentrar mais um pouco em nossas motos, mas, fomos desaconselhados por agente da PRF e por outras pessoas, que nos disseram que a gente teria que dar bastante dinheiro para os guardas paraguaios para retornar ao Brasil, mesmo que a documentação pessoal e das motos estivesse cem por cento completa. No mais, depois de quatro dias descansando em Itapiranga, cidade natal do Jadir, em Santa Catarina, pegamos o caminho de volta, conforme foi relatado com detalhes nas edições mais recentes do JC.


Aqui termina o relato da Expedição Itaituba-Amazônia, que foi a concretização de um sonho de dois itaitubenses de coração, destemidos, que se lançaram ao desconhecido, levando o nome deste município bem longe. Ficam os nossos agradecimentos a todos que tornaram essa empreitada possível. Nossa disposição de realizar novas aventuras continua viva. Novas jornadas já estão sendo programadas, as quais serão anunciadas no momento oportuno. Muito obrigado a todos que acompanharam essa sequência intitulada A Expedição, tintim por tintim e saibam que a gente está trabalhando para transformar esse relato em um livro, para ficar registrado para a posteridade.

Hilton Aguiar está confiante em sua eleição para deputado


A partir desta edição o Jornal do Comércio inicia uma série de entrevistas com os candidatos a deputado estadual e deputada federal que são do município de Itaituba. Começamos com o vereador Hilton Aguiar, presidente da Câmara Municipal de Itaituba, que recebeu a reportagem do JC em seu gabinete para uma conversa de mais de uma hora, que rendeu a entrevista a seguir, na qual ele justifica sua motivação para concorrer a uma das cadeiras da Assembléia Legislativa do Estado do Pará.

JC – O que lhe motivou a ser candidato a deputado estadual?

HA – Nossa região Sudoeste do Estado precisa ter seu próprio deputado estadual. Há doze anos nós não temos um representante na ALEPA. (O último foi Wilmar Freire, cujo mandato terminou em 1998). Essa falta de representação política é muito prejudicial para o município de Itaituba e para os demais municípios desta região.

JC – Quantas vezes o senhor foi candidato a deputado estadual?

HA – Esta é a terceira vez que eu vou concorrer a esse cargo. Na eleição passada eu fiquei como segundo suplente, andando muito perto de assumir. Tirei 9.899 votos, apenas eu e minha mulher trabalhando. Na primeira eleição tirei um pouco mais de 7.200 votos.

JC – Da segunda vez faltou pouco...

HA – Para nossa infelicidade, na segunda vez que eu concorri, Itaituba teve doze candidatos. Tive mais votos fora do que no próprio município. Agora, com minha volta à Câmara eu consegui arregimentar um grupo político muito grande, tanto no município, quanto em toda esta região Oeste do Pará, o que me motivou a lançar essa nova candidatura.

JC – O que fazer para que saiam poucos candidatos, para que se possa eleger ao menos um deputado estadual?

HA – Faz tempo que eu defendo a idéia da gente fazer uma prévia para que saia apenas um, ou no máximo dois candidatos. Se isso acontecesse, com certeza, haveria muito mais condições de alguém chegar à Assembléia Legislativa. Sei que isso não é fácil, porque se trata de uma eleição estadual, comandada pelos partidos a partir de Belém. Mas, não custa nada ao menos a gente tentar. Se nesta eleição houvesse tantos candidatos quanto na anterior que eu participei, eu não sairia candidato, de jeito nenhum.

JC - Diante desse quadro atual, dá para chegar?

HA- Nós estamos aguardando a definição do quadro, pois o TRE ainda vai julgar algumas candidaturas, para poder a gente traçar um perfil mais exato das possibilidades. Independentemente disso, eu tenho convicção de que há todas as condições para me eleger. Estou trabalhando para ter uma expressiva votação dentro do município de Itaituba, para que nos outros municípios onde eu estou trabalhando consiga a complementação dos votos. Itaituba é o quartel general da minha candidatura, pois sou vereador aqui, presidente da Câmara. Daqui acredito que levarei a maior parte dos votos que vou receber.

JC – Como vai o apoio à sua candidatura?

HA – A gente conseguiu montar um grupo muito forte. Diversas lideranças do meio empresarial nos acompanham, assim como espero contar com o apoio de cinco a seis vereadores locais. Também, trabalho para ter o apoio do prefeito Valmir Climaco.

JC – Em que municípios, além de Itaituba, o senhor está trabalhando?

HA – Depois de Itaituba, o município onde eu deverei pegar mais votos é Santarém. Na última eleição que eu disputei, tirei mais de quatro mil votos lá; nessa eu espero conseguir de cinco a seis mil votos. Estamos trabalhando, também, em Rurópolis, Placas, Uruará, Medicilândia, Altamira, Anapu, Aveiro, Trairão, Jacareacanga, Alenquer e Belém. Na capital do Estado nós temos um grupo grande de apoio. Há poucos dias nós fizemos uma reunião no Hotel Sagres com mais de 400 lideranças que aderiram à minha candidatura. Pelo trabalho que está sendo feito, eu tenho a expectativa de uma votação acima de quatro mil votos em Belém. Outro apoio importante para minha candidatura vem da Igreja Assembléia de Deus, através do Pastor Gilberto, que virá a Itaituba manifestar sua adesão.

JC – Quais são os pontos principais que o senhor vai defender na campanha?

HA – Primeiramente, bater na importância do eleitor de Itaituba votar em candidatos daqui, depois, vou destacar a experiência que tenho como parlamentar, a necessidade de se trabalhar para a criação de empregos no município e na região e a urgência de se criar o Estado do Tapajós, que é o maior projeto de desenvolvimento que esta região poderá experimentar num futuro próximo. Juntamente com isso, vou enfatizar a necessidade urgente da criação de novos municípios na região Oeste, pois ainda temos alguns municípios muito grandes, como Altamira e Itaituba, por exemplo, havendo alguns distritos como Castelo de Sonhos e Moraes Almeida em condições de serem emancipados.

Esses distritos ficam longe demais das sedes dos seus respectivos municípios, o que só lhes causa transtornos e dificuldades. Sem falar em outros lugares como Campo Verde. Outra coisa pela qual vou lutar se eleito deputado será pela implantação de hospital regional em Itaituba, que é uma cidade pólo. Não dá mais para continuar como está. Esse acidente da Itacimpasa, com sete vítimas fatais e muitos feridos foi uma mostra do estrangulamento do nosso sistema de saúde. Precisamos de um hospital regional com urgência.

JC – O senhor tem batido firme na questão da importância do eleitor itaitubense não votar em candidato de fora. Como o senhor já está pedindo votos em vários outros municípios, essa pregação não fica incoerente?

HA – Talvez eu não tenha me expressado bem. Quando eu falo em candidato local, na verdade, eu me refiro a candidato desta região. Quando eu me refiro a candidato a deputado estadual de fora, estou me referindo aos candidatos de Belém e do Sul do Pará, que costumam desembarcar aqui de quatro em quatro anos, levando 100, 200, 500, 1.000 ou até mais votos, dependendo de encontrar lideranças locais dispostas a pedir votos para eles. É essa a intenção do meu discurso, pois se os eleitores de Itaituba votarem nos nossos candidatos, com os mais de 60 mil votos que temos, poderemos eleger até dois deputados.
Se eleito for, serei um deputado estadual do Pará, mas, principalmente da região Oeste, onde nós vivemos, pois é aqui que nós precisamos concentrar nossos esforços para resolver os inúmeros problemas que temos. No caso de Santarém, por exemplo, eu tenho familiares que vivem lá. Santarém e Itaituba têm uma ligação muito grande. Então se o eleitor de Itaituba vota em candidato de Santarém, é menos mal do que votar em candidatos de Belém ou do Sul do Pará, mas, não resolve o problema do nosso município, porque os deputados eleitos por Santarém trabalham, principalmente por aquele município. Pouquíssima coisa sobra para Itaituba através de suas emendas.

JC – Prévia para que sejam no máximo dois candidatos por Itaituba é uma coisa complicada.

HA – Sim. A gente sonha com algo assim. Mas, só mesmo se algum dia uma grande reforma política vier a acontecer em nosso país para que seja adotado o sistema distrital misto, pois o sistema distrital puro é ainda mais improvável. Não custa sonhar e acreditar que vai chegar o dia em que cada região vai ter sua cota de deputados, com a divisão em distritos eleitorais, o que eu considero que será um grande avanço para a democracia, pois desconcentrará um pouco a composição da Assembléia Legislativa, composta em sua grande maioria por políticos da capital e das regiões mais próximas. Nós pagamos um preço muito alto por causa desse sistema político vigente no Brasil.
Mas, enquanto isso não acontece, o que me deixa mais triste é ver que prefeitos da nossa região, em vez de apoiarem candidatos de algum município próximo, vão trabalhar para gente de longe, como é o caso do prefeito Danilo Vidal de Miranda, de Trairão, que ouvi dizer vai trabalhar para uma candidata de fora. Mas, infelizmente, isso não acontece somente com ele. Outros prefeitos, ex-prefeitos e outras lideranças políticas da nossa região assumem compromisso com candidatos de fora. Eu considero isso uma grande falta de respeito desse pessoal para com seus eleitores. O povo vai dar o troco na hora certa.

Objetivo: Prefeitura de Aveiro

Fernando Soares da Silva nunca incursionou pelo mundo da política como candidato a nenhum cargo eletivo. Porém, sua convivência com o ex-prefeito Roselito Soares, do qual esteve sempre muito próximo, sendo um dos homens da confiança do mesmo parece ter despertado nele o interesse. Fernando é dono de uma empresa construtora de obras, tendo ganhado dezenas de concorrências na administração passada, tendo construido muitas escolas e dois ginásios cobertos em escolas municipais, sendo um na Escola Gonzaga Barros e o outro ginásio coberto na Escola Haroldo Veloso.

O empresário filiou-se ao PSDB, em Belém, por ocasião da convenção estadual que confirmou o nome do ex-governador Simão Jatene para concorrer ao governo do Estado no pleito de outubro próximo, tendo sua ficha abonada pelo próprio Jatene. Em conversa com a reportagem do Jornal do Comércio Fernando falou de sua satisfação de ter-se filiado a esse partido, sendo recebido de braços abertos por todos.

Candidatura - Fernando Soares disse ao Jornal do Comércio que está montando um comércio na cidade de Aveiro. O mais provável é que seja uma farmácia. Ele também vai comprar uma casa naquele município, provavelmente em Fordlândia, onde pretende estabelecer-se. O empresário tem planos de abrir comércio ainda em Fordlândia ou em Brasília Legal. Os negócios que tem em Itaituba ele afirma que vai conseguir conciliar, pois não acha que isso seja um empecilho.

Falando de candidatura ele diz que vai transferir o seu domicílio eleitoral para aquele município, onde já mantém diversos contatos, incluindo vereadores e outras lideranças. Sua intenção é ser candidato a prefeito na eleição de 2012, desde que tenha segurança de suas reais chances de se eleger, segurança essa que virá do grupo político que pretende formar.

"Eu estive com o ex-governador Simão Jatene, ao qual eu manifestei minha intenção de ser candidato a prefeito de Aveiro no ano de 2012, ocasião em que ele deverá ser o governador do Estado. Jatene assegurou-me total apoio, caso eu venha a me lançar de fato candidato e garantiu que vai olhar por Aveiro numa eventual futura administração minha. Aquele município tem sido muito esquecido".

Resistência - Questionado sobre a resistência que pode haver ao seu nome, pelo fato de ser um candidato de fora do município, uma vez que Aveiro tem tido experiências amargas com esse tipo de político, Fernando disse que não teme, pois na convivência que vai ter a partir de breve com toda a comunidade aveirense vai provar que tem condições de administrar bem a Prefeitura. Quanto a isso, ele deverá se preparar, pois existe um movimento entre as lideranças políticas locais para evitar a penetração de candidatos "estrangeiros".

Informe JC, 106ª edição do Jornal do Comércio

Quem chega
Todos os candidatos acreditam ter chances de se eleger e, excetuando alguns oportunistas, que só procuram tirar proveito próprio da eleição, a maioria realmente leva isso a sério.

As chances
Mas, é preciso ser realista a respeito das chances de cada um dos candidatos de Itaituba, que tem cinco candidatos a deputado estadual e um a deputado federal. De acordo com observadores políticos, os dois candidatos locais que reúnem as maiores chances que conseguir uma vaga na Assembléia Legislativa são o Dr. Edir Pires, candidato pelo PMDB e o vereador Hilton Aguiar, candidato do PSC, integrante da coligação Por Um Pará Mais Unido.

Dr. Edir I
Por enquanto ele está tentando resolver seu problema no Tribunal Regional Eleitoral, já tendo sido apresentada a defesa por seu advogado, José Antunes. O PSB pediu a perda de seu mandato. Todavia, a expectativa é de que ele continue candidato. Se for assim, vai ter que trabalhar muito duro para ser um dos mais bem votados do seu partido para não depender de ninguém.

Dr. Edir II
A missão do Dr. Edir não será nada fácil, pois o PMDB tem seis deputados estaduais, dos quais cinco pleiteiam a reeleição. Antônio Rocha (Santarém), Josefina Carmo (Monte Alegre), Parsifal Pontes (Tucuruí), Martinho Carmona (Belém) e Simone Morgado (Belém) são fortes candidatos a uma das vagas. O outro é o deputado Domingos Juvenil, fora desse páreo, por ser candidato ao governo do Estado. O partido tem ainda outros candidatos fortes, em condições de chegar. Como se vê, a caminhada do Dr. Edir não será fácil.

Hilton
O PSC, partido do vereador Hilton Aguiar, tem um deputado, Alessandro Novelino. Na eleição passada o Dr. Edir contribuiu substancialmente para aumentar a votação desse partido, ao qual era filiado. Seus votos só serviram para ajudar o partido a alcançar o quociente eleitoral. Entretanto, Hilton está muito otimista com a coligação feita para a eleição proporcional, que tem o PSC, o PTC, o PT do B e o PTN. Ele acha que há chance da coligação fazer dois deputados, acreditando ter cacife para ao menos ser esse segundo nome.

Votos há!
Nos 26 municípios do Oeste do Pará (incluindo aí Mojuí dos Campos), o colégio eleitoral é de 704.783 votos. O que não falta é voto. Os candidatos que tiverem recursos, tempo e poder de convencimento terão condições de chegar.

Itaituba
Em relação a setembro de 2009, cresceu pouco o eleitorado de Itaituba. Pouco mais um mil eleitores. O número passou de 63.712, para 64.815. São votos suficientes para eleger um deputado estadual, caso não houvesse tanta pulverização da votação.

Outros municípios
Fixando-se apenas nos municípios mais próximos, onde todos os candidatos deverão andar, destaca-se Santarém, com 183.504 eleitores, seguindo-se Mojuí dos Campos, que aparece no TSE como município, não como parte de Santarém, com 14.681 eleitores, Alenquer, 29.712, Belterra, 12.761, Aveiro, 9.396, Rurópolis, 15.214, Placas, 10.063, Uruará, 24.954, Medicilândia, 15.591, Altamira, 20.491, Jacareacanga, 7.364, Novo Progresso, 16.944 e Trairão, 8.508 eleitores. Somente esses municípios somam 369.183 votos. É só correr atrás.

Aguardando
Até ontem, terça-feira, quando foi fechada esta edição, a 106ª do Jornal do Comércio, nenhuma candidatura a deputado estadual havia sido julgada pelo Tribunal Regional Eleitoral. No site do TRE constava que as 587 candidaturas estavam aguardando julgamento.

Defesa
O advogado José Antunes deu entrada na defesa do Dr. Edir Pires, que foi citado sexta-feira passada pelo TRE, em função do recurso do PSB, que pede a perda de mandato de vice-prefeito do médico, por ter ele trocado o partido pelo qual concorreu como companheiro de chapa de Valmir Climaco, migrando para o PMDB. Agora, resta aguardar a decisão do tribunal.

Eliel assume
Eliel Sodré, presidente da API, esteve reunido na manhã de ontem, 13/07, com diretores da TV Liberal, em Belém. O assunto foi sua contratação para assumir a direção da TV Liberal, em Itaituba. O blog conseguiu manter contato com ele, no exato momento em que conversava com diretores da Liberal, na capital do Estado. Como não dava para falar muito, ele apenas informou que estava acertando os detalhes, naquele instante. Eliel acabou de assumir a Coordenação de Comunicação da Prefeitura, de onde deverá se desligar.

terça-feira, julho 13, 2010

MPF pede impugnação de Roselito

Diário online (com informação do MFP) - O Ministério Público Federal (MPF) no Pará encaminhou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) nesta terça-feira, 13 de julho, mais três ações contra pedidos de candidaturas para as eleições 2010 no Estado, totalizando 18 ações de impugnação de registros de candidatos. Desse total, 16 ações foram baseadas na Lei complementar 135/2010, a chamada Lei da Ficha Limpa. As outras duas foram por falta de cumprimento de obrigações relacionadas à filiação partidária.

As ações ajuizadas nesta terça-feira foram contra os pedidos de candidaturas para deputado estadual feitos por Mário Osvaldo Corrêa, Márlio Sued Lopes Teles e Roselito Soares da Silva. O TRE tem até 5 de agosto para julgar todos os pedidos de registro, inclusive os impugnados, e publicar as decisões.

Gabinete alternativo

No tempo de Edilson Botelho como prefeito, havia uma sala na administração do aeroporto na qual ele costuma despachar para fugir do tumulto. Valmir Climaco também tem seu gabinete alternativo. Fica na sua fazenda do km 7. Para lá vão vários assessores quando Valmir não está a fim de despachar na Prefeitura.