terça-feira, setembro 10, 2019

Protesto de garimpeiros no sudoeste do PA interdita pelo segundo dia a BR-163

Via é interditada por grupo de 250 pessoas, garimpeiros que atuam de forma irregular na região. Eles exigem o fim da destruição dos equipamentos apreendidos em fiscalizações.


Nesta terça-feira (10), chegou ao segundo dia o protesto de cerca de 250 garimpeiros que interditam a BR-163, em Itaituba, sudoeste do estado. Os trabalhadores atuam de forma ilegal na região. A cada seis horas, eles liberam a passagem de veículos por uma hora, e depois retomam o bloqueio.

Os manifestantes paralisaram as atividades para cobrar a legalização dos garimpos na região. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o engarrafamento passa de 40 quilômetros em apenas um dos sentidos da rodovia.

O grupo exige a paralisação das ações contra os garimpeiros na região e pede garantia e segurança dos equipamentos. Durante operações de fiscalização, aparelhos utilizados na extração de minério de forma ilegal são inutilizados. O grupo também pede uma audiência com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para que seja discutida a regularização dos garimpos no Tapajós e regularização simplificada para as áreas garimpeiras.

novo superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Pará, coronel Evandro Cunha, disse que vai cessar a destruição de equipamentos apreendidos em garimpos ilegais no estado. A declaração foi dada durante audiência pública realizada em Altamira, sudoeste do Pará, na segunda-feira (9). A destruição de produtos e instrumentos usados em crimes ambientais é autorizada pela legislação ambiental quando não for possível retirá-los da mata.

Violência contra agentes do Ibama
Garimpeiros já haviam respondido com violência a ações de fiscalização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No dia 30 de setembro, agentes do instituto foram alvos de tiros próximo a uma área indígena no Pará. De acordo com a Polícia Federal, a ação criminosa teve o objetivo de intimidar as ações de combate a garimpos ilegais na região. Ninguém ficou ferido no ataque.

A equipe que foi alvo do atentado era composta por quatro fiscais Ibama, quatro agentes da Força Nacional e oito policiais federais. Os disparos foram efetuados quando a equipe identificou um garimpo ilegal perto da Terra Indígena Ituna/Itatá. No acampamento, foi encontrada uma escavadeira grande, além de máquinas e bombas usadas em garimpos ilegais. Os equipamentos foram destruídos no local.

No último dia 31, o Jornal Nacional mostrou o atentado contra fiscais do Ibama e da Polícia Federal no combate a garimpos ilegais no Pará.

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