sexta-feira, janeiro 22, 2021

Em tom incisivo, Helder vai à Tv em Santarém e diz a prefeitos que não é hora de jogar pra plateia

O governador Helder Barbalho afirmou em entrevista exibida nesta sexta-feira(22) pela Tv Tapajós, de Santarém, que conclamou os prefeitos do Baixo Amazonas para que adotem as medidas restritivas impostas pelo decreto estadual 800 em seus  municípios para conter a segunda onda de Covid-19 no Oeste do Pará em consequência do agravamento da pandemia no estado vizinho do Amazonas.

"Ontem, ao chegar do municípios, fiz uma videoconferência com todo os prefeitos da região do Baixo Amazonas pedindo que cada um possa colaborar neste sentido. Inclusive, disse para eles que não é hora de jogar para plateia e hora de salvar vidas. Todos os prefeitos acabaram de ser eleitos ou reeleitos. Eu disse para eles: se eventualmente quem vai participar de eleição e que tem que estar impopular ou popular, sou eu, que  devo disputar uma eleição. Mas não é hora de estar preocupado com isso, é hora de salvar vidas. Eu tenho que pensar na maioria, pensar na sociedade, pensar como líder e proteger a maioria da população", afirmou o governador.

 

Helder relembrou que houve mudança no bandeiramento da região do Baixo Amazonas. "Passamos da bandeira laranja para a vermelha. A classificação vermelha no nosso bandeiramento é de alto risco, acima disto, só o lockdown, que é a medida extrema que todos nós já experimentamos que é dramático."

 

"Para evitar que tenhamos que ir para essa medida extrema novamente, nós estamos pedindo que os prefeitos possam replicar o bandeiramento vermelho em cada município e montar uma estratégia efetivamente de comunicação e determinação que do que possível continuar com as atividades e de o que não possível continuar com as atividades para que isso seja uma sinalização para nossa população", ressaltou.
 

Segundo Helder, já são mais de 7.700 pessoas mortas em consequência da Covid-19 no estado do Pará. E reafirmou que o Pará já enfrenta uma segunda onda da doença e também cobrou mais responsabilidade da população. "Se cada um não compreender os riscos que nós estamos vivendo. A sensação que temos é de que todo mundo já esqueceu do que passamos na primeira rodada, quando eu vejo pessoas que não usam mais máscaras,  será que essas pessoas que estão reclamando que não vão para festa, será que ela não tem nenhum parente que não estejam no hospital ou ninguém conhecido que perdeu a vida?.  Mas temos que entender que é uma escolha", afirmou o governador ao se referir às proibições de funcionamento de bares, festas, e a outras medidas de restrição de circulação e aglomeração que estão previstas no decreto estadual. 

 

Em Santarém, decreto municipal fechou bares, academias, restaurantes( permitido só delivery) reduziu horario do comércio e fechou atividades não essenciais. Veja o decreto AQUI.

 

Segundo informações prestadas ao programa Bom Dia Santarém, Helder destacou "que no distrito do Maracanã, em Faro, há uma contaminação em alta escala e também em Terra Santa e Oriximiná, percebe-se, claramente, que a quantidade pessoas infectadas e a procura pela rede municipal de saúde. Isto nos leva a conclusão de que nós estamos voltando uma infecção fora da curva, nós vimos desde de junho, quando os casos do Pará continuavam, porém estavam estabilizados e agora voltou ascensão nos gráficos. Aí vem a mensagem fundamental, todos temos que ter a consciência do risco desse momento".


Helder observou que, "particularmente, aqui na região no Baixo Amazonas, que faz divisa com o estado do Amazonas, nós precisamos ter a consciência dos risco, ter a consciência da necessidade de nos proteger. E seguir as medidas preventivas e medidas sanitárias necessárias para que nós aqui e no estado do Pará por todo a fotografia dramática que nós temos assistidos no estado vizinho, o Amazonas. Por isso o governo do estado tem agido com o objetivo de ampliar as ofertas de leitos, de ampliar os serviços."

 

Durante a entrevista, Helder informou que o Barco Hospital Papa Francisco está em Faro para tirar aquela região da crise. "Lamentavelmente, as imagens são de pessoas que estão amontoadas dentro de uma unidade de saúde. Não podemos deixar que isso aconteça. Ao tempo que já conseguimos abastecer aquela comunidade, mas há necessidade de planejamento para aquisição desses insumos. Nós fizemos ontem 15 remoções de pacientes que estavam na comunidade Maracanã. Nós estamos neste momento com quatro helicópteros e um avião, apenas para fazer remoção de pacientes", disse o governador do estado.


Kamila Andrade

Oestadonet

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