quarta-feira, abril 28, 2021

Muita Discussão Sobre a Rodonave, Mas, Pouco ou Quase Nada de Prático Ficou

Willan Tadeu Lemos - Rodonave
   O assunto que mais ocupou o tempo da seção de   hoje é um velho conhecido do legislativo municipal   e dos Itaitubenses: a travessia de balsa entre   Itaituba e Miritituba.

   O tema já foi causa de muita cobrança nas   legislaturas passadas, com poucas melhorias por   parte da empresa que explorava o que na região   costuma-se chamar de “Garimpo sem Malária”,   quando um negócio é muito rentável.

   Hoje, o senhor Willan Tadeu Lemos, que faz parte da direção da empresa, cuja sede está localizada na cidade de Porto Velho, usou a tribuna, sendo concedidos a ele, dez minutos, como a todos que solicitam o uso ou são convidados pela Câmara, entretanto, dado o enorme volume de reclamações de quase todos os vereadores, foi preciso mais de uma hora para esgotar a pauta.

Primeiramente, ele falou do périplo que precisou fazer, até chegar em Itaituba, pois não há voos de Porto Velho para Santarém. Por isso, teve que voar para Manaus, de lá para Santarém e de lá ele veio de lancha até aqui.

Na condição de diretor da empresa, Willan mostrou-se muito tranquilo, e mesmo diante do tom mais incisivo de alguns vereadores, em nenhum momento deixou de responder, ou exasperou-se.

As reclamações foram aquelas que feitas em outras reuniões passadas, como a falta de banheiro nas balsas, demora de até quatro horas nos finais de semana para atravessar, etc…

Willan fez as mesmas promessas feitas no passado. Quanto aos banheiros disse que a empresa atende as exigências da Marinha (Capitania dos Portos), oferecendo um em Miritituba e outro em Itaituba, em terra. Quanto a demora, disse que a empresa vai resolver.

O presidente, Dirceu Biolchi, cobrou providências para o serviço de travessia do Rio Jamanxim, na comunidade de Jardim do Ouro, que não conta nem mesmo com um ancoradouro para dar mais conforto e segurança aos usuários. Queixou-se que o gerente chega ao serviço na hora que bem deseja, sem dar explicações aos usuários.

O diretor, para tentar limpar a barra da Rodonave, falou que a empresa não cobra a travessia das pessoas, e que isso representa uma renúncia de receita mensal na ordem de mais de R$ 200 mil; afirmou que a Rodonave terminou o ano passado como a maior contribuinte com o fisco municipal, tendo pago mais de R$ 800 mil de ISS; disse que são gerados setenta e quatro empregos, todos para residentes de Itaituba, com uma folha de pagamento de mais de R$ 150 mil mensais.

Alguns vereadores retrucaram, respondendo que permitir a travessia de pedestres sem cobrar é o mínimo que a Rodonave deve fazer por Itaituba, e que o pagamento de impostos é dever da empresa.

No final das contas, a discussão rendeu matérias, mas, não definiu absolutamente nada na melhoria da qualidade do serviço de travessia, que é o que interessa a quem precisa da balsa.

Muitos vereadores falaram em tom mais agressivo, todos que apresentaram suas quixas estiveram exaltados, enquanto o senhor Willan Lemos mostrou que é bom de papo e que não se abala com pouca coisa, deu entrevistas depois da discussão, e ficou por isso mesmo.

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