Partido registra nesta quarta-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o seu candidato à Presidência. Mas a pergunta no meio político é: até quando o PT vai 'esticar a corda'

Apesar de estarem no ato oficial do registro, nenhuma dessas lideranças participou da caminhada organizada pelo PT e pelo Movimento Sem Terra. Enquanto a marcha ocorria, Haddad, Gleisi e outra liderança petista, o governador mineiro Fernando Pimentel, preferiram ficar nos escritórios da sede do diretório nacional do partido conversando com parte da imprensa. Nas ruas, os principais gritos eram de "Lula livre" e a música mais cantada era a que serviu de jingle em todas as suas campanhas, o "Lula lá". Enfim, tudo para gerar um farto material para ser usado em campanha eleitoral. No discurso em que informou aos militantes de que o registro da candidatura havia sido feito, Gleisi preferiu olhar para uma câmera instalada em um drone do que para os milhares de manifestantes que se concentravam em frente ao TSE.
Acho que, mesmo que o Lula seja impedido injustamente de concorrer, podemos chegar ao segundo turno com o Haddad. Mas ele vai ter de se comunicar melhor. Nem entre nós, petistas, ele é tão conhecido, assim. Senti falta dele. Você viu ele por aí?", perguntou ao EL PAÍS o sindicalista e membro do PCdoB Agamenon Prado, durante a caminhada.
Após o registro, no palco em frente ao TSE Haddad leu uma carta de Lula aos eleitores. Nela, o ex-presidente pede uma chance para, junto com o povo brasileiro, "consertar o país". Diz um trecho da carta lida pelo seu candidato a vice: "Com meu nome aprovado na convenção, a Lei Eleitoral garante que só não serei candidato se eu morrer, renunciar ou for arrancado pelo Justiça Eleitoral. Não pretendo morrer, não cogito renunciar e vou brigar pelo meu registro até o final. Não quero favor, quero Justiça. Não troco minha dignidade por minha liberdade".
Fonte: El País
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