sábado, maio 13, 2006

Itaituba: A Solução está na ponta do dedo


A cidade de Itaituba é única, é por ser assim, tem suas peculiaridades, coisas que só acontecem aqui. Mas o que faz Itaituba ser assim? Ser tão rica e ao mesmo tempo tão pobre? Ser tão alegre e ter um ar de tristeza? Ser tão aguerrida e ao mesmo tempo tão apática? Muitos podem dizer que Itaituba é assim em conseqüência do resquício da era do ouro, onde ninguém precisava de ninguém, pois de posse de ouro, tudo era possível e as dificuldades quase não eram perceptíveis. Mas com o fim do ciclo do cobiçado metal, os problemas começaram a ser enxergados e sentidos por essa população que antes estava míope pela febre do ouro.
Conseqüência de todo o fim desse processo foi à migração de garimpeiros para cidade, onde se instalou uma camada de pessoas sem escolaridade e sem profissão definida, mas com disposição de aprender um ofício para lhe garantir o sustento pessoal e familiar. Na contra-mão a isso tiveram algumas exceções, que por sorte ou visão futurista, se anteciparam e diversificaram suas atividades, investindo no setor pecuário e no comércio. Quem não assim procedeu quebrou e hoje vive a contar histórias de suas farras e esbanjo.
Itaituba, através de seus diversos órgãos, desde então, ainda não traçou ou planejou outro caminho de viabilidade econômica para o desenvolvimento do município, pois embora reduzido a uma pequena parte, ainda é o ouro que aquece grande parte do comércio local. Então de forma aleatória atira-se para todo o lado, Fazenda Modelo, criação de cooperativas agrícolas, Casas de farinha, turismo, enfim, vários foram os caminhos, sem que se tenham levado em conta elementos técnicos para nortearem o real potencial de Itaituba.
Alguns poucos desbravadores tentam, com muito esforço, conduzir o caminho da Pecuária, investindo com seus recursos próprios na melhoria genética de seu rebanho, tornando-os referência e dando notoriedade que já extrapolaram as fronteiras do nosso Estado; mas isso é parte integrante do setor privado. Onde estão as ações do poder público? Onde estão nossos representantes? Quem luta por nós?
Itaituba é uma cidade que não teve sorte com seus políticos, principalmente com seus deputados estaduais, que quando eleitos pouco fizeram por merecer o voto que lhes foram confiados, um até chegou a ficar conhecido como “deputado nota zero”. De lá pra cá, nunca mais Itaituba elegeu um deputado estadual e isto está custando caro para a população.
Aqui em Itaituba temos tudo, temos belezas naturais, temos pessoas aguerridas, lutadoras, dispostas ao trabalho, mas tudo isso precisa estar aliado à questão política; precisamos de representatividade na Assembléia Legislativa, precisamos de gente que lute por nós, que tenha competência para nos representar, que conheça nossos problemas e nossa história, que não chegou ontem por aqui, que não seja um aventureiro. Do contrário, continuaremos a ser sempre ricos/pobres e continuaremos a ver projetos e programas serem executados em outros municípios menores que Itaituba. Basta!!! Podemos mudar isso, o voto é a solução.

Artigo do pedagogo Dayan Serique, veiculado na 17ª edição do Jornal do Comércio

Mineração otimista


O artigo a seguir foi publicado na mais recente edição do Jornal do Comércio, escrito pelo advogado José Antunes, que é vice-presidente da AMOT.

As nossas licenças ambientais eram expedidas pela SECTAM, porque existia um convênio com o Ibama, que tem competência para outorgar para os estados e municípios, e aqui no estado do Pará a competência é da SECTAM. Com os decretos que criaram as novas reservas ambientais, todas essas competências foram extintas. Então, está se fazendo, novamente, um estudo, do qual o DNPM, tendo à frente o geólogo Every Aquino, está participando. Trata-se de um trabalho muito grande para que volte a ser feito o convênio entre o Ibama e o Estado, a fim de que a SECTAM possa retomar a expedição de licenças ambientais. No momento, continua tudo parado no setor mineral. Não existe ninguém expedindo licenças ambientais.
A informação de que o governo do Pará estabeleceu o prazo de seis meses para se adequar à nova ordem para começar a expedir novas licenças, deixou os setores produtivos da região muito preocupados. Todavia, no caso específico da mineração, como já existia esse convênio anteriormente, ele só precisa ser refeito, não havendo necessidade dessa espera de seis meses, que poderá afetar outros setores, como o madeireiro, por exemplo.
Embora a atividade mineraria continue respondendo por grande parte da economia de Itaituba, a preocupação das lideranças desse setor se estendem, também, para os problemas enfrentados por outros segmentos, que respondem pela oferta de milhares de empregos, como é o caso da indústria madeireira. Nesse sentindo, a AMOT encaminhou documento para a seccional da OAB do Pará, expondo que a suspensão dos projetos de manejo, licenças para desmatamento por parte dos pequenos proprietários, etc.., paralisou as atividades e isso está levando ao caos social. Como a OAB tem assento no Conselho Estadual de Meio Ambiente, estamos pedindo que a mesma faça gestões junto ao governo do Estado do Pará para que esse agilize a questão ambiental.
Apesar das incertezas provocadas pelas últimas decisões do governo federal para o setor mineral, o ano de 2006 tende a ser muito melhor do que o ano passado, em todos os aspectos porque, a partir de 13 de fevereiro passado, após a assinatura dos decretos pelo presidente Lula, criando as novas reservas, ficou totalmente definida a área onde se poderá minerar sem problemas; e, a grande área, que nós sempre pleiteamos, que é região da Reserva Garimpeira do Tapajós, nós conseguimos que ficasse completamente livre para se trabalhar na mineração, desbloqueando a preocupação que as grandes mineradoras tinham de investir, sem ter certeza do que viria a acontecer. O que se vê agora é uma grande corrida das mineradoras em busca de áreas.
O grande problema que estamos enfrentando no momento, na garimpagem em geral, é com relação à baixa cotação do Dólar. O preço do ouro está muito baixo no Brasil, por causa da queda da moeda norte-americana em relação ao Real. O preço do ouro no mercado internacional está ótimo, cotado em torno de U$ 630 a onça. O problema é a relação com o Real, que vem se valorizando seguidamente, enquanto os insumos usados para a exploração do ouro sobem constantemente. Mas, espera-se que haja alguma valorização do Dólar para que a situação regional melhore. De qualquer forma, a expectativa para o setor mineral é muito boa e a gente torce para que isso aconteça, pois a mineração continua sendo um dos pilares de sustentação de nossa economia.

José Antunes Posted by Picasa

Edir é candidato

O médico Edir Pires colocou um fim nas especualções de que poderia desistir de diputar uma cadeira para a Assembléia Legislativa. Ele informou ontem ao blog, que irá, sim, à convenção e que continua mantendo contatos políticos, visando à fortalecer sua candidatura, em dobradinha com o deputado federal Zequinha Marinho.

Brasil já tem plano para substituir gás boliviano

- A Petrobras já tem um plano de contingência que pode ser adotado em caso de interrupção no fornecimento do gás boliviano. Ele seria substituído por óleo combustível nas 11 refinarias da estatal. Já as usina termelétricas que usam gás seriam desligadas e substituídas por hidrelétricas na geração de energia. O passo seguinte seria racionar o gás para as indústrias. Mas a Petrobras ressalva que não crê em corte de gás pela Bolívia. Ontem, Evo Morales recuou prometeu dialogar e negou que a Petrobras aja ilegalmente no país.

CLÓVIS ROSSI:

A grande maioria dos jornalistas brasileiros com os quais conversei anteontem a respeito da entrevista do presidente boliviano, Evo Morales, saiu com a mesma impressão minha: trata-se de uma pessoa articulada, que diz as coisas com começo, meio e fim. Pode-se discordar do começo, ou do meio, ou do fim, ou de tudo do começo ao fim, mas há uma lógica interna em cada ponto que ele defendeu (menos na questão da venda do agora Estado do Acre ao Brasil, pelo qual a Bolívia teria recebido apenas o preço de um cavalo; foi muito, mas muito mais).

Toda essa lógica desabou fragorosamente na noite de ontem, quando ele voltou a falar aos jornalistas para desdizer o que dissera na véspera e, ainda por cima, recorrer a um truque que já não cola mais: o de que tudo não passou de "tergiversação" da mídia para jogá-lo contra seu "companheiro" Luiz Inácio Lula da Silva. Lula sabe perfeitamente que não é assim.

Ode à baurrice

A foto e a matéria abaixo foram publicadas no blog do Jeso. Mostra, ao mesmo tempo, a situação em que se encontra uma das principais avenidas de Santarém, por passam todas as linhas de ônibus, e até onde pode chegar o despreparo de governantes. Também se poderia chamar a operação de: enxugando gelo.

Já dura 24 horas o serviço, de iniciativa dos iluminados da Seminf, de bombeamento da água da avenida Tapajós para o leito do rio. Até agora, o nível de inundação da avenida não baixou um milímetro. Muito pelo contrário.Três engenheiros consultados pelo blog são unânime em afirmar que a iniciativa é burra. "Estão [os iluminados da Seminf] querendo enxugar gelo", disse um dos consultados, com passagem pelo serviço público municipal.As três bombas colocadas pela Seminf em cima do cais, às proximidades da travessa Padre João, estão a todo vapor, fumegando sem parar, numa ode pública à burrice descomunal. Marinha e Corpo de Bombeiros, coadjuvantes, dão apoio ao deprimente espetáculo.Devem ficar em cena, tudo indica, até o rio começar a baixar. Mas dirão, inundados de orgulho, que foi efeito das bombas. Posted by Picasa

Mudando o tom

Pressão européia força Morales a recuar e negociar com Petrobras
- O presidente da Bolívia, Evo Morales recuou um dia depois de chamar a Petrobras de "ilegal" e "contrabandista". Pressionado pela má repercussão na Europa. Morales acusou a imprensa de tê-lo mal interpretado e se dispôs a negociar com a empresa brasileira. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o presidente Lula ficou "indignado" mas continuará agindo com moderação. Os dois se reúnem hoje.