O município de Itaituba está se preparando como pode para a chegada do
coronavírus que parece ser inevitável e, naturalmente, a maior cobrança está em
cima da secretaria municipal de saúde, que em condições normais já enfrenta
dificuldades para atender a população. Agora, como essa pandemia
batendo às portas do município, a pressão se tornou muito maior ainda.
Apesar das críticas, a SEMSA está se mobilizando para atender os
possíveis casos de pacientes infectados pelo coronavírus, o que até o momento,
felizmente, não aconteceu. Dentro do plano de contingência montado pela
secretaria está a criação de uma equipe de busca ativa de casos suspeitos do
coronavírus.
A reserva de duas enfermarias com dois leitos cada, equipadas com
respiradores e ventiladores para receber eventuais pacientes é prova disso.
A questão é como fazer o diagnóstico de casos suspeitos, pois o
município até agora só recebeu dois kits para testes. A falta de equipamentos
de proteção individual é mais uma dificuldade enfrentada pela secretaria nessa
luta; outra preocupação é que os possíveis infectados terão que ser
encaminhados para o Hospital Regional do Baixo Amazonas, e dependendo da
demanda, a garantia de vagas não está assegurada.
Diante desse cenário de pandemia, não tem como não voltar a questionar a
demora na conclusão do Hospital Regional do Tapajós, pois se ele já estivesse
funcionando, seria um transtorno a menos para pacientes dessa região. Mas há
também a outra ponta do combate ao coronavírus, e essa depende exclusivamente
da população, que é obedecer às recomendações dos protocolos de higiene e
distanciamento social, evitando aglomerações em espaços fechados e abertos.
Convenhamos, no Brasil, ninguém gosta de cumprir normas, mesmo em casos
excepcionais como esse, por isso, é importante que o executivo municipal adote
as medidas que outros municípios já adotaram, decretando a suspensão das aulas
e proibindo a realização de eventos públicos com grande concentração de pessoas
(o que já foi feito a tempo).
A cada catástrofe que surge, o brasileiro não perde a oportunidade de
mostrar a sua ganância e a falta de humanismo, e agora com a pandemia do
coronavírus, o oportunismo nefasto ficou evidente na venda do álcool em gel. Em
alguns comércios o preço desse produto subiu absurdamente.
Lamentavelmente essa ganância desmedida dos brasileiros se revela em
todos os momentos de grandes dificuldades da população.
Jornalista Weliton Lima
Comentário do Focalizando
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