Urnas são 'totalmente confiáveis', afirmou novo presidente do Supremo Tribunal Federal. Candidato do PSL disse que perder eleição 'na fraude' para Fernando Haddad (PT) é 'possibilidade concreta'.
G1
- O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli,
disse nesta segunda-feira (17) que as urnas eletrônicas são
"totalmente confiáveis" e que o candidato a presidente
pelo PSL, Jair Bolsonaro, "sempre foi eleito" por meio
desse equipamento.
Neste
domingo, em transmissão
ao vivo pelas redes sociais a partir do hospital onde
está internado em São Paulo, Bolsonaro afirmou que a possilidade de
perder a eleição "na fraude" para o candidato do PT,
Fernando Haddad, é "concreta".O
PT descobriu o caminho para o poder, o voto eletrônico",
afirmou Bolsonaro. Como deputado, ele é autor de uma lei aprovada pelo Congresso que prevê a impressãode um comprovante do voto para eventual conferência peal Justiça
Eleitoral. A proposta foi derrubada
neste ano pelo próprio STF.
Em
entrevista durante café da manhã nesta segunda-feira com
jornalistas, Toffoli, que presidiu o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) de 2014 a 2016, disse que as urnas eletrônicas "são
totalmente confiáveis”.
“Os
sistemas são abertos à auditagem para todos os partidos políticos
seis meses antes da eleição. Também para Ministério Público e
para a OAB”, afirmou o ministro.
Diante
da insistência para que comentasse as declarações de Bolsonaro,
disse: "Digo apenas e tão somente que ele [Bolsonaro] sempre
foi eleito através da urna eletrônica".
O
ministro chegou a perguntar aos jornalistas presentes quem
considerava a possibilidade de fraude na urna. Ninguém se
manifestou.
“Quem
aqui acredita que a eleição, que a urna eletrônica, pode ser
fraudada levante a mão", pediu o ministro. Ninguém se
manifestou. "100% acreditam que não pode ser fraudada. Tem
gente que acredita em Saci Pererê”, afirmou Toffoli.
O
ministro lembrou ainda de uma auditoria
nas urnas pedida pelo PSDB em
2014 depois das eleições presidenciais daquele ano. Ao final da
auditoria, técnicos contratados pelo partido concluíram que não
era possível fazer uma verificação externa dos votos.
“Eles
gastaram mais de R$ 4 milhões e chegaram à conclusão de que não
houve nenhum tipo de fraude nas eleições”, afirmou o ministro.
O
novo presidente do STF disse que Aécio Neves, candidato do PSDB,
perdeu a eleição em 2014 porque não obteve a maioria em Minas
Gerais.
“Como
as urnas estariam então dando voto a ele em São Paulo e negando
voto a ele em Minas Gerais, se o sistema era o mesmo? Não tem
absolutamente sentido”, afirmou Toffoli.
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