domingo, janeiro 03, 2021

Mulher com a mãe internada reclama que funcionários batem ponto ao lado de pacientes internados em Manaus

A atendente Andreia Barros, de 46 anos, que está com a mãe internada no Hospital 28 de Agosto, em Manaus, denunciou a superlotação do local e a falta de anestesista para cirurgias. A mãe dela está no local para fazer uma amputação e não tem Covid-19. A unidade é referência para tratamento da doença e, segundo Andreia, funcionários que tratam os infectados pelo vírus circulam livremente nas demais dependências do hospital.








Em vídeos gravados dentro da unidade na manhã deste domingo (3), Andreia relatou uma série de problemas. Em uma das filmagens é possível ver funcionários do hospital batendo o ponto entre os leitos de pacientes. Em outra imagem, há uma fila de macas com pessoas no corredor de um andar do hospital.






"A minha mãe tem 72 anos. É hipertensa, diabética e deu entrada no hospital no dia 26 para a retirada de um dedo, só que quando vão operar, sempre dizem que não tem anestesista. Agora, tiraram minha mãe da área de pacientes vasculares e colocaram no corredor, no meio de um monte de gente. 







Eu estou desesperada com a possibilidade de ela se infectar”, denunciou a atendente, que disse poder permanecer na unidade como acompanhante por conta da idade avançada da mãe.Andreia também contou que chegou a questionar a equipe do hospital sobre a mudança do leito da mãe e a falta de anestesista no local, mas não foi dado um posicionamento para ela sobre o fato.







"Eles disseram que vão transferir minha mãe para um hospital onde não tivesse 

Covid. Mas eu pergunto: onde que não tem? "

A atendente teme pela vida da mãe: "Todos os hospitais e prontos-socorros estão cheios de pessoas infectadas. Aqui é médico, funcionário, gente que serve alimento, todos transitando entre os pacientes com Covid e os que não estão com a doença. Essa é a minha preocupação. Tem que separar".






Há dois meses, Andreia conta que perdeu o pai para a Covid-19.
"Meu pai deu entrada no [Hospital] João Lúcio com uma infecção urinária, pegou a Covid. Foi levado para o Delphina e de lá não saiu mais com vida. Fico apavorada porque a situação é igual. Ele era hipertenso e diabético. Estou muito preocupada com a minha mãe”, concluiu.









G1 questionou a Secretaria da Saúde sobre a situação no Hospital 28 de Agosto e aguarda posicionamento oficial.



O Glogo

Nenhum comentário:

Postar um comentário