Parte desses “novos pobres” nunca recebeu benefícios do governo, e agora precisam de ajuda. Xavier, que mora com a mulher e três filhos numa casa alugada na Favela da Maré, na Zona Norte, se inscreveu para receber o auxílio emergencial de R$ 600 por três meses oferecido pelo governo, mas ainda não recebeu. Enquanto espera, recebe mantimentos da organização Gerando Vidas, que apoia desempregados.
Se não receber a ajuda do governo, vou ter que continuar indo para a rua — diz o vendedor de balas.17,9 milhões já receberam
Epidemiologistas e a Organização Mundial da Saúde (OMS) defendem o isolamento social dos que podem ficar em casa como o caminho para enfrentar o coronavírus. Especialistas afirmam que é preciso encontrar meios para amparar os mais pobres para além da renda básica prometida por três meses diante das consequências econômicas da pandemia.
Em um ano, o país colocará mais gente na miséria que na crise econômica dos últimos anos. Entre 2014 e 2019, o país jogou 3,8 milhões de brasileiros nessa situação.No domingo, a Caixa Econômica Federal informou que já foram finalizados 40,5 milhões de cadastros para o auxílio emergencial, sendo que 23 milhões tiveram os dados checados. Considerando os registrados no Cadastro Único, 17,9 milhões já receberam, segundo o banco. A estimativa é que 70 milhões de pessoas recebam.
— Com a paralisação da economia, temos que contar com o Estado entrando muito forte para amparar os grupos mais vulneráveis — diz Francisco Menezes, coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase).
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