Via é interditada por grupo de 250 pessoas, garimpeiros que atuam de forma irregular na região. Eles exigem o fim da destruição dos equipamentos apreendidos em fiscalizações.
Nesta terça-feira (10), chegou ao
segundo dia o
protesto de cerca de 250 garimpeiros que interditam a BR-163, em
Itaituba, sudoeste do estado. Os trabalhadores atuam de forma ilegal na região.
A cada seis horas, eles liberam a passagem de veículos por uma hora, e depois
retomam o bloqueio.
Os manifestantes paralisaram as
atividades para cobrar a legalização dos garimpos na região. De acordo com a
Polícia Rodoviária Federal (PRF), o engarrafamento passa de 40 quilômetros em
apenas um dos sentidos da rodovia.
O grupo exige a paralisação das ações
contra os garimpeiros na região e pede garantia e segurança dos equipamentos.
Durante operações de fiscalização, aparelhos utilizados na extração de minério
de forma ilegal são inutilizados. O grupo também pede uma audiência com o
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para que seja discutida a
regularização dos garimpos no Tapajós e regularização simplificada para as
áreas garimpeiras.
O novo superintendente do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) no Pará, coronel Evandro Cunha, disse que vai
cessar a destruição de equipamentos apreendidos em garimpos ilegais no estado.
A declaração foi dada durante audiência pública realizada em Altamira, sudoeste
do Pará, na segunda-feira (9). A destruição de produtos e instrumentos usados
em crimes ambientais é autorizada pela legislação ambiental quando não for
possível retirá-los da mata.
Violência contra
agentes do Ibama
Garimpeiros já haviam respondido com
violência a ações de fiscalização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No dia 30 de setembro, agentes do
instituto foram alvos de tiros próximo a uma área indígena no Pará. De acordo
com a Polícia Federal, a ação criminosa teve o objetivo de intimidar as ações
de combate a garimpos ilegais na região. Ninguém ficou ferido no ataque.
A equipe que foi alvo do atentado era
composta por quatro fiscais Ibama, quatro agentes da Força Nacional e oito
policiais federais. Os disparos foram efetuados quando a equipe identificou um
garimpo ilegal perto da Terra Indígena Ituna/Itatá. No acampamento, foi
encontrada uma escavadeira grande, além de máquinas e bombas usadas em garimpos
ilegais. Os equipamentos foram destruídos no local.
No último dia 31, o Jornal Nacional
mostrou o atentado contra fiscais do Ibama e da Polícia Federal no combate a
garimpos ilegais no Pará.
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