sexta-feira, abril 10, 2020

Guedes admite que, se crise avançar após julho, PIB pode ter queda de 4% este ano

O ministro da Economia, Paulo Guedes, admite recessão em 2020 se crise se prolongar Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS Em videoconferência com senadores, ministro pede que contenham excessos em proposta da Câmara para estados e municípios

BRASÍLIA - Na tentativa de organizar as pautas da equipe econômica no Congresso, o ministro da Economia Paulo Guedes admitiu a senadores na noite desta quinta-feira que, se a paralisia gerada pelo avanço do coronavírus se estender depois de julho, o PIB (Produto Interno Bruto) poderá ter uma queda de 4% este ano.

Ele também já não esconde que a tendência é de retração na atividade econômica em 2020. Em videoconferência, ele ponderou, no entanto, que o cenário é impreciso porque depende do tempo em que as atividades no país ficarão desaceleradas por causa da pandemia.

O ministro passou a semana se reunindo com grupos de deputados e senadores em um apelo pela aprovação de medidas do interesse da equipe econômica. Em outra frente, nas conversas, Guedes também pediu que os parlamentares retenham propostas com impacto fiscal fora do horizonte da pasta.

Ontem, em reunião remota com um grupo de senadores que se consideram independentes, ele disse que, caso a desaceleração causada pela propagação do vírus dure dois ou três meses, a queda do PIB pode chegar a 1,5%. Mas, se a crise avançar depois de julho, a previsão pula para 4%.

Guedes, porém, quis dar um tom de otimismo à conversa, segundo parlamentares. Disse que o Brasil vai "surpreender"

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