quarta-feira, outubro 16, 2019

“Não tínhamos receita ainda, mas me obrigavam a ter um contador. Foi muito caro”

Rafael Palma, empreendedor, levou 3 meses para obter um CNPJ Foto: Acervo pessoal
Rafael Palma, empreendedor, levou 3 meses para
obter um CNPJ Foto: Acervo pessoal
A nova lei também prevê que, para as empresas que precisarem de alvará, caso o órgão público não libere o documento no prazo estipulado, este será concedido automaticamente.

Maricato  também vê como positiva a permissão do trabalho aos domingos. Pela MP da Liberdade Econômica, não haverá mais restrição, desde que seja pago em dobro ou compensado com folgas, sendo que ao menos uma delas seja em um domingo a cada quatro domingos trabalhados.

Com o avanço da MP, Nader planeja terceirizar boa parte da burocracia e deslocar mais gente aos departamentos vitais para a empresa, como o desenvolvimento de produtos. A empresa atua com um software para comparar preços de matérias-primas entre 1 milhão de fornecedores. Pelo sistema, R$ 85 bilhões em negócios são fechados ao ano.

Para os pequenos, empreender no Brasil é um teste de resistência e paciência. Em 2017, foram exatos três meses para que o engenheiro de telecomunicações Rafael Palma conseguisse o CNPJ da HealthFy, uma start-up que trabalha com análise de dados na área de saúde.

O caminho até o número de 12 dígitos não foi barato: R$ 4 mil apenas para arcar com taxas, autenticações e auxílio jurídico na formulação de documentos.

— Não tínhamos receita ainda, mas me obrigavam a ter um contador. Foi muito caro. Eu só quero trabalhar e investir no mercado e, para isso, paguei R$ 4 mil — reclama.

Se tirar o CNPJ pode ser um calvário, imagina precisar de mais de 20 licenças para operar. É o caso de bares e restaurantes, relata Percival Maricato, presidente da divisão paulista da Abrasel, a associação do setor.
A nova lei também prevê que, para as empresas que precisarem de alvará, caso o órgão público não libere o documento no prazo estipulado, este será concedido automaticamente.

Maricato  também vê como positiva a permissão do trabalho aos domingos. Pela MP da Liberdade Econômica, não haverá mais restrição, desde que seja pago em dobro ou compensado com folgas, sendo que ao menos uma delas seja em um domingo a cada quatro domingos trabalhados. (O Globo)

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