sexta-feira, agosto 09, 2019

Padre Fábio de Melo deixa rede social após polêmica com Nardoni

Em postagem realizada na manhã desta sexta-feira (9), o padre Fábio de Melo avisou que deixará de usar o Twitter. "Meus queridos, vou ficando por aqui. Tenho uma saúde emocional a ser cuidada. Sei o quanto já provei a solidão provocada pela depressão, pelo pânico. Tomar remédios só faz sentido quando evitamos os gatilhos dos desconfortos. Este lugar deixou de ser saudável pra mim. Obrigado!", diz ele no texto.
A decisão vem um dia depois de Melo criticar a liberação de Alexandre Nardoni, 41, da prisão por conta do benefício da saída temporária do Dia dos Pais. Condenado pela morte da filha, em 2008, o preso deixou a penitenciária 2 de Tremembé (147 km de SP) na manhã desta quinta (8).

Em diversas postagens que fez para avisar sua saída da rede social, o padre explica que, desde que expressou sua indignação com a saída de Nardoni, passou a ser "acusado de justiceiro, desonesto, desinformado, canalha e outros nomes impublicáveis". "Só reitero: já atuei na pastoral carcerária. Sei sobre a necessidade da ressocialização dos presos."
Melo também afirma que nunca teve dificuldade para lidar com as diferenças mas que "a dialética, um dos movimentos que nos permitem acesso à verdade, vem sendo gradativamente substituída por acusações e julgamentos".
Os seguidores lamentaram a decisão. "Faça o melhor para sua saúde. É fundamental que nos afastemos do que suga", diz um deles. Outros ainda ressaltaram não concordar com a atitude do padre.
SÍNDROME DO PÂNICO
Padre Fábio de Melo costuma alertar seus fãs e falar sempre que pode sobre os perigos da depressão e doenças psicológicas. Ele já relatou, em diversas ocasiões, ter enfrentado síndrome do pânico e outros transtornos decorrentes da doença.
"Às vezes eu me pegava me escondendo debaixo da cama tamanho era o pavor que eu sentia", disse o religioso a Poliana Abritta, apresentadora do "Fantástico", da Globo, em 2017. Na ocasião, relatou que chegou até a pensar em deixar o sacerdócio. (Folhapress)

Um dos comentários feitos por um leitor foi o seguinte: "Não entendo de leis, mas, esse negócio de saidinha só deveria acontecer no Dia de Finados, para que fossem visitar os túmulos das pessoas que eles mataram".

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