O deputado estadual Arnaldo Jordy (PPS) deverá estar em Itaituba, amanhã, para receber comenda da Câmara Municipal de Itaituba.
O vereadorAgnaldo Cirino (Dadinho Caminhoneiro), que é do partido de Jordy, solicitou o uso da tribuna por dez minutos, amanhã, para que o deputado possa agradecer o título de Honra ao Mérito que vai receber.
terça-feira, maio 04, 2010
Missa de 7º dia
Será sábado que vem, a missa de 7º Dia pela passagem da senhora Iza Clímaco de Aguiar, genitora do prefeito Valmir Clímaco de Aguiar. O local ainda não foi informado.
O prefeito tem recebido muitas mensagens de pesar pela morte de sua mãe, ocorrida no início da noite de domingo passado. Ela tinha 73 anos de idade.
O prefeito tem recebido muitas mensagens de pesar pela morte de sua mãe, ocorrida no início da noite de domingo passado. Ela tinha 73 anos de idade.
Tributos continua sem titular
Por enquanto ainda não foi definido o nome de quem vai ocupar a diretoria de tributos do município de Itaituba. A advogada Nayá responde interinamente pelo cargo, até que o novo titular seja nomeado.
Hoje pela manhã o prefeito Valmir Clímaco esteve no setor, perguntando pelo responsável pela diretoria, pois não lembrava que não tinha ainda assinado o decreto de nomeação. Foi informado pelos servidores, que por enquanto eles estão aguardando o novo chefe.
Ontem de manhã deveria ter acontecido uma reunião do prefeito com todos os servidores do setor de Tributos. Entretanto, em virtude do falecimento da senhora Iza Clímaco de Aguiar, mãe do prefeito, não houve expediente na Prefeitura.
Com a falta de um diretor titular, o setor está funcionando apenas parcialmente. O prefeito foi informado hoje de manhã, que existem muitos documentos esperando para ser assinados na mesa vaga do diretor.
Como se trata de um dos setores mais importantes, porque é responsável pela arrecadação própria da Prefeitura, na tarde de hoje Valmir ficou de analisar o preenchimento dessa lacuna.
Hoje pela manhã o prefeito Valmir Clímaco esteve no setor, perguntando pelo responsável pela diretoria, pois não lembrava que não tinha ainda assinado o decreto de nomeação. Foi informado pelos servidores, que por enquanto eles estão aguardando o novo chefe.
Ontem de manhã deveria ter acontecido uma reunião do prefeito com todos os servidores do setor de Tributos. Entretanto, em virtude do falecimento da senhora Iza Clímaco de Aguiar, mãe do prefeito, não houve expediente na Prefeitura.
Com a falta de um diretor titular, o setor está funcionando apenas parcialmente. O prefeito foi informado hoje de manhã, que existem muitos documentos esperando para ser assinados na mesa vaga do diretor.
Como se trata de um dos setores mais importantes, porque é responsável pela arrecadação própria da Prefeitura, na tarde de hoje Valmir ficou de analisar o preenchimento dessa lacuna.
segunda-feira, maio 03, 2010
JC circulará amanhã cedinho
A edição número 101 do Jornal do Comércio estará circulando amanhã de manhã, chegando às mãos dos assinantes. No começo da noite a presente edição chegou às bancas, onde pode ser comprado.
O principal assunto desta edição não poderia deixar de ser o atual momento político por que passa Itaituba.
Matérias a respeito da diplomação e da posse do prefeito Valmir Clímaco, análise sobre as dificuldades que ele encontra por se tratar do início de um governo que apeou seu adversário do poder estão nas páginas do JC, além de outras matérias. A seguir o blog publica algumas das matérias. Vale a pena conferir.
O principal assunto desta edição não poderia deixar de ser o atual momento político por que passa Itaituba.
Matérias a respeito da diplomação e da posse do prefeito Valmir Clímaco, análise sobre as dificuldades que ele encontra por se tratar do início de um governo que apeou seu adversário do poder estão nas páginas do JC, além de outras matérias. A seguir o blog publica algumas das matérias. Vale a pena conferir.
Informe JC da 101ª Edição do Jornal do Comércio, que circulará amanhã cedo
Veto
O prefeito Valmir Clímaco deverá vetar o Projeto de Lei aprovado pela Câmara Municipal, terça, 27/04, que concede aumento de 16% aos servidores municipais. A razão para o veto, conforme a coluna apurou, é o estouro da folha de pagamento, que já ultrapassou bem os 54% determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Justiça
Em conversa que teve com o senhor Augusto, contador da Prefeitura de Itaituba na administração do ex-prefeito Roselito Soares, o prefeito Valmir Clímaco ouviu dele o seguinte comentário, depois que ele foi informado sobre o aumento de 16% concedido pela maioria dos vereadores da Câmara Municipal de Itaituba: "Eles poderão responder por isso até na Justiça", referindo-se ao fato da Lei de Responsabilidade Fiscal ter sido ignorada pelos edis itaitubenses que votaram a favor do aumento.
Super salários
A disposição do prefeito Valmir Clímaco, em acabar com os super salários da folha de pagamentos da Prefeitura é enorme. É bastante provável que a partir do próximo pagamento eles não constem mais da folha. É o caso de alguns médicos apadrinhados da administração passada, sob a égide de ex-secretária Horenice Cabral, cujos vencimentos ultrapassam os R$ 22 mil. Juntando a isso alguns descontos que deveriam ser pagos pelos que recebiam tais salários, mas, que eram pagos pela Prefeitura, o valor de cada um pode chegar aos R$ 30 mil. Isso tudo, sem dedicação exclusiva ao serviço público municipal.
Dono, não pode I
A vereadora Maria Pretinha (PSDB), ouviu sempre calada, às críticas do vereador Peninha (PMDB) contra a então secretária de Saúde Horenice Cabral, por ser ela irmã de Horalicia Cabral, dona do Hospital Santo Antônio. Agora, diante da mudança força de governo a cena se repete, só que lado do novo governo que assume.
Dono, não pode II
Semana passada, mal o novo secretário de saúde tinha sentado na cadeira, Maria cobrou de Peninha coerência no discurso. Ela perguntou a ele qual seria sua posição a partir de agora, que o médico Manuel Diniz foi nomeado secretário de saúde, sendo ele dono do Hospital Dom Bosco. Peninha garantiu que não vai mudar seu discurso. Se não pode, não pode e pronto, disse ele.
Vamos ver!
Não acredita
O ex-vereador e ex-secretário de esportes Paulo Gasolina, que voltou a morar em Santarém, confidenciou a um amigo de Itaituba, que não acredita em reviravolta no caso da cassação do diploma do ex-prefeito Roselito Soares. Para ele, o atual ciclo de Roselito na política local está terminado. Poderá até voltar no futuro, mas, por enquanto, a carreira política do ex-prefeito foi interrompida.
Início de conversa
Para o vereador Manuel Dentista (PTC), o caminho para fazer parte da base do prefeito Valmir Clímaco não vai ser de grande sacrifício. Afinal de contas, ele foi eleito fazendo campanha para Valmir, tendo mudado de lado logo depois da eleição. Durante a posse do novo prefeito, na Câmara Municipal, Francimar Aguiar perguntou ao vereador se dava para conversar sobre apoio à nova administração. Ele respondeu que sim e nos próximos dias essa conversa deverá progredir.
800 mil
O aumento concedido pela Câmara Municipal aos servidores municipais, na ordem de 16%, representa um acréscimo de mais de R$ 800 mil sobre a folha de pagamento da Prefeitura de Itaituba.
Afoiteza
Por excesso de vontade de mostrar serviço, por afoiteza, ou por incompetência, mesmo, alguns auxiliares terminam exagerando. Prova disso foi que alguns assessores induziram o novo prefeito Valmir Climaco a demitir quase todos os servidores do Aeroporto de Itaituba, incluindo bombeiros, os garis e outros de serviços imprescindíveis. Nesse caso vale lembrar o velho ditado que diz: muito ajuda quem não atrapalha.
Ressentimentos
Alguns vereadores que fizeram parte da base de apoio ao ex-prefeito Roselito Soares ainda não se recuperaram da derrota do ex-líder na Justiça Eleitoral. Tratam a nova administração de Valmir Clímaco com reservas. Tem gente, como o vereador Dadinho PPS), que já deu sinais claros de que pode conversar. Por enquanto, a maior relutância parece partir da vereadora Maria Pretinha (PSDB).
O prefeito Valmir Clímaco deverá vetar o Projeto de Lei aprovado pela Câmara Municipal, terça, 27/04, que concede aumento de 16% aos servidores municipais. A razão para o veto, conforme a coluna apurou, é o estouro da folha de pagamento, que já ultrapassou bem os 54% determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Justiça
Em conversa que teve com o senhor Augusto, contador da Prefeitura de Itaituba na administração do ex-prefeito Roselito Soares, o prefeito Valmir Clímaco ouviu dele o seguinte comentário, depois que ele foi informado sobre o aumento de 16% concedido pela maioria dos vereadores da Câmara Municipal de Itaituba: "Eles poderão responder por isso até na Justiça", referindo-se ao fato da Lei de Responsabilidade Fiscal ter sido ignorada pelos edis itaitubenses que votaram a favor do aumento.
Super salários
A disposição do prefeito Valmir Clímaco, em acabar com os super salários da folha de pagamentos da Prefeitura é enorme. É bastante provável que a partir do próximo pagamento eles não constem mais da folha. É o caso de alguns médicos apadrinhados da administração passada, sob a égide de ex-secretária Horenice Cabral, cujos vencimentos ultrapassam os R$ 22 mil. Juntando a isso alguns descontos que deveriam ser pagos pelos que recebiam tais salários, mas, que eram pagos pela Prefeitura, o valor de cada um pode chegar aos R$ 30 mil. Isso tudo, sem dedicação exclusiva ao serviço público municipal.
Dono, não pode I
A vereadora Maria Pretinha (PSDB), ouviu sempre calada, às críticas do vereador Peninha (PMDB) contra a então secretária de Saúde Horenice Cabral, por ser ela irmã de Horalicia Cabral, dona do Hospital Santo Antônio. Agora, diante da mudança força de governo a cena se repete, só que lado do novo governo que assume.
Dono, não pode II
Semana passada, mal o novo secretário de saúde tinha sentado na cadeira, Maria cobrou de Peninha coerência no discurso. Ela perguntou a ele qual seria sua posição a partir de agora, que o médico Manuel Diniz foi nomeado secretário de saúde, sendo ele dono do Hospital Dom Bosco. Peninha garantiu que não vai mudar seu discurso. Se não pode, não pode e pronto, disse ele.
Vamos ver!
Não acredita
O ex-vereador e ex-secretário de esportes Paulo Gasolina, que voltou a morar em Santarém, confidenciou a um amigo de Itaituba, que não acredita em reviravolta no caso da cassação do diploma do ex-prefeito Roselito Soares. Para ele, o atual ciclo de Roselito na política local está terminado. Poderá até voltar no futuro, mas, por enquanto, a carreira política do ex-prefeito foi interrompida.
Início de conversa
Para o vereador Manuel Dentista (PTC), o caminho para fazer parte da base do prefeito Valmir Clímaco não vai ser de grande sacrifício. Afinal de contas, ele foi eleito fazendo campanha para Valmir, tendo mudado de lado logo depois da eleição. Durante a posse do novo prefeito, na Câmara Municipal, Francimar Aguiar perguntou ao vereador se dava para conversar sobre apoio à nova administração. Ele respondeu que sim e nos próximos dias essa conversa deverá progredir.
800 mil
O aumento concedido pela Câmara Municipal aos servidores municipais, na ordem de 16%, representa um acréscimo de mais de R$ 800 mil sobre a folha de pagamento da Prefeitura de Itaituba.
Afoiteza
Por excesso de vontade de mostrar serviço, por afoiteza, ou por incompetência, mesmo, alguns auxiliares terminam exagerando. Prova disso foi que alguns assessores induziram o novo prefeito Valmir Climaco a demitir quase todos os servidores do Aeroporto de Itaituba, incluindo bombeiros, os garis e outros de serviços imprescindíveis. Nesse caso vale lembrar o velho ditado que diz: muito ajuda quem não atrapalha.
Ressentimentos
Alguns vereadores que fizeram parte da base de apoio ao ex-prefeito Roselito Soares ainda não se recuperaram da derrota do ex-líder na Justiça Eleitoral. Tratam a nova administração de Valmir Clímaco com reservas. Tem gente, como o vereador Dadinho PPS), que já deu sinais claros de que pode conversar. Por enquanto, a maior relutância parece partir da vereadora Maria Pretinha (PSDB).
A volta da América do Sul de moto - A Expedição, tintim por tintim - Capítulo 24
21.11.2008 – Eu sentia calafrios só de ouvir falar na BR 101, uma rodovia famosa pelo movimento e pelo número de acidentes que ocorrem nela. Mas, de repente a gente saiu da SC 470 e entrou na BR 101 debaixo de muita chuva. Como era uma sexta-feira do meio-dia para tarde o tráfego era relativamente intenso. O que passou de carro por nós, e o tanto de carro que a gente ultrapassou foi uma grandeza, a quase 100 km por hora, com pista muito lisa. As quatro pistas, duas indo e duas voltando, da rodovia facilitaram um pouco. Posso afirmar que foi uma experiência eletrizante.
Vinte minutos antes de entrarmos em São José dos Pinhais, que faz parte da grande Curitiba, a chuva deu uma aliviada, mas, só parou quando entramos na capital do Paraná. O Sol apareceu, mas, o tempo marcava chuva para mais tarde e a temperatura começava a despencar naquele final de tarde curitibano. A noite foi fria, mas, a gente estava bem agasalhado na casa da Elizângela, prima do Jadir, que foi nossa anfitriã.
22.11.2008 – Pela manhã, a cada cinco minutos o tempo mudava em Curitiba. O Sol aparecia e desaparecia, dando lugar a nuvens pesadas. Fomos sair depois de 10:30, decidindo seguir pela BR 116, a famosa Regis Bitencourt, também conhecida como Rodovia da Morte. Um motorista de caminhão com o qual a gente conversou, ao qual pedimos algumas informações nos disse que a melhor rota a seguirmos seria por São Paulo, para de lá continuarmos para Brasília. Por Juquiá, por onde pensáramos em entrar, a estrada era muito sinuosa, com grandes subidas, além de a estrada ser bastante estreita.
Hoje foi meu dia de ficar no prego de gasolina. Errei no cálculo, achando que por estar no Estado de São Paulo a gente encontraria um posto a qualquer momento e foi aí que me dei mal, pois atravessamos uma área de preservação ambiental estadual nada pequena. Antes, passeis por um posto, mas, não quis parar, certo de que havia outros logo à frente. No meio de uma grande descida a moto começou a falhar. Eu já matei logo a charada: era a gasolina que tinha acabado.
O Jadir continuou adiante em busca de um posto, que ele encontrou, oito quilômetros depois. Voltou com dois litros de gasolina, depois de eu ter empurrado a moto por mais de um km. Quando chegou à parte de subida eu não agüentei e só me restou ficar parado num lugar completamente diserto, torcendo para que nada de ruim me acontecesse. Passaram dezenas de motoristas e alguns motoqueiros, mas, ninguém se deu ao trabalho parar para saber o que estava acontecendo. Felizmente, deu tudo certo.
Mesmo sendo sábado pouco depois do meio-dia, o trânsito era muito forte. A velocidade dos veículos, pelos menos da maioria, era muito grande. Paramos no posto onde o Jadir comprou a gasolina para me socorrer, onde almoçamos para só parar onde a gente fosse dormir.
Depois do almoço o sono pegou o Jadir. Num dado momento ele quase bateu na traseira de um carro, porque estava cochilando. Paramos em um lugar na rodovia onde havia um supermercado. O Jadir deitou em um banco do lado de fora e tirou um cochilo de uns vinte minutos. Depois, levantou e seguimos em frente com ele bem desperto. Faltando cinco minutos para as cinco da tarde, horário de verão, a gente parou em um posto, já em Itapecerica da Serra, onde havia um hotel de qualidade razoável, no qual decidimos pernoitar.
Naquele dia 22 de novembro, meu filho mais velho, Ingo, completava 29 anos. Deu trabalho, mas, consegui falar com ele ligando de um telefone público. Depois liguei para o Raoni e para a Marilene, para saber como estavam, ela e o Parentinho. Apesar dela estar trabalhando mais do que o normal, pela sobrecarga do serviço, estava tudo bem em casa.
Os estragos da chuva – À noite, ao assistir ao Jornal Nacional ficamos sabendo das notícias dos inúmeros estragos que as chuvas torrenciais tinham provocado, sobretudo em alguns municípios de Santa Catarina.
Em Blumenau, de onde a gente tinha saído há dois dias, o nível do Rio Itajaí tinha subido muito, alagando algumas partes da cidade. As chuvas tinham provocando, também, deslizamentos naquela cidade e em outros lugares. Estradas estavam interrompidas por causa da terra que deslizou. Além de Blumenau, outros lugares por onde a gente passou tiveram problemas sérios, dentre eles, Joinvile, um trecho da estrada perto de Garuva e na BR 282. Para completar, a meteorologia previu muita chuva para o dia seguinte para quase todo o Brasil, com ameaça de temporais em muitos lugares. Só nos restava descansar bem e esperar para ver como amanheceria o dia.
23.11.2008 – Apesar da noite nublada e da ameaça de chuva, o domingo amanheceu bonito, com Sol claro. O relógio marcava 7:52, horário de verão, quando deixamos Itapecerica da Serra tendo Brasília como destino. Queríamos chegar o mais perto possível da capital federal, que fica distante em torno de mil quilômetros da onde a gente estava. No caminho, passamos por grandes canaviais nos municípios de Araras, Limeira, Leme e outros. As usinas, no período da safra, trabalhando de domingo a domingo.
O tempo ajudou. Embora tenha ficado carrancudo diversas vezes, com nuvens negras passando sobre nossas cabeças, somente perto de Uberaba, no Triângulo Mineiro, a gente teve que colocar capa de chuva. Passamos por Uberaba e mais adiante por Uberlândia sem parar nem para tomar água. Antes de Catalão, em Goiás, paramos num posto da Polícia Rodoviária Federal para saber quanto estava o placar dos jogos do campeonato brasileiro, pois os inspetores estavam assistindo a uma partida transmitida pela TV.
A temperatura já tinha caído bastante perto de nove da noite, quando a gente chegou a um posto de gasolina, que tinha um pequeno hotel, o que nos deixou animados. Mas, depois de abastecer, nossa alegria acabou, quando fomos procurar um apartamento para passar a noite e fomos informados de que estavam todos lotados. Mais adiante, informou um frentista, há uma meia hora, tem um hotel fazenda muito bom, Hotel Sonho Verde.
Sem alternativa, lá fomos nós adiante, rodando por quase uma hora até encontrar o bendito hotel, que não era nada barato. A dona nos informou que o pernoite custaria R$ 95,00. Ainda pedimos um desconto, mas, não funcionou. A nós não restava outra coisa a fazer, se não pedir a chave de um apartamento, tomar um bom banho quente e ir ao restaurante para comer alguma coisa.
O preço foi salgado, mas, realmente trata-se de um bom hotel, com um serviço de boa qualidade, internet sem fio e tudo mais que a gente tinha direito. No restaurante
tivemos um bom jantar, ocasião em que tivemos oportunidade de conversar com a Nilva, a dona do hotel. Ela é bastante jovem, casada com um fazendeiro bem mais velho, que como se diz no popular, tinha cara de "gastoso". Ela nos disse que seu hotel era bastante utilizado por empresas, que faziam reuniões, seminários e encontros de diversos tipos, período em que a maioria dos apartamentos ficava lotada.
O maior frio que a gente sentiu foi na estrada, por causa da noite e do vento provocado pela velocidade das motos. Quando paramos, a temperatura estava amena. Foi preciso ligar o ar condicionado para a gente dormir bem, para de manhã cedo seguir rumo a Brasília, onde o Jadir tinha uma reunião marcada com uma servidora graduada no Ministério da Educação, ainda por conta dele ter esquecido de deixar em Itaituba o cartão do ProUni. Nossa passagem pela capital da República vai ser assunto do próximo capítulo.
(Jota Parente - Jornalista)
Vinte minutos antes de entrarmos em São José dos Pinhais, que faz parte da grande Curitiba, a chuva deu uma aliviada, mas, só parou quando entramos na capital do Paraná. O Sol apareceu, mas, o tempo marcava chuva para mais tarde e a temperatura começava a despencar naquele final de tarde curitibano. A noite foi fria, mas, a gente estava bem agasalhado na casa da Elizângela, prima do Jadir, que foi nossa anfitriã.
22.11.2008 – Pela manhã, a cada cinco minutos o tempo mudava em Curitiba. O Sol aparecia e desaparecia, dando lugar a nuvens pesadas. Fomos sair depois de 10:30, decidindo seguir pela BR 116, a famosa Regis Bitencourt, também conhecida como Rodovia da Morte. Um motorista de caminhão com o qual a gente conversou, ao qual pedimos algumas informações nos disse que a melhor rota a seguirmos seria por São Paulo, para de lá continuarmos para Brasília. Por Juquiá, por onde pensáramos em entrar, a estrada era muito sinuosa, com grandes subidas, além de a estrada ser bastante estreita.
Hoje foi meu dia de ficar no prego de gasolina. Errei no cálculo, achando que por estar no Estado de São Paulo a gente encontraria um posto a qualquer momento e foi aí que me dei mal, pois atravessamos uma área de preservação ambiental estadual nada pequena. Antes, passeis por um posto, mas, não quis parar, certo de que havia outros logo à frente. No meio de uma grande descida a moto começou a falhar. Eu já matei logo a charada: era a gasolina que tinha acabado.
O Jadir continuou adiante em busca de um posto, que ele encontrou, oito quilômetros depois. Voltou com dois litros de gasolina, depois de eu ter empurrado a moto por mais de um km. Quando chegou à parte de subida eu não agüentei e só me restou ficar parado num lugar completamente diserto, torcendo para que nada de ruim me acontecesse. Passaram dezenas de motoristas e alguns motoqueiros, mas, ninguém se deu ao trabalho parar para saber o que estava acontecendo. Felizmente, deu tudo certo.
Mesmo sendo sábado pouco depois do meio-dia, o trânsito era muito forte. A velocidade dos veículos, pelos menos da maioria, era muito grande. Paramos no posto onde o Jadir comprou a gasolina para me socorrer, onde almoçamos para só parar onde a gente fosse dormir.
Depois do almoço o sono pegou o Jadir. Num dado momento ele quase bateu na traseira de um carro, porque estava cochilando. Paramos em um lugar na rodovia onde havia um supermercado. O Jadir deitou em um banco do lado de fora e tirou um cochilo de uns vinte minutos. Depois, levantou e seguimos em frente com ele bem desperto. Faltando cinco minutos para as cinco da tarde, horário de verão, a gente parou em um posto, já em Itapecerica da Serra, onde havia um hotel de qualidade razoável, no qual decidimos pernoitar.
Naquele dia 22 de novembro, meu filho mais velho, Ingo, completava 29 anos. Deu trabalho, mas, consegui falar com ele ligando de um telefone público. Depois liguei para o Raoni e para a Marilene, para saber como estavam, ela e o Parentinho. Apesar dela estar trabalhando mais do que o normal, pela sobrecarga do serviço, estava tudo bem em casa.
Os estragos da chuva – À noite, ao assistir ao Jornal Nacional ficamos sabendo das notícias dos inúmeros estragos que as chuvas torrenciais tinham provocado, sobretudo em alguns municípios de Santa Catarina.
Em Blumenau, de onde a gente tinha saído há dois dias, o nível do Rio Itajaí tinha subido muito, alagando algumas partes da cidade. As chuvas tinham provocando, também, deslizamentos naquela cidade e em outros lugares. Estradas estavam interrompidas por causa da terra que deslizou. Além de Blumenau, outros lugares por onde a gente passou tiveram problemas sérios, dentre eles, Joinvile, um trecho da estrada perto de Garuva e na BR 282. Para completar, a meteorologia previu muita chuva para o dia seguinte para quase todo o Brasil, com ameaça de temporais em muitos lugares. Só nos restava descansar bem e esperar para ver como amanheceria o dia.
23.11.2008 – Apesar da noite nublada e da ameaça de chuva, o domingo amanheceu bonito, com Sol claro. O relógio marcava 7:52, horário de verão, quando deixamos Itapecerica da Serra tendo Brasília como destino. Queríamos chegar o mais perto possível da capital federal, que fica distante em torno de mil quilômetros da onde a gente estava. No caminho, passamos por grandes canaviais nos municípios de Araras, Limeira, Leme e outros. As usinas, no período da safra, trabalhando de domingo a domingo.
O tempo ajudou. Embora tenha ficado carrancudo diversas vezes, com nuvens negras passando sobre nossas cabeças, somente perto de Uberaba, no Triângulo Mineiro, a gente teve que colocar capa de chuva. Passamos por Uberaba e mais adiante por Uberlândia sem parar nem para tomar água. Antes de Catalão, em Goiás, paramos num posto da Polícia Rodoviária Federal para saber quanto estava o placar dos jogos do campeonato brasileiro, pois os inspetores estavam assistindo a uma partida transmitida pela TV.
A temperatura já tinha caído bastante perto de nove da noite, quando a gente chegou a um posto de gasolina, que tinha um pequeno hotel, o que nos deixou animados. Mas, depois de abastecer, nossa alegria acabou, quando fomos procurar um apartamento para passar a noite e fomos informados de que estavam todos lotados. Mais adiante, informou um frentista, há uma meia hora, tem um hotel fazenda muito bom, Hotel Sonho Verde.
Sem alternativa, lá fomos nós adiante, rodando por quase uma hora até encontrar o bendito hotel, que não era nada barato. A dona nos informou que o pernoite custaria R$ 95,00. Ainda pedimos um desconto, mas, não funcionou. A nós não restava outra coisa a fazer, se não pedir a chave de um apartamento, tomar um bom banho quente e ir ao restaurante para comer alguma coisa.
O preço foi salgado, mas, realmente trata-se de um bom hotel, com um serviço de boa qualidade, internet sem fio e tudo mais que a gente tinha direito. No restaurante
tivemos um bom jantar, ocasião em que tivemos oportunidade de conversar com a Nilva, a dona do hotel. Ela é bastante jovem, casada com um fazendeiro bem mais velho, que como se diz no popular, tinha cara de "gastoso". Ela nos disse que seu hotel era bastante utilizado por empresas, que faziam reuniões, seminários e encontros de diversos tipos, período em que a maioria dos apartamentos ficava lotada.
O maior frio que a gente sentiu foi na estrada, por causa da noite e do vento provocado pela velocidade das motos. Quando paramos, a temperatura estava amena. Foi preciso ligar o ar condicionado para a gente dormir bem, para de manhã cedo seguir rumo a Brasília, onde o Jadir tinha uma reunião marcada com uma servidora graduada no Ministério da Educação, ainda por conta dele ter esquecido de deixar em Itaituba o cartão do ProUni. Nossa passagem pela capital da República vai ser assunto do próximo capítulo.
(Jota Parente - Jornalista)
Perfil do Empresário
Luis Bezerra Lima, mais conhecido como Seu Lulu, proprietário do Juliana Park Hotel é o destaque desta edição da coluna Perfil do Empresário. Ele é casado há 53 anos com a senhora Juracy, companheira de todas as horas, tanto nos assuntos familiares, quantos nas questões comerciais. Nasceu em Mirador, Maranhão, no dia 25 de fevereiro de 1935, tendo completado 75 anos há menos de dois meses. Os pais eram José Vieira da Silva e Raimunda Alves Bezerra, cearenses cujas famílias tinham migrado para o Maranhão, onde os dois se conheceram e casaram-se. Tem apenas um irmão, Argemiro.
JC – Até que ano o senhor estudou?
Lulu – O que hoje equivale ao ensino fundamental, que na época era chamado de curso primário.
JC – Como foi sua infância, adolescência e juventude?
Lulu - A partir dos dez anos comecei a trabalhar na roça, com meu pai, que plantava arroz, feijão e culturas de subsistência em geral. A diversão era apenas um joguinho de bola nos finais de tarde, ou nos fins de semana. O resto do tempo era só trabalho. Isso foi até os dezesseis anos, quando eu saí de Mirador.
JC – Saiu de Mirador para morar aonde?
Lulu – Fui para o município de Santa Inez trabalhar de empregado num comércio de secos e molhados, onde fiquei por cinco anos. Voltei para mirador para me casar com Juracy, que ainda é minha prima. Depois do casamento nós fomos morar em Pio XII, que na época era distrito e hoje já é município. Essa parte da nossa história aconteceu no ano de 1957.
JC – O que foi fazer em Pio XII?
Lulu – Fui tocar nosso próprio comércio, no ramo de secos e molhados, ajudado pelo meu antigo patrão Manuel Lima, que me financiou. Eu também comprava coco babaçu. Fui um grande comprador, chegando a negociar uma média de quinhentos sacos por semana. Durante sete anos eu fiz esse tipo de comércio com a empresa Chagas & Penha Ltda., de São Luis, para onde eu mandava de barco o coco que comprava. Nesse tempo, em Pio XII, eu montei um posto de gasolina (Posto São Luis).
JC – As mudanças continuaram?
Lulu – Sim. De Pio XII mudei para Bacabal, distante sessenta quilômetros, levando tudo que tinha. A essa altura toda a mercadoria era da gente, pois havia pago tudo para o antigo patrão. Foram treze anos em Bacabal, tendo mantido o Posto São Luis em Pio XII, que eu só vendi bem mais tarde. Em Bacabal eu comecei a mexer com gado. Isso foi até 1972, ano em que a gente resolveu vender tudo, comércio, fazenda e posto para mudar para Brasília.
JC – Se a vida prosperou em Bacabal, o que lhe levou a mudar para Brasília?
Lulu – A família. Tios, tias e primos já estavam para lá, tinham se dado bem e isso atraiu a gente. Em Brasília, mesmo, eu só morei três anos. Trabalhei de taxista, depois comprei uma caçamba e fichei numa firma, depois fui para Santa Helena, em Goiás, com caçamba.
JC – Passados esses três anos foi para onde?
Lulu – Mudei com a família para Anápolis, que foi um dos passos mais acertados que dei na vida, assim como aconteceu quando decidi mudar para Itaituba. Lá a gente se deu bem, porque o comércio era muito forte e eu fui mexer com comércio novamente. Nesse tempo abri um comércio em Minaçu, que virou município no ano de 1976, no norte de Goiás. Lá nós montamos um comércio muito grande, com muito movimento. Nesse tempo eu já tinha começado a viajar para Itaituba, trazendo mercadoria no meu caminhão para vender aqui. O comércio que eu tinha em Anápolis era pequeno, mas, o de Minaçu era bem grande. Mas, algum tempo depois o comércio da cidade foi caindo, caindo, o povo todo indo embora. Até 1979 eu fiquei com o comércio lá.
JC – Quando aconteceu a primeira viagem para esta região?
Lulu – No ano de 1975. Meu irmão Argemiro já morava aqui. Até Belém, eu e a Juracy viemos no nosso carro. De Belém para Manaus a gente foi de avião. De lá viemos para Santarém encontrar meu irmão, que já mexia com garimpo na região do Tapajós, no Marupá, que ele vendeu mais tarde para o Goiano. De Santarém nós voltamos para casa, em Anápolis.
JC – E a primeira viagem para Itaituba?
Lulu – Deu-se em 1977. Trouxe meu caminhão carregado de feijão, que eu vendi todo para o Zé Arara, que eu conheci naquele momento e que depois passou a ser um grande amigo meu. Passei um ano sem vir aqui. Quando voltei, trouxe uma carga de mercadoria, cuja maior parte foi para o seu José Elisiário, que era comerciante e garimpeiro. O comércio dele ficava na Travessa 15 de Agosto.
Naquele tempo a comunicação era muito difícil. O seu José Elisiário, que tinha o meu endereço, escreveu uma carta na qual discriminava tudo que ele precisava. Naquele período eu vendi muito para o Samuca, para o Tibiriçá, para o Chico do Boi, para o Raimundo Nonato, da Casa Herói e para outros comerciantes.
JC – Quanto tempo durou esse tipo de comércio, viajando do centro-oeste para cá?
Lulu – Durou uns quatro anos, numa média de duas viagens por mês. A gente andava sempre em dois motoristas, o que fazia com que a viagem fosse mais rápida. Quando chegava aqui eu mesmo descarregava o caminhão todo, carregando as coisas na cabeça, dando uma de carregador. Isso durou até o ano de 1981.
JC – O que aconteceu de especial naquele ano, que mudou sua vida e da sua família?
Lulu – Minha esposa Juracy veio uma viagem comigo em 1981. Viemos pela Transamazônica e retornamos pela Santarém-Cuiabá, fazendo nossa comida na beira da estrada, num fogãozinho a gás. Eu iria carregar de retorno para Goiânia, em Itaúba, no Mato Grosso, onde carregaria o caminhão de madeira. A Juracy gostou daqui. Tanto, que nós alugamos logo um pontinho na Rua Hugo de Mendonça, entre Paes de Carvalho e Victor Campos, onde funcionou uma loja da Fórum até há pouco tempo, local que é propriedade do senhor Baião. Esse ponto servia para guardar mercadoria. Mais tarde, quando nós decidimos mesmo ficar por aqui, alugamos um barracão do Adonias, que ainda é parente da gente. Ficava na 9ª Rua, perto da Travessa 13 de Maio.
Na próxima edição, Seu Lulu vai contar como foi o começo da vida em Itaituba, onde mais uma vez ele prosperou como comerciante, até construir um dos melhores hotéis da cidade, o Juliana Park Hotel.
Fonte: Jornal do Comércio - Edição nº 101
JC – Até que ano o senhor estudou?
Lulu – O que hoje equivale ao ensino fundamental, que na época era chamado de curso primário.
JC – Como foi sua infância, adolescência e juventude?
Lulu - A partir dos dez anos comecei a trabalhar na roça, com meu pai, que plantava arroz, feijão e culturas de subsistência em geral. A diversão era apenas um joguinho de bola nos finais de tarde, ou nos fins de semana. O resto do tempo era só trabalho. Isso foi até os dezesseis anos, quando eu saí de Mirador.
JC – Saiu de Mirador para morar aonde?
Lulu – Fui para o município de Santa Inez trabalhar de empregado num comércio de secos e molhados, onde fiquei por cinco anos. Voltei para mirador para me casar com Juracy, que ainda é minha prima. Depois do casamento nós fomos morar em Pio XII, que na época era distrito e hoje já é município. Essa parte da nossa história aconteceu no ano de 1957.
JC – O que foi fazer em Pio XII?
Lulu – Fui tocar nosso próprio comércio, no ramo de secos e molhados, ajudado pelo meu antigo patrão Manuel Lima, que me financiou. Eu também comprava coco babaçu. Fui um grande comprador, chegando a negociar uma média de quinhentos sacos por semana. Durante sete anos eu fiz esse tipo de comércio com a empresa Chagas & Penha Ltda., de São Luis, para onde eu mandava de barco o coco que comprava. Nesse tempo, em Pio XII, eu montei um posto de gasolina (Posto São Luis).
JC – As mudanças continuaram?
Lulu – Sim. De Pio XII mudei para Bacabal, distante sessenta quilômetros, levando tudo que tinha. A essa altura toda a mercadoria era da gente, pois havia pago tudo para o antigo patrão. Foram treze anos em Bacabal, tendo mantido o Posto São Luis em Pio XII, que eu só vendi bem mais tarde. Em Bacabal eu comecei a mexer com gado. Isso foi até 1972, ano em que a gente resolveu vender tudo, comércio, fazenda e posto para mudar para Brasília.
JC – Se a vida prosperou em Bacabal, o que lhe levou a mudar para Brasília?
Lulu – A família. Tios, tias e primos já estavam para lá, tinham se dado bem e isso atraiu a gente. Em Brasília, mesmo, eu só morei três anos. Trabalhei de taxista, depois comprei uma caçamba e fichei numa firma, depois fui para Santa Helena, em Goiás, com caçamba.
JC – Passados esses três anos foi para onde?
Lulu – Mudei com a família para Anápolis, que foi um dos passos mais acertados que dei na vida, assim como aconteceu quando decidi mudar para Itaituba. Lá a gente se deu bem, porque o comércio era muito forte e eu fui mexer com comércio novamente. Nesse tempo abri um comércio em Minaçu, que virou município no ano de 1976, no norte de Goiás. Lá nós montamos um comércio muito grande, com muito movimento. Nesse tempo eu já tinha começado a viajar para Itaituba, trazendo mercadoria no meu caminhão para vender aqui. O comércio que eu tinha em Anápolis era pequeno, mas, o de Minaçu era bem grande. Mas, algum tempo depois o comércio da cidade foi caindo, caindo, o povo todo indo embora. Até 1979 eu fiquei com o comércio lá.
JC – Quando aconteceu a primeira viagem para esta região?
Lulu – No ano de 1975. Meu irmão Argemiro já morava aqui. Até Belém, eu e a Juracy viemos no nosso carro. De Belém para Manaus a gente foi de avião. De lá viemos para Santarém encontrar meu irmão, que já mexia com garimpo na região do Tapajós, no Marupá, que ele vendeu mais tarde para o Goiano. De Santarém nós voltamos para casa, em Anápolis.
JC – E a primeira viagem para Itaituba?
Lulu – Deu-se em 1977. Trouxe meu caminhão carregado de feijão, que eu vendi todo para o Zé Arara, que eu conheci naquele momento e que depois passou a ser um grande amigo meu. Passei um ano sem vir aqui. Quando voltei, trouxe uma carga de mercadoria, cuja maior parte foi para o seu José Elisiário, que era comerciante e garimpeiro. O comércio dele ficava na Travessa 15 de Agosto.
Naquele tempo a comunicação era muito difícil. O seu José Elisiário, que tinha o meu endereço, escreveu uma carta na qual discriminava tudo que ele precisava. Naquele período eu vendi muito para o Samuca, para o Tibiriçá, para o Chico do Boi, para o Raimundo Nonato, da Casa Herói e para outros comerciantes.
JC – Quanto tempo durou esse tipo de comércio, viajando do centro-oeste para cá?
Lulu – Durou uns quatro anos, numa média de duas viagens por mês. A gente andava sempre em dois motoristas, o que fazia com que a viagem fosse mais rápida. Quando chegava aqui eu mesmo descarregava o caminhão todo, carregando as coisas na cabeça, dando uma de carregador. Isso durou até o ano de 1981.
JC – O que aconteceu de especial naquele ano, que mudou sua vida e da sua família?
Lulu – Minha esposa Juracy veio uma viagem comigo em 1981. Viemos pela Transamazônica e retornamos pela Santarém-Cuiabá, fazendo nossa comida na beira da estrada, num fogãozinho a gás. Eu iria carregar de retorno para Goiânia, em Itaúba, no Mato Grosso, onde carregaria o caminhão de madeira. A Juracy gostou daqui. Tanto, que nós alugamos logo um pontinho na Rua Hugo de Mendonça, entre Paes de Carvalho e Victor Campos, onde funcionou uma loja da Fórum até há pouco tempo, local que é propriedade do senhor Baião. Esse ponto servia para guardar mercadoria. Mais tarde, quando nós decidimos mesmo ficar por aqui, alugamos um barracão do Adonias, que ainda é parente da gente. Ficava na 9ª Rua, perto da Travessa 13 de Maio.
Na próxima edição, Seu Lulu vai contar como foi o começo da vida em Itaituba, onde mais uma vez ele prosperou como comerciante, até construir um dos melhores hotéis da cidade, o Juliana Park Hotel.
Fonte: Jornal do Comércio - Edição nº 101
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