quinta-feira, fevereiro 13, 2020

Esquema de segurança exagerado para ouvir depoimentos sobre morte de indigena

Durante quatro dias a Justiça Federal está recebendo um esquema de segurança super-reforçado, que envolve forças federias e estaduais e até o transito interditado na travessa Paes de Carvalho.
 Todo esse aparato de segurança é para que a juíza tome os depoimentos das testemunhas de um crime de homicídio que aconteceu há quase sete anos, durante uma operação da Policia Federal na aldeia indígena Tele Pires, que fica na divisa do Pará com o Mato Grosso.
 Esse processo que está transcorrendo na vara federal de Itaituba é uma ação civil publica movida pelo Ministério Público Federal e pede indenização pelo excesso de força usada pelos policiais, que acabou resultando na morte do índio Edenilson Crixi.
Na época, esse crime  teve ampla repercussão, e como envolve indígenas, o cuidado com a segurança é sempre redobrado, como já vimos em outras oportunidades, mas, dessa vez, me parece que há um pouco de exagero nas medidas de segurança, porque a mobilização dos indígenas que começou somente na manhã desta quinta-feira é pacifica e não representa nenhum tipo de ameaça à tranquilidade do trabalho da justiça.  
E a presença dos indígenas em frente ao prédio da Justiça Federal é porque a partir desta quinta-feira começa a fase de depoimentos do processo criminal dessa operação da Policia Federal na aldeia Teles Pires.
Lembrando que o personagem central desse episódio, o policial Antônio Carlos Moriel, que matou o índio está em Brasília. Ele vai prestar depoimento através de vídeo conferencia. Portanto, o rigor no esquema de segurança é exagerado, pois a presença do autor da morte do índio, nessa audiência aqui em Itaituba já está descartada.

Jornalista Weliton Lima
Comentário do Focalizando,

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

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