A possibilidade de um novo plebiscito para a criação do estado do Tapajós reacendeu o desejo separatista da população da região oeste do Pará, só que para criar um novo estado, não basta somente o desejo da população, é necessário vontade política dos nossos representantes em Brasília para apresentar e acompanhar a tramitação do projeto de plebiscito, e essa vontade, até agora, os nossos parlamentares não demonstraram.
Em 2011, por exemplo, ao autor do projeto foi o senador Mozarildo Cavalcante de Roraima; agora a iniciativa partiu do senador Siqueira Campos, de Tocantins.
Enquanto isso, na contramão dessa causa, o senador Zequinha Marinho recusou-se a assinar o projeto, demonstrando não ter nenhum interesse nessa luta da população da região Oeste do Pará.
Aliás, a postura do senador ao retirar a sua assinatura do projeto, sugere que ele teria sido pressionado a tomar esse decisão, e todos sabem de onde veio essa pressão e, em se confirmando essa hipótese, os defensores da criação do estado do Tapajós terão que enfrentar novamente a máquina do governo do estado, como aconteceu em 2011, quando governador Simão Jatene criou um comitê liderado pelo então deputado federal Zenaldo Coutinho para barrar o projeto.
Nas redes sociais pipocaram protestos contra o senador, assim que foi divulgado que ele solicitou a retirada de sua assinatura do projeto.
É bom lembrar que Zequinha Marinho teve uma votação expressiva aqui em Itaituba, mas, o deputado Celso Sabino também liderou a campanha contra a criação do estado do Tapajós em 2011 e mesmo assim nas ultimas eleições ele contou com o apoio de políticos de Itaituba para se eleger deputado Federal.
Diante dessa situação, penso que cabe uma reflexão do eleitor itaitubense ao ajudar eleger políticos que tem a sua militância concentrada na capital.
Nós queremos mesmo, o desenvolvimento da nossa região?
Jornalista Weliton Lima
Comentário do Focalizando, de quinta-feira, 22/08/2019
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