sexta-feira, setembro 14, 2018

Bolsonaro não tem condição de fazer campanha no primeiro turno e gravar depoimentos

SÃO PAULO - Depois da segunda cirurgia a que o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) foi submetido na última quarta-feira, as eleições no país passarão por uma situação inédita: hospitalizado em São Paulo, vítima de um atentado a faca, o líder das pesquisas de intenção de voto deverá ficar fora das ruas pelo menos no primeiro turno e ausente dos debates. Com dificuldades para falar, Bolsonaro não poderá, por ora, gravar vídeos para a TV e redes sociais.

A reviravolta na situação do candidato, que explorava na campanha imagens de recepções em aeroportos, obrigou o comando de sua candidatura a redefinir parte da estratégia política até a eleição. Embora apresente evolução clínica e nenhum sinal de infecção, Bolsonaro voltou para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após um procedimento para desobstrução intestinal. Diante do quadro, familiares e aliados admitem que o candidato ficará impossibilitado de atuar diretamente na campanha.

Um dos filhos do candidato, Flávio Bolsonaro, em entrevista à rádio 97,1 FM, do Rio, fez um desabafo sobre a situação do pai, e disse que a orientação médica é a de que ele evite falar. “Ele não está conseguindo nem falar direito, então não pode ir para a internet para fazer transmissão ao vivo. A orientação médica é que nem fale, porque quando fala acumula gases e pode ocasionar mais dor ainda”, disse Flávio, acrescentando: “Ao que tudo indica, no primeiro turno não vai ter mais condições médicas de ir para a rua de novo. Praticamente impossível. A cirurgia de reconstituição do intestino dele vai acontecer daqui a dois meses ou mais, não tem como ir pra rua com a barriga aberta. É risco de infecção, é risco de arrebentar. É totalmente contraindicado”.

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