JACAREACANGA(PA), 10.05.2023 - Dado ao alarmante e crescente quadro da deficiente promoção de segurança pública no municipio, o Senhor Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Cidadania, Serviços Públicos e Redação / CCJ, vereador NEUMAR XAVIER, exarou e encaminhou convites às principais autoridades do munícipio para ao que se mostra em caráter de urgência reunirem-se com a finalidade de se encontrar caminhos para a solução de tomada definitiva de providências contra a deficiente promoção de Segurança Pública oferecida à população que ressente-se de completa insegurança por diversos fatores que foram discutidos. Evidentemente mesmo de forma respeitosa, o assunto sempre referiu-se no que tange ao trabalho deficiente atribuído às policias Militar e Civil, notadamente à PM que faz trabalho ostensivo e intenso na via publica
Policiamento Ostensivo é uma modalidade de emprego da força policial, em atividades de segurança pública, desenvolvida estrategicamente para gerar impacto visual e propiciar efeito dissuasivo. Em cujo emprego do homem ou a fração de tropa sejam identificados de relance, quer pela farda, quer pelo equipamento, armamento ou viatura.
Ostensivo é aquilo que pode ser notado, em especial no caso dosagentes de segurança pública, é a presença visível desses profissionais devidamente caracterizados, através de fardamento, equipamentos e viaturas.
Dito isso o policial representativo no momento de sua corporação militar, reportou-se mostrando que a estrutura colocada ao dispor do trabalho policial necessita de maior apoio da esfera governamental local e estadual, e que no entanto o trabalho não sofre solução de continuidade, sendo desenvolvido diuturnamente.
A segurança pública em Jacareacanga sempre chamou a atenção da esfera governamental da SEGUP bem como do Governador do Estado, em várias situações e entre as quais a mais recente foi a tomada de um veículo retido na delegacia de policia que seria o corpo de delito de um atropelamento de um indígena que foi destruído e incendiado com a contemplação das Policias Civil e Militar, dado a situação nevrálgica do momento justificando a permissividade da Policia em se tratar que a contraparte, invasora seriam indígenas. Evidentemente se fosse uma pressão de não-indígenas na certa seriam contidos à força.
Nossa Carta Magna promulgada em 88, não seria de cumprimento e obediência para todos os brasileiros?
Outra situação ocorrida, olhando pelo retrovisor da história, foi um assassinato de um indígena na Terra Indígena Sai Cinza, cometido por um próprio parente que em fuga homiziou-se na sede do município e familiares da vitima procuraram a policia com a determinação das lideranças em prender o assassino em fuga, e quando a policia o prendeu, a cidade foi invadida por centenas de indígenas que cercaram a Delegacia de Polícia local exigindo a entrega do jovem criminoso para JUSTIÇAMENTO.
O destacamento era composto por um Sargento munido com uma metralhadora INA, um Cabo, e dois Soldados, com armamento de "trezoitão", que resistia clamando que o Chefe da Funai em Itaituba viesse resolver a “pendenga”. Quando esse chegou horas depois em avião fretado ocorreu uma reunião entre prefeito, vereadores, a Funai e os Militares e a colocação do militar-comandante foi a seguinte:
Nós iremos defender o preso, de toda a forma! Eu sei que tem mais de 500 indígenas cercando a delegacia, sei que irão matar todos nós se ninguém liberar, .já que somos somente quatro, agora eu garanto que para defender o indígena preso eu defenderei a minha vida e dos meus colegas, e eu irei levar junto comigo uns cem índios.
– O preso, Alex Karo Munduruku, com 15 para 16 anos foi entregue ao Chefe da Funai, que entregou à sanha selvagem da vingança, para preservar muitas vidas em jogo naquele momento, e ao rumarem em suas várias embarcações para a Aldeia Sai Cinza lotadas de indígenas, ao subirem cinco minutos o rio, o jovem foi trucidado – Eu estava lá... eu ví! -Tentando convencer os indígenas a não ceifarem a vida do criminoso, me comprometi a ir junto com a caravana do terror, na viagem (seguia em uma pequena embarcação) já que estendi a promessa de convencer os familiares, vez que esses que decidiriam a sentença do acusado, a trazê-lo de volta, levá-lo para Itaituba e entregá-lo à Polícia. Na primeira curva do rio, estampidos de tiros, gritos, pulos dentro das águas rasas das praias naquele fatídico 9 de setembro, verão pleno... passando na ilharga, próximo fugindo daquilo, as águas azuis do Tapajós misturavam-se com o rubro carmim. Coisa tétrica!
Não se pode fazer pouco caso em negligenciarem com a promoção de Segurança Pública em Jacareacanga. Devido a essa negligência, ocorreu a invasão de centenas e mais centenas quase milhares de indígenas das Aldeias adjacentes à cidade para por em fuga todo o regimento policial local à disposição do municipio, devido a morte do indígena LELO AKAY, que fora barbaramente assassinato por malfeitores viciados em entorpecentes, e a disseminação estaria em sua fase embrionária, imagine-se agora presentemente como encontra-se! - Com táticas de combate mesmo, os indígenas cercaram as saídas da cidade entrando por dois flancos e cercando a região do aeroporto com presença de muitos jovens, obstruindo saídas com entulhos diversos;, em meia hora tudo estava dominado naquela noite terrível que ninguém se esquece. Felizmente o carro policial estava abastecido e em meio a invasão à delegacia a policia ao tentar esboçar reação em conter a turba furiosa, se colocaram em fuga furando o cerco por um espaço de terreno devoluto e o resultado final mostrou um Sargento flechado em um braço e a delegacia de policia em chamas, reduzida à cinzas e escombro, como despojos da guerra os indígenas exibiam vitoriosos armas privativas da Policia Militar. Jacareacanga sitiada obrigaram os comerciantes cerrarem as portas de seus estabelecimentos por tres dias até a chegada da cúpula da Segurança Pública do Estado acompanhada por um grande aparato policial para dar-lhes segurança... e muitas promessas foram feitas e pouca coisa cumprida.
Com certeza a iniciativa do nobre Vereador Neumar Xavier, considerando a deficiência na contenção de almas sebosas com casos de policia abundantes e registrados diariamente, que atemorizam a população, tenha tido a iniciativa, já que todas essas situações narradas o mesmo conhece e viveu, sentindo na pele, como munícipe, o crucial problema.
Convidados para a audiência com a CCJ, se fizeram presentes, a exceção de autoridades do Poder Judiciário e Promotoria de Justiça do Estado, representantes das Policias locais, representante do Prefeito municipal a Secretaria de Administração Senhora Suzy, diretores de estabelecimentos de educação e Creches, além de representações de entidades. Os edis, Rui Baima, Everton Araújo, Gersinho Manhuary, Rainéricy, Antonio Goiano, e Edivaldo Rola prestigiaram a reunião presidida pela CCJ. Sentida a ausência nas discussões, pela importância do assunto, dos Vereadores Giovani Kabá, Aleandro Karo, Ivair Karicafu e Isaias Kirixi.
Devido a deficiência na segurança pública que é comprometida também, além da falta de apoio governamental municipal, estadual que é crônica, ainda a necessidade de um contingente maior de policiais, agravado pela complexidade de se atuar na região por sua formação social com cultura diversa, Jacareacanga, não é uma região que atraia para serem destacados militares voluntariamente. É comum se dizer que ser destacado para Jacareacanga é uma punição para o militar.
ASSUNTOS DISCUTIDOS, DELIBERADOS E DECIDIDOS
- Combate severo à disseminação de entorpecentes;
- Combate à prostituição infantil;
- Disciplina no horário de funcionamento de bares e similares;
- Implantação de uma Companhia de Policia Militar;
- Contenção disciplinar de policiais que transigem com desvios de função;
- Falta de iluminação pública em algumas artérias que facilitam a delinquência;
- Ação compenetrada policial na contenção rigorosa de assaltos até à luz do dia.
Supramencionados, foram os tópicos exaustivamente discutidos no importante encontro para se repensar, avaliar e projetar novos rumos para um trabalho eficiente de promoção da segurança pública no âmbito do município de Itaituba.
Extraído como produto final do encontro promovido e conduzido pela CCJ, convencionou-se a elaboração de um documento com apelo de abaixo-assinado para ser encaminhado à superior consideração do Senhor Secretário de Segurança Pública do Estado e também para o Governador do Estado do Pará, para através da união conjunta de forças, sejam adotados medidas precisas e necessárias em defesa da municipalidade
Matéria: Rastilha de Pólvora
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