Diante desse cenário dramático que estamos vivenciando agora, conseguir um leito já não trás mais tanta tranquilidade, pois a escalada do numero de óbitos é assustadora.
Itaituba já ultrapassou a marca das duzentas mortes e o índice de letalidade da covid-19 aqui em Itaituba, só é menor que a do estado Amazonas. Somente nesses dois meses e meio de 2021, já foram registradas mais de oitenta mortes em consequência do coronavírus.
O que também não pára de aumentar, são críticas à Mais Saúde, a Organização Social que administra o HRT.
As pessoas reclamam, principalmente, da falta de informação sobre o estado de saúde dos pacientes. Em alguns casos os boletins demoram mais de 48 horas para ser divulgados, e essa esperar é uma verdadeira tortura psicológica para os familiares dos pacientes.
A Mais Saúde também está sendo questionada pelo pequeno efetivo de profissionais para atender a demanda crescente de pacientes e, o mais grave é a que faltam remédios para medicar os pacientes internados.
Em alguns casos os familiares tem que comprar os medicamentos, e muitas pessoas estão recorrendo à UPA, porque não têm dinheiro para comprar os remédios, até alguns exames de pacientes do Regional estão sendo solicitados do hospital municipal.
É nesse cenário crítico, com o registro de mais de duzentas mortes pela covid-19, que acompanhamos a indecisão das autoridades em adotar medidas mais rígidas para combater a pandemia.
O município não tem, se quer, um comitê de crise, para emitir um parecer técnico sobre a situação, e na ausência deste, o Ministério Público deveria, pelo menos, visitar o Hospital Regional e a UPA para comprovar a situação dramática em que se encontram essas unidades de saúde.
Em momentos como esse, já está comprovado cientificamente, que somente a adoção de medidas restritivas mais severas é capaz de conter o avanço desse vírus.
Jornalista Weliton Lima - Focalizando, 18.03.2021
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