Premier mudou estratégia quando mortes começaram a subir; só depois de duas semanas de confinamento o ritmo de crescimento de novos casos começou a diminuir
RIO — Há um mês, quando o país registrava 17 mortos, o governo italiano decidiu mudar a estratégia contra o novo coronavírus para proteger a economia. À época, o país contava com 650 infectados, a maioria nas regiões da Lombardia e Vêneto, motores econômicos da Itália, e o primeiro-ministro Giuseppe Conte contestou as normas locais de fechamento de escolas, o que, segundo ele, “contribuía para gerar o caos”.
Na Lombardia, os bares que haviam sido fechados por precaução foram reabertos dois dias depois. Quando as mortes começaram a subir exponencialmente, e Conte tentou reverter sua estratégia decretando quarentena obrigatória, já era tarde demais: na semana passada o país se tornou o epicentro da pandemia na Europa, e hoje conta com mais de 7.500 mortes, o dobro do registrado na China.
Apenas nos últimos três dias, depois de duas semanas da quarentena obrigatória iniciada em 9 de março, o número de novos casos da doença começou a crescer a um ritmo menor, abaixo de 10% de novos casos por dia. Isso acontece porque o novo coranavírus pode ficar incubado por 14 dias antes de se manifestar.
Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro italiano pediu que todos os países sejam rigorosos na luta contra a Covid-19.
— Ninguém pode aceitar, muito menos a Itália que está fazendo grandes sacrifícios para combater o vírus, que outros países não entendam essa necessidade de máxima atenção preventiva
— afirmou Conte, durante pronunciamento no Palácio do Montecitorio, sede da Câmara dos Deputados da Itália.
— Agora é a hora da responsabilidade.
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