segunda-feira, agosto 05, 2019

A economia paraense sobreviveria sem a agricultura familiar?


 A economia paraense sobreviveria sem a agricultura familiar? Para debater essas e outras questões será realizado no dia 5 de agosto, às 14h, sessão especial no auditório João Batista da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). De proposição do deputado estadual Bordalo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor, o evento visa discutir a importância do setor para a economia paraense na geração de trabalho, emprego e renda.

De acordo com o último Censo Agropecuário da Agricultura Familiar, realizado em 2006 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento representa 90% da economia dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes, sendo responsável pela renda de 40% da população economicamente ativa e por mais de 70% dos brasileiros ocupados no campo. 

Ainda segundo os dados do IBGE mesmo ocupando apenas 20% das terras agricultáveis do país por produtores familiares o setor é responsável por garantir a segurança alimentar abastecendo o mercado interno de alimentos com produção de 70% do feijão nacional, 34% do arroz, 87% da mandioca, 46% do milho, 38% do café e 21% do trigo. A agricultura familiar ainda é responsável por 60% da produção de leite, por 59% do rebanho suíno, 50% das aves e 30% dos bovinos.

Existem 4,3 milhões de estabelecimentos de agricultores familiares no país, no Pará o IBGE identificou 196 mil deles com mais de 665 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais e cujas propriedades estão distribuídas em cerca de sete milhões de hectares. A renda bruta anual no estado, segundo o censo, é superior a R$ 2,3 milhões.

Na sessão, articulada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará (FETAGRI), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e Federação dos Empregados e Empregadas Rurais do Pará (FETERPA), com apoio de pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), serão apresentados mais informações e dados da produção da agricultura familiar no estado, além debater pautas sobre: fechamento de escolas no campo, Plano Safra Estadual, Fundo Estadual da Agricultura Familiar, fim da pulverização aérea de agrotóxicos e salário mínimo regional.

Foram convidados a participarem representantes dos movimentos sociais do campo, instituições e federações dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, órgãos e secretarias do governo. 

Lilian Campelo (Ascom deputado Bordalo)

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