Jornalismo bizarro, de novo

Não foi só aqui

O jornalismo bizarro não acontece só em Itaituba, embora isso não diminua a culpa de quem se vale desse expediante para ganhar audiência ou leitores, por aqui. Hoje foi a vez de Santarém protestar contra a exibição de imagens aterradoras, em alguns canais de tv e no jornal O Impacto, a respeito da criança que foi degolada em Novo Progresso.

Muitos comentários de protesto foram enviados para o blog do Jeso, assim como alguns foram enviados para este blog. É bom que a gente se rebele contra isso, contra o jornalismo espetáculo.
Basta!

23.03.2007

____________________

Nos primeiros dias de março de 2007, eu publiquei um texto que mereceu a atenção de algumas pessoa, em especial, do saudoso amigo e blogueiro Juvêncio Arruda, que na época assinava o Blog Quinta Emenda, que era lido em toda a Amazônia, sendo o mais acessado.

Juvêncio postou um.cimentário e me mandou uma cópia dizendo: Jota, esse foi o post da semana.

Não foi o texto anexado acima. Era um artigo mais longo do que esse pequeno comentário.

A matéria a que eu me refiro foi sobre um fato ocorrido em Novo Progresso, onde um irmão degolou o outro; uma criança de apenas oito ou nove anos degolou o seu irmão e o fato foi muito estarrecedor por si só. 

Apesar de tudo isso, uma boa parte da Imprensa publicou fotos mostrando a situação em que ficou a criança que foi morta. 

Eu publiquei um artigo intitulado Jornalismo Bizarro, que teve bastante repercussão e teve também algumas caras viradas para mim, de pessoas que não concordaram, oois que praticam esse tipo de jornalismo sensacionalista, o sensacionalismo barato, que não contribui em nada com o bom jornalismo. 

Eu testou voltando a falar desse assunto, por conta do assassinato no sábado na manhã do Senhor Jossean, da Novopel, na esquina da Sétima Rua com a Travessa Justo Chermont. 

Vi fotos da pessoa que foi morta com um tiro de espingarda, ainda na sua cadeira, fotos em close, mostrando uma cena dantesca. 

É, de novo, o jornalismo bizarro voltando a atacar, o que ocorrer com frequência, na tentativa de ganhar audiência, de ganhar mais leitores a qualquer custo.

 O fato por si, já foi muito violento e não precisava daquelas imagens que chocaram muitas pessoas. 

Eu recebi algumas mensagens de pessoas que comentaram o fato e que lembravam inclusive dessa publicação que eu fiz e, apesar dos grandes veículos de comunicação não adotarem este tipo de comportamento, e mesmo veículos menores que respeitam os que os acompanham não fazerem isso, ainda tem quem prefira seguir por esse caminho, com matérias com esses desnecessários 

Ainda tem quem se valha da desgraça alheia para estampar fotos que chocam as pessoas, sem levar em conta que entre os leitores ou espectadores há oesspessoas oas de todas as idades e Isso inclui crianças.

Lamentável, mais uma vez esse mesmo tipo de jornalismo, que eu classifico como jornalismo bizarro. 

Jota Parente