segunda-feira, maio 04, 2020

Morte do agiota custou R$ 16 mil; suposto mandante foi no enterro do casal

Morte de agiota custou R$ 16 mil; suposto mandante foi ao enterro do casal A morte do empresário e agiota Iran Parente e sua esposa, Josy Prezza, em fevereiro deste ano em Santarém (PA), custou aos supostos mandantes do duplo assassinato R$ 16 mil, sendo R$ 10 mil pagos aos executores e R$ 6 mil ao contratante dos assassinos. 

Foi o que revelou nesta manhã de segunda-feira (4), em entrevista à imprensa, o delegado da Polícia Civil do Pará Gilvan Gomes de Almeida, que está à frente das investigações sobre o caso. Um dos mandantes, Dionar Filho, chegou a participar do enterro do casal.

O delegado revelou ainda que Alessandro Gomes da Silva, o Mineirinho ou Toninho, foi quem contratou os que executaram o casal. 

Está foragido, assim como Aline Maiara Ribeiro dos Santos, companheira dele e suspeita de envolvimento no crime. 

Iran e Josy foram encontrados mortos em uma fazenda na comunidade do Guaraná. Estavam perfurados por arma de fogo e com sinais de tortura. 

O casal teve a casa invadida na comunidade de Boa Esperança um dia antes dos corpos deles serem encontrados. 

Um dos supostos mandantes do crime, Dionar Nunes Cunha Filho, está preso preventivamente, por decisão da Justiça e a pedido da polícia. 

Ele era o contador do agiota, muito conhecido em Santarém por fazer empréstimo de elevadas quantia em dinheiro e não guardá-lo em banco. 

Para fechar o empréstimo, exigia documentos ou bens que eram usados como garantia de pagamento da dívida. Segundo o delegado, Iran carregava toda essa papelada em uma pasta, cuja posse passou a ser um dos objetivos dos que o executaram.

Cerco da polícia

 Após o crime, a polícia prendeu Erick Renan Oliveira Carvalho, um dos supostos executores. Também foi apreendida uma das armas (pistola) usadas no crime foi apreendida, era de propriedade de Iran. 

Com o cerco das investigações se fechando, Erick confessou a sua participação no duplo assassinato e entregou o segundo executor — Valdileno Fraga Dias, também foragido. 

Deu pistas, sem nomeá-lo, por ignorar, sobre o mandante. Identificado, Dionar caiu no radar da polícia e começou a ter sua vida vasculhada. 

Entre as informações obtidas, foi o local onde o crime foi tramado: em duas fazendas que pertence a Davi Barbosa, sócio de Dionar em uma rede de postos de combustíveis. 

A motocicleta usada pelos 2 executores no crime foi encontrada numa dessas fazendas. Davi Barbosa, segundo o delegado, não foi apontado como envolvido no caso “por falta de provas”.

Apesar de ser o contador da vítima e ter um patrimônio considerável – estimado em cerca de R$ 10 milhões, Dionar fez um empréstimo com Iran e deu documentos como garantia de pagamento. 

Por não conseguir pagar, o contador possivelmente resolveu encomendar a morte de Iran para ter de volta os documentos que atestavam a dívida.

Fonte: blog do Jeso

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