SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) — A Amazônia teve 9.762 km² devastados entre agosto de 2018 e 31 julho deste ano. No mesmo período do ano anterior, a taxa foi de 7.536 quilômetros quadrados, o que representa uma alta de 29,5%.
A informação é do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com base em análise preliminar do sistema Prodes, que calcula as taxas anuais de desmatamento na floresta. Trata-se do índice mais alto de desmatamento desde 2008, quando foi de 12.911 km².
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira em coletiva de imprensa pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, na sede do Inpe, em São José dos Campos (SP).
Apenas o Pará responde por 40% do desmatamento. Ao lado de Rondônia, Amazonas e Mato Grosso, os quatro estados respondem por quase 70% do desmatamento do período. Roraima também se destaca, com aumento de 216% na devastação da floresta.
As informações não contemplam os dados de queimadas e desmatamento dos meses de agosto e setembro, quando imagens de queimadas na Amazônia rodaram o mundo. Os dados consolidados serão apresentados em maio de 2020.
Segundo Salles, o aumento deriva de “motivos já conhecidos”, entre eles garimpo, extração de madeira e ocupação do solo de maneira ilegal.
— Se olharmos aqui, esse aumento de 2012 pra frente é a pressão das atividades econômicas, grande parte delas ilegais, sobre a floresta. E precisamos ter estratégias e alternativa econômica para a região. Algo estruturante precisa ser feito e estamos discutindo nessa linha — afirmou.
Fonte: O Globo
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