sábado, outubro 07, 2006

NÃO TIVE DINHEIRO PARA FAZER CAMPANHA

Júlio César foi o candidato local do Partido dos Trabalhadores. Chegou aos 2.412 votos. Desses, 1.407 foram obtidos em Itaituba. Avalia positiva sua participação no recém findo pleito, pelas enormes limitações financeiras de sua campanha. Ele disse que não conseguiu visitar alguns municípios importantes, nos quais é conhecido. Foi o caso de Aveiro, Rurópolis, Placas e Santarém, dentre outros.
Mesmo no município de Itaituba ele não teve como chegar a diversos lugares do interior, como Cristalino e Sem Terra, por falta de recurso que lhe possibilitasse dispor de um meio de transporte mais robusto, pois o seu carro é baixo e não consegue passar em alguns trechos de diversas vicinais. Nem mesmo sua aparição no horário político ajudou muito, uma vez que alguns municípios da região só sintonizam emissoras de TV através de parabólicas. Não obstante tudo isso, em Trairão conseguiu quase 400 votos, graças ao apoio de um empresário local, que pediu votos para ele nos últimos 15 dias da campanha. Falou que, embora a Justiça Eleitoral tenha se esforçado para dar um basta na influência do Poder Econômico no processo eleitoral, ainda teve notícias de que na véspera da eleição houve gente trabalhando até altas horas na compra de votos.
Pelo que pôde observar, tanto de sua campanha, como a de outros concorrentes, Júlio César viu que o empresariado local pouco ajudou. Cobra muito a falta de representantes políticos, mas, pouco se empenha para que eles sejam eleitos. A maior parte se omite do processo eleitoral.
A respeito de seu projeto político para o futuro, Júlio César garante que não será candidato a vereador em 2008. Ele, que faz parte do grupo político da senadora Ana Júlia, disse que, junto com seu grupo, vai trabalhar para ajudar algum outro nome do partido. Posted by Picasa

VOU CUIDAR DOS MEUS NEGÓCIOS

Após a eleição, Wilmar Freire mostrava-se visivelmente decepcionado com o resultado obtido, pois sua votação foi muito aquém da esperada. Principalmente em Itaituba. De um total de 3.436 votos, somente 2.460 foram depositados nas urnas de Itaituba, onde ele concentrou a maior parte de sua campanha. Esse foi o pior resultado das cinco eleições para deputado estadual que ele disputou desde de 1990.
Terminada a campanha Wilmar volta-se para seus negócios, aos quais dará prioridade absoluta a partir de agora. Contudo, embora abatido com os números desfavoráveis, ele não vai se afastar da política. “A gente não consegue ficar fora disso. Até se promete deixar, depois de uma frustração como essa, mas, depois a gente vai se envolvendo, de novo, e quando vê, está dentro”.
O ex-deputado ressaltou o empenho do empresário Valmir Climaco, que vestiu a camisa e fez tudo que estava ao seu alcance para ajudá-lo na tentativa de voltar à Assembléia Legislativa. Se não deu, ele tem consciência de que não foi por falta de trabalho de Valmir e de todos que o acompanharam nessa jornada. O pessoal que saiu às ruas para pedir votos para ele, fez sua parte da melhor maneira possível, disse Wilmar. Posted by Picasa
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O leitor Eron comenta a nota acima

Eron
Como é que quer sair da politica, uma mamata dessa, ninguém quer sair

SEREI CANDIDATO EM 2010 NOVAMENTE

O vereador Paulo Gasolina (PFL) se diz satisfeito com o resultado que obteve. Chegou aos 4.307 votos. Somente em Itaituba foram 2.403 votos. Ele falou que não teve recursos para fazer uma campanha mais consistente e que trabalhou pouco mais de dois meses para conseguir essa votação. Não teve tempo de visitar o interior do município, não teve condições de ir à região de garimpos e deixou de ir a alguns municípios por falta de recursos.
Paulo disse que, se levar em consideração sua votação nessas circunstâncias, enfrentando candidatos de fora com muito dinheiro, que jogaram pesado, inclusive com denúncia de que teriam comprado votos a R$ 50,00 cada, pode afirmar que foi mesmo bem votado.
Sem queixas do eleitor e sem mágoas de quem quer que seja, disse Paulo Gasolina. Apenas lamenta que não tenha tido mais recursos financeiros para fazer uma campanha mais sólida que aumentaria muito suas chances. Embora não eleito, sente-se com autoridade para cobrar daqueles que se elegeram por seu partido. Para ele, a opção do eleitor pelos candidatos da terra e da região foi um dos pontos altos da eleição.
Usando a tribuna da Câmara Municipal de Itaituba, o vereador Paulo Gasolina informou que já estava lançando seu nome para daqui a quatro anos, quando tentará novamente uma vaga na Assembléia Legislativa. Agora, com muito mais tempo para trabalhar, organizar sua campanha e levantar recursos para custeá-la. Posted by Picasa

ROSELITO FOI O MAIOR PERDEDOR DESTA ELEIÇÃO

Para Luis Fernando Sadeck dos Santos (Peninha), que saiu da última eleição com 4.810 votos, o grande perdedor desse processo eleitoral foi o prefeito Roselito Soares que, no comando do maior município desta mesorregião do Sudoeste do Estado deu uma votação inexpressiva para seus candidatos. Se dependessem dos votos de Itaituba, dificilmente José Megale e César Colares se elegeriam.
Depois de Roselito, o ex-vereador afirma que o empresário Valmir Climaco foi o segundo que mais perdeu, por não ter conseguido transferir votos para o candidato Wilmar Freire, no qual apostou e para quem trabalhou com bastante empenho na campanha eleitoral recém finda. Ele não perdeu a oportunidade de criticar os vereadores da Câmara Municipal de Itaituba, que trabalharam para candidatos de fora, com pouco êxito, exceção feita apenas ao presidente da Casa, vereador Dico e Paulo Gasolina, que era candidato. Também a vice-prefeita Antonieta Lima foi alfinetada, pois pediu votos para Júnior Ferrari.
Quanto ao seu desempenho, Peninha considera que foi abaixo do que esperava, porém, dentro das possibilidades dos poucos recursos de que dispôs durante a campanha. Ele disse que essa votação foi fruto do trabalho político que desenvolveu ao longo de sua carreira política. A respeito de seu futuro político, Peninha só tem uma certeza: vai continuar na política. Sobre o rumo que tomará, ainda é cedo para falar a respeito do assunto.
Peninha acha que continuará sendo muito difícil Itaituba eleger um deputado estadual, enquanto houver gente agindo como fizeram os políticos locais com mandato, na eleição que terminou. Os de fora, que têm todo o direito de vir aqui, pois vive-se numa democracia, com o apoio de prefeito, da vice e vereadores, levaram uma considerável parte dos votos, em detrimento dos candidatos da terra.
Não obstante esse detalhe que prejudicou as pretensões de quem almejava se eleger para a Assembléia Legislativa, ele reconhece que o eleitor itaitubense atendeu ao chamado dos candidatos, das lideranças e da Imprensa, concentrando a votação em candidatos locais, sobretudo no Dr. Edir Pires. Ele disse que o eleitor fez a sua parte. Posted by Picasa

FALTOU POUCO

Com mais de 20 mil votos, tendo obtido 14.206 em Itaituba, equivalente a 35,30% da votação, o candidato Dr. Edir Pires chegou perto, mas, ficou fora, mais uma vez. Na segunda-feira, 2 de outubro, houve um alarme falso dando conta de que ele estaria eleito, o que fez com que alguns correligionários chegassem a acorrer à coordenação de campanha para começar a carreata da vitória.
Falando à Imprensa de Itaituba, um dia após a eleição, o Dr. Edir Pires, ainda na expectativa de uma possível confirmação pelo TRE, de seu nome como deputado, não escondia sua decepção por não ter sido eleito. Com o processo eleitoral todo informatizado, ele sabia que a não inclusão do seu nome na relação dos 41 eleitos significava que estava fora, apesar de seu partido ainda alimentar a esperança de emplacar um segundo nome.
Assim como fizeram outros candidatos, ele criticou a falta de apoio de grande parte do empresariado, ressaltando que a empresa Serabi Mineração foi exceção, pois ajudou não apenas sua campanha, mas, a de outros concorrentes por Itaituba. Dr. Edir disse que é necessário que haja maior engajamento dos empresários para que Itaituba tenha condições de eleger um representante para a Assembléia Legislativa. Enquanto não houver uma colaboração mais efetiva do setor econômico do município, os candidatos terão muitas dificuldades para tocar suas campanhas, pois os recursos não são muitos.
Sem eleger ninguém, disse ele, Itaituba vai continuar sem voz no Parlamento do Estado, distante de tudo e reclamando da ausência do governo. Embora o eleitor tenha concentrado a votação em candidatos da terra, principalmente nele próprio e em Dudimar Paxiúba, infelizmente, não foi suficiente para guindar alguém ao cargo de deputado.
A única coisa certa sobre seu futuro político é que vai continuar na política, entendendo que, enquanto o município não conseguir eleger pelo menos um deputado estadual, pouca coisa vai mudar, pois continuará dependendo apenas da boa vontade do governo do Estado e isso pouco. Posted by Picasa

O que dizem os candidatos de Itaituba após a eleição

VALEU A PENA
Na avaliação do candidato a deputado federal Dudimar Paxiúba, que obteve 40,93% dos votos válidos de Itaituba, alcançando uma votação de 16.415 votos em seu domicílio eleitoral, de um total de 18.395, sua primeira incursão pela política, como candidato, foi muito positiva. Afinal de contas, ele nem tinha pretensão de disputar esse pleito e sua candidatura foi um tanto acidental.
Dudimar disse que valeu a pena. Todavia, observou que faltou mais apoio de parte do empresariado, conquanto, poucos foram os que contribuíram e esses poucos, com pouco dinheiro doado para sua campanha. Esse pessoal preferiu gastar com candidatos de fora, em detrimento do pessoal da terra.
Ele ficou satisfeito pelo fato do eleitor ter aderido à campanha pelo voto em candidatos da terra, ou da região, com alguma ligação com o município e concentrou sua votação nesses candidatos, como foi o caso dele próprio e do médico Edir Pires, que por pouco não se elegeu.
Dudimar lamentou que a coligação da qual seu partido fez parte não tivesse muitos outros nomes que somassem votos suficientes para que alcançasse o quoeficiente eleitoral. Se isso tivesse acontecido, Itaituba teria elegido o primeiro deputado federal de sua história. Para se ter uma idéia de como os demais candidatos tiveram uma votação muito baixa, basta observar que Dudimar Paxiúba foi o 33º candidato mais bem votado do Estado do Pará, no computo geral, enquanto o segundo mais bem votado da coligação da qual o PV fez parte foi o candidato Eldely, que ficou na 38ª posição, com apenas 9.518 votos. O próprio presidente do partido, José Carlos Lima só teve 983 votos. Só Dudimar foi responsável por quase 32% dos votos dado à coligação que o PV integrou.
Quando o assunto é o futuro político para alguém que saiu da eleição com uma bagagem de votos invejável, Dudimar Paxiúba afirma que é cedo para dizer qualquer coisa, pois a eleição que disputou é algo muito recente, que ainda está sendo digerido. Entretanto, deu a entender que não pretende parar por aí. Tem pretensões, sim, de continuar integrando o cenário político de Itaituba, faltando definir de que maneira isso acontecerá. Ressaltou que tem um compromisso assumido com o empresário Valmir Climaco, provável candidato a prefeito em 2008, que será motivo de conversas futuras para delinear os próximos passos de sua carreira política. Posted by Picasa

JC circulando IV

Falta de união
Do vereador Manoel Diniz: “Faltou fazer uma análise antecipada. Faltou, também, humildade. No caso do prefeito Roselito Soares, houve uma demonstração de como não se sabe trabalhar, mesmo estando com o poder na mão”.

Diniz disse que acredita que a votação do Dr. Edir Pires só não foi mais prejudicada porque ele se afastou do prefeito a tempo, pois, se não, teriam muito menos votos. Criticou a falta de engajamento de outros médicos estão se lixando se um colega está em campanha política. Falou que somente ele quebrou os galhos de Edir, quando esse viajava, atendendo até os pacientes do hospital do candidato.

Quanto à baixa votação dada ao PMDB, seja para o candidato Wilmar Freire, José Priante, Luis Otávio e Jader Barbalho, Diniz acha que isso se deveu a alguns fatores que contribuíram para isso. Por exemplo, a presente dificuldade de Wilmar para arregimentar votos e a dificuldade de transferência de votos, referindo-se ao empresário Valmir Climaco. “Pedir votos para você é uma coisa; transferir votos para outros é outra coisa”, disse ele.