terça-feira, setembro 04, 2018

Ruim com ele, pior sem ele


Ruim com ele, pior sem ele, diz o velho ditado, que em tempos de eleição pode-se usar para lembrar o eleitor da importância do voto, e de como é importante ter representantes em todas as esferas de poder.

Pode soar muito forte o dito acima, mas, diante do desgaste da classe política, a consideração do povo brasileiro por ela está em níveis baixíssimos.

Já tivemos um deputado federal atuante, que foi o advogado Dudimar Paxiúba, que desempenhou o cargo com muita responsabilidade. Como ele não conseguiu se reeleger, ficamos sem uma voz forte que deu notoriedade a Itaituba.

Santarém, o maior colégio eleitoral do Oeste do Pará, que há décadas não sabia o que era ficar sem um deputado estadual, na eleição passada não elegeu ninguém porque a votação foi pulverizada por um monte de candidato.

Desta vez tudo indica que a conversa vai ser diferente, pois as notícias que chegam da Pérola do Tapajós dão conta de que, no mínimo um deputado estadual será eleito.

Por falar em pulverização de votos, quem acompanha com atenção a política em Itaituba questiona o número elevado de candidatos ao cargo de deputado estadual. São seis nomes para o eleitor escolher, e todos estão muito empenhados em suas campanhas.

Com um eleitorado de 77 mil eleitores, estimando-se com muito otimismo, que haja uma abstenção de apenas 20%, isso representaria mais de 15 mil votos com os quais os candidatos não poderiam contar. Todavia, a abstenção sempre foi maior que 20%, e nessa eleição há uma expectativa de que seja bem maior.

Os que tem maiores chances de conseguir votos para conquistar uma cadeira na ALEPA são os que pernas mais compridas para andar, ou, aqueles que saíram na frente no período pré-eleitoral, tendo fechado apoio de lideranças por diversos municípios do Estado. 

Quem concentrar seu trabalho pensando em se eleger somente com votos de Itaituba pode se dar mal.

A eleição para deputado estadual e para deputado federal é em nível de estado. Desse modo, deve ser considerada superada a velha prática de fazer campanha chamando de paraquedistas os candidatos que vem de outras regiões do Estado. Ora, se eles são paraquedistas, os nossos candidatos que andam por outros municípios também o são.

O fundamental é que o eleitor tenha consciência do quão importante é ter representantes, tanto nível estadual, quanto em nível federal, e a partir dessa constatação, que dê preferência aos candidatos de Itaituba, sem precisar tratar mal os que vem garimpar votos aqui.

Jota Parente

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