Enquanto o governo do Amazonas mantém atrasados salários de médicos, enfermeiros e outros trabalhadores do sistema de saúde, a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) fez um aditivo estimado de R$ 13,3 milhões nos seus já milionários contratos com agências de publicidade e propaganda, alegando a necessidade de fazer campanhas de combate à pandemia do novo coronavírus.
E já empenhou R$ 9,79 milhões desse total, na conta dos gastos exclusivos do Covid-19, postados no Portal da Transparência.
R$ 13,3 milhões: valor estimado do aditivo aos contratos para publicidade. (Reprodução/Portal da Transparência)
Valores aditivados para as três agências que prestam serviço à Secom (Reprodução/Portal da Transparência)
Gastos com o combate à Covid-19, até esta quinta-feira, segundo o Portal da Transparência do Estado (Reprodução)
O valor fica acrescido aos contratos das empresas de propaganda do governo, que este ano já somavam R$ 68,7 milhões. O orçamento autorizado da secretaria para este ano já era de R$ 80,69 milhões. De acordo com o aditivo, os valores, oriundos do acréscimo, devem ser destinados exclusivamente às campanhas de ações de combate a pandemia.
De acordo com o Portal da Transparência do Estado, os 13,3 milhões a mais para as agências são para “serviços de publicidade dos tipos institucional e utilidade pública, para as campanhas do Covid-19, considerando que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a Covid-19 é uma pandemia, que tem representado o maior desafio global desde a segunda guerra mundial”.
Os R$ 9,79 milhões empenhados eram quase 25% de tudo que foi empenhado até esta quinta-feira, de todos os gastos publicados para o Covid-19, de acordo com o Portal da Transparência, de R$ 42,78 milhões.
Foram empenhados mais R$ 4,5 milhões para a View 360 Publicidade e Comunicação Ltda, R$ 3,79 milhões para a Mene e Portella Publicidade Ltda e R$ 15 milhão para a Kintaw Design e Publicidade Ltda.
Propaganda
O deputado estadual Dermilson Chagas disse, em sua página no Facebook, que os quase R$ 10 milhões é “recurso milionário, jogado pelo ralo da irresponsabilidade e seria suficiente para pagar 310 médicos, durante 3 meses, com salário de R$ 10 mil; comprar e distribuir mais de 2 milhões de máscaras; comprar mais de 100 respiradores a preço superfaturado; ou ainda montar mais de 1.500 leitos, ao mesmo custo e padrão do Hospital Nilton Lins. “ Mais um ato de profundo desprezo pela população, que sofre e vê diariamente aumentar o número de famílias amazonenses enlutadas, vitimadas pelo vírus da morte”, afirmou.
Este ano, já em plena pandemia do novo coronavírus, o governo do Amazonas fezcontrato de R$ 5,93 milhões, para “fornecimento e implantação do Programa de Construção de Conteúdo Institucional”, sem licitação com a 1001 Filmes para produção de material de divulgação da gestão do governador Wilson Lima (PSC). No ano passado, os gastos da Secom somaram R$ 69 milhões.
Salários atrasados
A Secretaria da Fazenda (Sefaz) informou a outros sites de notícia de Manaus, que pagaria, nesta quinta-feira, salários atrasados dos médicos do mês de fevereiro deste ano. E prometeu que, até o fim de maio pagará o salários de março “meia competência” de salários atrasados de administrações anteriores. (18 Horas)
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