domingo, agosto 30, 2020

A volta das aulas presenciais: a vida é o que mais importa


Uma hora dessas vai ter que retornar, dentro do “novo normal” a ida dos estudantes para as salas de aula. Não de forma açodada como queriam as escolas particulares e Belém e de Itaituba, no começo do mês de agosto.

As aulas presenciais só não foram reiniciadas porque o governo não autorizou. Felizmente.

Em Belém já está decidido que será dia 1º de setembro, terça-feira, obedecendo a protocolos rígidos dos órgãos de saúde, e com a possibilidade de alunos que não se sentirem seguros continuarem recebendo o material em casa.

Itaituba está na região do Tapajós, que junto com o Baixo Amazonas e mais algumas outras regiões do Estado estão na cor laranja, não estando autorizados, por enquanto, a retomar as aulas presenciais.

Algumas escolas particulares do município, que deram desconto de até 30% no pagamento das mensalidades, queixam-se que chegaram ao limite de sua capacidade de continuar do jeito que está.

No caso de Itaituba, não depende apenas da boa vontade do prefeito Valmir Clímaco, que já autorizou o reinício das aulas presenciais no final do mês passando, revogando seu próprio decreto poucos dias depois, após ter em mãos resultado de pesquisa que aferiu a opinião de pais que tem filhos no ensino fundamental. Além do que, ele deixou bem claro, que vai seguir o que for decidido pelo governo do Estado.

É uma situação complicada, porque muitos pais, principalmente os mais temerosos, com medo da Covid-19, não se sentem seguros para mandar os filhos de volta à escola. Por outro lado, tem a questão da sobrevivência das escolas, que voltarão a cobrar a mensalidade integral quando for autorizado o retorno.

Entende-se a grande preocupação das escolas em questão, porque elas não receberam nenhum tipo de ajuda do governo, tendo que se virar para continuar funcionando.

Aparentemente, em Itaituba não existe mais coronavírus. Usar máscara virou exceção. Está quase tudo funcionando. Nos clubes noturnos as aglomerações são cada vez maiores, com zero cuidado na prevenção do vírus. Mas, os números ainda preocupam, tanto de ocupação da UPA, quando do Hospital Regional do Tapajós.

Como diz o velho ditado, que prudência e canja de galinha não matam ninguém, o melhor que se tem a fazer é prevenir, porque, com essa Covid-19, muitas vezes não dá para remediar.

Mesmo sabendo que as aulas presenciais precisam voltar logo que for possível, que isso seja feito com responsabilidade, mirando diretamente na preservação da vida, que é o que mais importa. O resto dá para resolver depois. Uma vida perdida, não tem volta.

Jota Parente

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