Em 2005 em decidi que não iria
mais me envolver em campanhas políticas. Pelo menos, no que diz
respeito a ir para a linha de frente, fazendo parte da tropa de
choque de qualquer candidato.
Isso não significava que estivesse me afastando da política, que assim como o futebol, está no meu sangue, porque nasci no seio de uma família pessedista, ligada àquele PSD de Juscelino Kubitschek de Oliveira, saudoso presidente ao qual alguns já tentaram comparar-se sem êxito.
De fato, não me envolvi diretamente em nenhuma campanha no modo convencional. Todavia, ser político que sou, nunca deixei de acompanhar de perto o processo eleitoral, tanto por dever de ofício como jornalista, quanto pelo desejo do cidadão que gosta de estar antenado com os acontecimentos.
Nesta eleição eu aceitei o convite do candidato a deputado estadual Wescley Tomaz, que me convidou para somar forças à sua candidatura, contribuindo com o meu trabalho como profissional de imprensa para ajudar a divulgar sua campanha.
Aceitei, primeiro, porque ele me respeitou como profissional, segundo, porque eu acredito que ele está preparado para assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa do Pará, dando voz a alguns temas de grande relevância, que até hoje ficaram relegados ao esquecimento, como é o caso da atividade garimpeira.
Na minha idade, com o tempo que tenho de estrada, tanto como radialista quanto como jornalista, além do crédito que conquistei junto aos meus ouvintes e leitores, não teria sentido tentar vender uma candidatura apenas por algum tipo de oportunismo.
Se Itaituba, que hoje conta com representantes na ALEPA, puder aumentar sua representação no Poder Legislativo paraense, só o município terá a ganhar com isso. E não apenas Itaituba, porque raros são os deputados que podem bater no peito e dizer que são de um único município, pois a grande maioria precisa buscar votos fora do seu domicílio eleitoral, como Wescley está fazendo, assumindo o compromisso de ser um deputado da região e dos demais municípios fora do Sudoeste do Pará onde obtiver votos.
Essa campanha que estamos vivenciando é muito diferente das que aconteceram até na eleição passada. Embora nem de longe a Reforma Eleitoral de 2017 atenda às necessidades de se ter um sistema eleitoral ideal, coisas substanciais mudaram com ela. Muita coisa que podia até 2016, hoje já não pode mais.
É inegável que os detentores de mandatos saíram em vantagem porque, enquanto para os outros candidatos, os novatos, tudo era proibido no período pré-eleitoral, eles podiam movimentar-se livremente, bastando tomar alguns cuidados.
No caso de Itaituba, o vereador Wescley Tomaz não perdeu tempo, viajando por todo o Estado para fechar apoio com lideranças das quatro regiões paraenses. E ele aproveitou bem a oportunidade, conseguindo arregimentar importantes adesões à sua candidatura.
Numa campanha na qual mal se ouve falar nos nomes dos candidatos, porque aquela algazarra de carros de som que infernizava a vida do cidadão foi banida. Atualmente, para usar um carro de som é preciso atender às novas exigências da legislação eleitoral.
Por ser uma eleição estadual, o número de candidatos disputando para aparecer no Horário Eleitoral Gratuito é imenso. As aparições dos candidatos são poucas, sobretudo para deputado estadual. Bom mesmo só para os candidatos majoritários.
Sem poder contar com o Rádio e com a TV como aliados, Wescley arregaçou as mangas e fechou muitas parcerias políticas que estão lhe rendendo um apoio importantíssimo nessa reta de chegada.
Na noite desta segunda-feira, 10 de setembro, foi feito o lançamento oficial da candidatura do vereador Wescley Tomaz. Esse tipo de evento tornou-se uma das ferramentas dos candidatos para divulgar maciçamente suas candidaturas. Muita gente compareceu, incluindo conhecidas lideranças políticas e empresariais que aderiram ao projeto político dele.
Jota Parente
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