Por ocasião
de sua mais recente visita a Itaituba e a outros municípios da região, o deputado
federal Airton Faleiro, do PT, conversou com a reportagem do blog.
Ele foi
deputado estadual, e agora é um dos representantes do Estado na Câmara dos
deputados, vivendo no âmago do poder...
Dep.
Airton Faleiro
– Estivemos visitando municípios da nossa região, porque não podemos ficar
muito tempo longe das nossas bases para saber de suas demandas e para que não
esqueçam da gente.
Olha, eu vou te falar assim, eu tive quatro
mandatos na Assembleia Legislativa e estou no meu primeiro mandato de deputado
federal. A dimensão é outra, é mais complexo. Por outro lado, agora tratamos
das coisas do Brasil, pois a Câmara Federal, além de você debater o orçamento
da União, as principais leis e as principais decisões do país passam pelo Congresso
Nacional.
O
momento é de turbulência política, não? Além da crise econômica, tem crise
política e a gente precisa ter ,ao mesmo tempo, habilidade e serenidade, mas, você
tem que ter lado; você não pode ficar sem dizer de que lado você está, então,
nosso mandato é muito afinado com os temas aqui na região como por exemplo o
programa Luz Para Todos para atender e as comunidades rurais; temos que dar
continuidade na luta pela asfaltamento da Transamazônica e da BR 163.
Estamos debatendo lá no Congresso, com a
bancada do Pará unificada, a aprovação da Lei de Compensação das Perdas da Lei Kandir,
com a qual o Pará perder muito por não haver essa compensação. Tudo que nós
vendemos de minério, por exemplo, não deixa ICMS para o Estado.
Estamos debatendo essas grandes questões como a
Reforma da Previdência, que eu acho muito complicada a proposta do governo. Hoje,
o governo não consegue nem aprovar essa reforma. Esses cortes da educação
também deram um susto muito grande, principalmente, aqui no Pará, onde nós criamos
aqui duas universidades novas, a Ufopa em Santarém, a a Universidade Federal do
Sudeste, em Marabá, assim como os institutos federais de educação. Todos estão
sob ameaça e nosso mandato está em sintonia na defesa dos interesses do povo.
Blog do
JP – Do jeito que foi mandada pelo governo, a reforma não passa, mas, sabe-se
que ela é uma necessidade urgente. Qual é a posição do deputado Airton Faleiro sobre
essa questão crucial do momento da vida do povo brasileiro?
Dep.
Airton Faleiro
- Nós temos, lá no Congresso, seis partidos de oposição à reforma da
Previdência, que são o PT, o PC do B, o PSB, o PDT e Rede. Esses seis partidos
propõem que haja debates com centrais sindicais, com os prefeitos e com os
governadores. Do jeito que a reforma chegou ao Congresso, não se consegue um consenso.
Se nós vencermos e rejeitarmos a proposta, aí vai começar tudo de novo; se nós
não conseguimos rejeitar na íntegra, ou seja, na totalidade a proposta, nós
vamos estar trabalhando emendas para melhorar a proposta, porque do jeito que
está é muito ruim. Na verdade, ela não resolve o problema do caixa da
Previdência pelo caminho certo; ela acaba metendo a mão no bolso do povo
trabalhador; ela retira direitos, aumenta a idade para se aposentar; ela retira
da Constituição direitos já adquiridos. É uma questão muito complexa muito,
complicada para se resolver, e o governo precisa conseguir os dois terços necessários
para aprovação.
Blog do
JP – Deputado, existe consenso entre os políticos
do Congresso Nacional de que é preciso fazer, se não, exatamente essa reforma proposta
pelo governo Bolsonaro, mas, alguma reforma uma boa reforma da Previdência não
isso é consenso da Previdência?
Dep.
Airton Faleiro
– Sim, o Congresso de um modo geral tem essa consciência. Aliás, já vem sendo
reformada no decorrer dos outros governos. Dilma fez reforma, o Lula fez
reforma, o Fernando Henrique fez reforma, outros fizeram reformas, agora, o
problema é que essa não é a ideal para o País, porque a Previdência é o maior
instrumento de distribuição de renda. Em muitos municípios, o comércio fica
esperando o dia em que os aposentados recebem para melhorar a circulação de
dinheiro.
Temos um grande número de aposentados que
seguram, que sustentam a família quando todo mundo está desempregado. Precisamos
discutir tem todos os detalhes, porque mexe com a vida de todo mundo,
principalmente de quem ganha menos. Somos a favor de que sejam tomadas outras
medidas, como taxar grandes fortunas.
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