RIO
- O presidente Jair Bolsonaro afastou, nesta sexta-feira, Christian de Castro do
cargo de diretor-presidente da Ancine. O mandato de Christian teve início em
2018 e iria até 2021. A decisão foi publicada na tarde desta sexta, em edição
extra do Diário Oficial.
O afastamento se deu, segundo o decreto, "em cumprimento da decisão proferida pelo Juízo da 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro". A informação foi confirmada em nota do Ministério da Cidadania na noite de sexta (30). Nela, é dito que o processo corre em segredo de Justiça.
"O Ministério da Cidadania informa que demandará esforços para que a Agência possa atender o setor com normalidade", diz a nota.
A decisão judicial também pede o afastamento de Sérgio Sá Leitão , ex-ministro da Cultura e hoje secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
Alex Braga Muniz, que integra a diretoria colegiada da agência, foi nomeado substituto de Castro.
Junto com Christian foram destituídos outros quatro funcionários da agência: Magno de Aguiar Maranhão Junior, Juliano César Alves Vianna, Marcos Tavolari e Ricardo César Pecorari.
A Ancine tem sido alvo de ataques do governo nos últimos meses. Em julho, o presidente criticou o fomento de filmes como "Bruna Surfistinha" (2011), que ele classificou como "pornografia".
No mesmo mês, reduziu a presença de membros da indústria no Conselho Superior do Cinema (CSC), órgão responsável por formular políticas para o cinema. No lugar, o colegiado passou a contar com mais integrantes do governo. Por fim, anunciou a transferência da sede da Ancine do Rio para Brasília, com o objetivo de ter mais controle sobre a agência. (O Globo)
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